Ciclismo brasileiro viveu um ano de novidades em 2010. No BMX, muitos nomes apareceram entre os mais novos, conquistando títulos importantes, mas segue sem atletas na elite do adulto. Esporte crescendo. Na estrada, as Voltas Internacionais crescendo no Brasil e em 2011 teremos a primeira volta feminina. No Mountain Bike o masculino segue entre os melhores do continente e o feminino com resultados fracos, infelizmente. Nas pistas, medalhas em Medellin, participações em Copas do Mundo, mas pouco crescimento.
CICLISMO BMX
BMX segue bem entre os mais novos
O Ciclismo BMX é o esporte de bicicleta mais novo entre os olímpicos, entrando no programa em Pequim 2008. E quem se destaca no Brasil é justamente quem tem menos idade.
No mundial da categoria, por exemplo, na África do Sul, Renato Rezende fechou em 35º na prova adulta. Ele tem apenas 20 anos. Na competição feminina, o Brasil não teve representantes. Entretanto, no junior, colocamos duas atletas na final, com Bianca Quinalha em sexto e Mayara Pereza em sétimo. No masculino, Leandro "Taxinha" e Hugo Osteti ficaram nas semi finais e entre os primeiros no ranking mundial.
O Ano de Mayara
Mayara Perez está com 18 anos mas já brilhou nas pistas pelo mundo. Foi duas vezes campeã mundial sub-15 e atualmente está entre as melhores do mundo na categoria, sendo finalista no mundial. Nos Jogos Olímpicos da Juventude conquistou um res
ultado brilhante ao ser a melhor do evento no BMX. Disputou o Circuito Europeu e terminou em primeiro no ranking com 223 pontos, com uma vitória em uma das etapas, além do título no Campeonato Europeu. No ranking mundial, ficou em 10º lugar.
Nomes, nomes e mais nomes
Se não temos nenhuma atleta de ponta acima dos 22, 23 anos, entre as jovens temos muito sucesso. Além de Mayara, o BMX feminino temos Bianca Quinalha, 11ª do ranking mundial, Priscilla Stevaux, 18ª. As duas ficaram nas duas primeiras posições do circuito juvenil da América Latina e Bianca foi campeã Pan-Americana da categoria.
No masculino, Leandro "Taxinha" ficou entre os 10 primeiros no ranking Europeu juvenil. Hugo Ostetti ficou na 11ª posição do ranking mundial e foi o campeão do Circuito Latino Americano. Rogério dos Reis ficou em quarto.
Renato Rezende foi o melhor brasileiro do ano, terminando o ranking adulto na primeira posição da America Latina.
Ou seja, nomes não faltam para o futuro do nosso BMX.
Classificação Olímpica
A classificação olímpica é feita por um ranking de nações. Se um país tem um grande ciclista, mas outros dois fracos, dificilmente consegue uma vaga em Londres por esse ranking, que soma os três primeiros de cada país. No masculino, o Brasil está na 16ª posição enquanto no feminino na décima posição. Ainda pouco para Londres 2012, já que entre os homens os 11 primeiros tem direito a vaga e no feminino apenas sete. QUE VENHA 2011 e mais pontos no ranking.
Pelo Mundo
O letão Maris Stronbergs segue como líder mundial no ranking masculino. Ganhou três etapas da Copa do Mundo, além de ter sido campeão mundial na África do Sul. O atleta optou por disputar o Circuito Norte-americano da modalidade, terminando na primeira posição nesse ranking. No ranking por nações, ele ajudou a Letônia a terminar a temporada em primeiro, seguido pelos EUA, Austrália, França e Colômbia.
ESTRADA
Voltas e mais voltas internacionais
Ocalendário nacional está crescendo quando o assunto é Ciclismo Estrada. Atualmente, temos seis Voltas Internacionais, que contam pontos para o ranking da União Ciclística Internacional.
Esse ranking é classificatório para os Jogos Olímpicos de Londres 2012. No ranking internacional, o Brasil precisa ficar entre os três primeiros das Américas para classificar três atletas. Se ficar entre terceiro e sexto, são duas vagas. Atualmente, o Brasil está em segundo no ranking.
As mulheres estão um pouco abaixo mas tiveram uma boa notícia nesse ano. Em 2011, acontecerá o primeiro TOUR feminino no Brasil, que valerá pontos para o ranking. Esse ano, quem apareceu bem foi Rosane Kirch, que foi prata nos Jogos Sul-Americanos e conquistou bons resultados pela Europa.
São José vai do céu ao inferno
A equipe SCOTT/SAO JOSÉ começou o ano na expectativa de fazer parte da elite do ciclismo mundial. Investiu alto, trouxe atletas e chegou a ser cotada para tentar uma vaga no Tour de France, principal evento do mundo ciclístico. Entretanto, no meio do ano os salários começaram a não ser pagos, processos foram realizados. Até a última notícia que tenho, a União Ciclística Internacional divulgou nota relatando as várias tentativas de contato com a equipe Scott,nenhuma com sucesso para legalização e quitação dos débitos. Com estes fatos a equipe a partir do dia 20 de agosto de 2010 esta suspensa de participar de qualquer competição de acordo com o art 2.16.032dos regulamentos da União Ciclistica Internacional por não cumprir as condições estabelecidas no capitulo 16.
Uma pena
Murilo Fischer, um nome a parte
O Brasileiro Murilo Fischer vive há anos na Europa e já está entre os 30 ou 40 principais ciclistas do mundo.Na última Olimpíada, por exemplo, ficou em 20º. No mundial desse ano, em que foi o único homem representante do Brasil, abandonou a prova e alegou que um dos grandes motivos foi a não ida de seu técnico para o mundial, alegando problemas particulares. Ele cumpriu bem seu papel no Giro da Itália mas esse ano não competiu no Tour de France, mas disputou aqui o Campeonato Brasileiro, em que venceu sem grandes desafios na competição que envolveu 240 atletas, um recorde. Disputou algumas competições no Oriente Médio, como no Omã e no Qatar.
Juniors com resultados regulares
No mundial junior da modalidade, Luiz Cocuzzi foi 36º no contrarelógio, pouco a frente de Leandro Siva,que foi 40º.Na prova de resistência, Leandro Silva ficou em 88º, Luiz e Bruno Petroucici abandonaram.
No ranking sub-23, o Brasil se encontra apenas na sétima posição do continente e não figura no ranking mundial.
Pelo mundo
Alberto Contador foi o nome do ano, ao vencer o Tour de France. Entretanto, em outubro, sofreu uma forte acusação que estaria envolvido com doping. No Giro da Itália, destaque para Ivan Basso, da Liquigas, que foi medalhas de ouro. Na Volta da Espanha, Vicenzo Niballe foi o campeão. No Campeonato Mundial, prova diferente das Grandes Voltas e muito mais parecida com uma competição olímpica, ouro para o norueguÊs Thor Hushold e para a italiana Giorgia Bonzini. Na competição contra relógio, o suíço Fabian Cancellara mais uma vez dominou e foi ouro sem grandes dificuldades. No feminino, título para Emma Pooley, da Grã Bretanha.
CICLISMO PISTA
Medalhas nos Jogos Sul-Americanos
Foram sete os pódios nos Jogos Sul-Americanos, na Colômbia. Disputando contra atletas de nível mundial, como a colombiana Diana Muñoz, o Brasil conquistou duas pratas e cinco bronzes na pista em Medellin. Destaque para as mulheres, que subiram ao pódio pela primeira vez. E em uma só edição foram cinco medalhas. A prata de Janildes Fernandes na perseguição e da equipe na competição por equipes foram os destaques.
Brasileiro esvaziado
Uma semana depois do Sul-Americano, tivemos o campeonato brasileiro de ciclismo pista. Os principais atletas do Brasil vieram de um Sul-Americano em Medellin, e não disputaram, outros conseguiram bons resultados. O destaque ficou por conta de Valquiria Paridal, que levou a perseguição individual, que não contou com a presença da vicecampeã sul-americana, Janildes, além de ter vencido a prova por pontos, a equipe velocidade, por Pindamonhangaba, e ter sido vice no sctath. No masculino, Armando Camargo levou por pontos e perseguição individual.
Uma semana depois do Sul-Americano, tivemos o campeonato brasileiro de ciclismo pista. Os principais atletas do Brasil vieram de um Sul-Americano em Medellin, e não disputaram, outros conseguiram bons resultados. O destaque ficou por conta de Valquiria Paridal, que levou a perseguição individual, que não contou com a presença da vicecampeã sul-americana, Janildes, além de ter vencido a prova por pontos, a equipe velocidade, por Pindamonhangaba, e ter sido vice no sctath. No masculino, Armando Camargo levou por pontos e perseguição individual.
Novas provas
Vale lembrar que tivemos mudanças no programa olímpico para Londres 2012. Para a próxima Olimpíada, o número de provas da modalidade será o mesmo para os dois gêneros: cinco eventos masculinos e cinco eventos femininos. Nos Jogos de Pequim, em 2008, o ciclismo contava com sete provas para os homens e apenas três para as mulheres.As mulheres passarão a disputar a prova de velocidade por equipes, o Keirin e a perseguição por equipes, já presentes entre os homens.Outras mudanças da UCI geraram polêmica. Para garantir o mesmo número de competidores, a entidade teve de excluir a perseguição individual, uma das provas mais tradicionais da modalidade, a corrida por pontos e a madison.A nova prova é a Omnium. A competição, que reune seis provas distintas do ciclismo, mudou suas regras também, para tentar não beneficiar tanto um velocista. As provas contidas na Omnium aumentaram suas distâncias e suas voltas, o que favorece nosso meio fundista Robson, que estava triste com o fim da prova por pontos na Olimpíada, que é sua especialidade. Vale lembrar que a prova por pontos é uma das competições contidas na Omnium.
COMPETIÇÕES SEGUEM POUCAS
Pouco se falou do ciclismo pista esse ano. Tivemos uma esvaziado brasileiro, um sul-americano que coincidiu com o mundial e poucas participações em Copas do Mundo. Existe a possível formação da futura Seleção Brasileira de Pista que representará o Brasil no Campeonato Pan-americano de Ciclismo, no mês de Maio de 2011 na Colômbia, evento que será classificatório para os Jogos Pan-americanos de Guadalajara, em outubro. Os convocados foram Robson Dias Ribeiro, Davi Pontarolli Romeo, Tiago Nardin, Flavio Cipriano, Mauricio Knap, Janildes Fernandes Silva, Sumaia Ale dos Santos Ribeiro, Marcia Fernandes Silva, Valquiria Alessandra Bento Pardial, Maira Hendi de Moraes Barbosa, Rafael de Barros Gasparini, Raul Guilherme Malaguty, Caio Moretto Buoni, Leandro Alves da Silva, Carlos Alexandre Manarelli, Gideoni Monteiro e Rafael Andriato.
Na velocidade masculina, Gregóry Baugé ficou com a medalha de ouro, sendo o melhor desde as primeiras classificatórias. Na final, venceu o australiano Shane Perkins por dois a zero. Na prova de velocidade por equipes, ouro para Alemanha e prata para a França.
No keirin, depois de duas provas sem vitórias, o supercampeão olímpico Chris Hoy venceu, seguido do malaio Azizulhasni Awang e do alemão Maximilian Levy.Na omnium, ouro para o britânico Ed Clancy, seguido pelo australiano Leidh Haward e o americano Taylor Painer.
Na perseguição por equipes, ouro para Austalia, prata para Gra Bretanha e bronze para Nova Zelandia.
No feminino, a britânica Victoria Pendleton foi ouro na velocidade individual, seguida da chinesa Guon Chang e o bronze para lituana Simona Krupeckeite. No keirin, quem ficou com o ouro foi Simona e a prata Victoria. oLGA Panarina, de Belarus, foi bronze.Austrália levou ouro nas provas de perseguição e velocidade por equipes, na primeira com recorde mundial, deixando a Grã Bretanha com a prata e a Nova Zelândia com o bronze. Na velocidade, China prata e Lituânia bronze.Na omnium, ouro para canadense Tara Written, prata australiana Victoria Pendleton e bronze para a espanhola Leire Olaberria.
CICLISMO MOUNTAIN BIKE
Masculino estaria em Londres
No mundial deste ano, o melhor foi Rubens Donizete que ficou em 35º entre os 80 ciclistas. Psheidt ficou em 54º e Edivando Cruz em 59º. Por equipes, o Brasil ficou em 11º. Em Copas do Mundo, Rubinho ficou em 54º lugar na etapa da Alemanha. Ele ainda foi vice campeão dos Jogos Sul-Americanos e prata no Campeonato Pan-Americano. Foi campeão brasileiro também e, sem dúvida, melhor atleta do ano.
O Brasil encerra a temporada em 23º e estaria classificado com um atleta para a Olimpíada de Londres. Porém, no limite, já que os 24 primeiros países garantem uma vaga.
Na base, bons resultados também. No Pan sub-23,o Brasil conseguiu uma dobradinha perfeita, com Sherman Paiva e Henrique Avancini: ouro e prata respectivamente.
Feminino em decadência
Sem a presença de Jaqueline Mourão, que parou com o ciclismo após Pequim 2008, a chance de classificação brasileira é bem baixa. O ranking brasileiro no fim do ano é 28ª colocação e apenas as 18 primeiras nações garantem vaga nos Jogos.
Erika Gramicelli e Roberta Storpa são os principais nomes do Brasil, mas não conseguem resultados nem na América do Sul.Na Copa Internacional, em Minas Gerais, com apenas duas estrangeiras, o melhor resultado foi a terceira posição.
No Pan-Americano, Roberta Storpa foi a única brasileira mas não completou a prova. No brasileiro, o título ficou com Erika.Mais provas em 2011
Nove provas em 2011-12 acontecerão no Brasil valendo pontos para o ranking olímpico da modalidade. Se a Olimpíada fosse hoje, o Brasil teria um atleta classificado no masculino mas estaria longe de uma vaga entre as mulheres.Serão quatro Copas Internacionais, três Taças Brasil e duas Copas de Santa Catarina. Para se classificar para Londres, o Brasil precisa estar entre os 24 primeiros no ranking mundial por países no masculino e entre 18 melhores no feminino.
PELO MUNDO
Os europeus seguem dominando o esporte no mundo. No ranking masculino, os dez primeiros colocados são do Velho Continente. No feminino, duas norte-americanas entre as quinze primeiras.
No mundial, o ouro ficou com a polonesa Maja Wloszowska entre as mulheres e o ouro no masculino ficou com José Antonio Ramos
Os europeus seguem dominando o esporte no mundo. No ranking masculino, os dez primeiros colocados são do Velho Continente. No feminino, duas norte-americanas entre as quinze primeiras.
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