O ano do ciclismo começou com a reeleição do presidente Vasconcellos e terminou com oito atletas pegos no dopping. Um ano complicado para o esporte, mas que conseguiu trouxe novas perspectivas para o Ciclismo pista, modalidade mais carente das bicicletas por aqui. Na estrada, Voltas bem organizadas, no Mountain Bike provas espalhadas pelo país, principalmente São Paulo e Minas e no BMX poucas mudanças.
O Presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), Jose Luiz Vasconcellos foi reeleito a mais um mandato da entidade. No cargo desde 2005, ele presidirá o ciclismo no Brasil por mais quatro anos.Vasconcellos venceu a eleição contra o ex-presidente da Federação de São Paulo, Marcos Mazzaron, por quinze votos a doze.
CICLISMO PISTA
Acredito que a modalidade que mais ganhou com a permanência de Vasconcellos, ex-ciclista, no cargo foi o Ciclismo Pista. Depois de nenhum atleta ter participado do mundial no mês de março, o Brasil levou atletas para uma etapa da Copa do Mundo de Ciclismo e voltou a ter um Campeonato Nacional sem problemas, algo que não acontecia desde 2007. A volta de Luciano Pagliarini, que ficou quase 10 anos treinando na Europa, para comandar nossa seleçã de pista também foi benéfica, mas terminou numa crise, já que ele foi demitido de sua equipe,a Memorial.
No nacional, Sumaia Ali Ribeiro, foi o grande nome da competição, levando quatro medalhas, ouro no 500m contra relógio(prova que não é mais olímpica), keirin e velocidade(Provas olímpicas) e um bronze por pontos.Marcos Vinicius de Alcântara, o Mancha, venceu a prova de velocidade no masculino e chegou ao tetracampeonato, enquanto Armando Reis venceu a prova de perseguição. Davi Romeo venceu o km contra relógio.
Com quatro atletas, o Brasil disputou uma etapa da Copa do Mundo, sem grandes resultados, mas com os atletas sabendo da importância de estar lado a lado com os melhores do planeta. Sumaia Ali Ribeiro foi a primeira a competir e terminou na 22ª colocação nas eliminatórias da prova de velocidade individual, atingindo uma velocidade de 59,716 km/h nos 200m finais. Apenas as 16 melhores entre as 29 participantes avançaram para a fase seguinte, com a britânica Victoria Pendleton registrando o melhor tempo, com incríveis 65.466 km/h de velocidade nos 200m decisivos.
Thiago Nardin também fez sua estréia, ele ficou na 17a colocação na prova de perseguição individual. 18 atletas competiram a prova, com os dois melhores tempos classificados para a disputada do ouro e o terceiro e quarto colocados brigando pelo bronze. O tempo de Nardin foi de 4min42s940.
Luciano Pagliarini foi o 18o colocado na eliminatória 1 da prova por pontos. Os 12 melhores se classificaram para a fase seguinte. Robson Dias foi 19º no km contra relógio.
Thiago Nardin também fez sua estréia, ele ficou na 17a colocação na prova de perseguição individual. 18 atletas competiram a prova, com os dois melhores tempos classificados para a disputada do ouro e o terceiro e quarto colocados brigando pelo bronze. O tempo de Nardin foi de 4min42s940.
Luciano Pagliarini foi o 18o colocado na eliminatória 1 da prova por pontos. Os 12 melhores se classificaram para a fase seguinte. Robson Dias foi 19º no km contra relógio.
Outro resultado importante na pista, foi uma medalha de prata no pan-americano da modalidade, com Marcos Novello e Tiago Nardin na prova de madison. Eles venceram os campeões olímpicos, argentinos, que também estavam an prova e ficaram com o bronze.
Na prova de contrarelógio, uma marca histórica. Davi Romeo, da equipe Flying Horse/Caloi, quebrou o mais antigo recorde brasileiro de pista ao registrar 1min04s754 na prova do Quilômetro contrarrelógio. A melhor marca (1min05s152) pertencia a Paulo Jamur, de Curitiba, um dos principais ciclistas brasileiros
CICLISMO ESTRADA
O Ciclismo estrada do Brasil viveu um drama em 2009. Mesmo com grandes eventos, como as Voltas Internacionais de Santa Catarina, Grande ABC, Santa Catarina e Estado de São Paulo, que reuniu muitos atletas estrangeiros e teve um belo apoio da mídia, o ano foi marcado mesmo pelos casos de doping que pipocaram pelo país.
Depois dos quatro atletas que testaram positivo na Volta de Santa Catarina, disputada em abril, agora mais quatro não escaparam do controle feito pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e colocaram o esporte das dus rodas, famoso no mundo por ter muitos atletas pegos no antidopping, também nas páginas negras no Brasil.
Dentro da estrada, o ano não foi de bons resultados para o Brasil. A participação brasileira do mundial da Suíça ficou um pouco abaixo do esperado. Nosso principal atleta era Murilo Fischer, que não conseguiu acompanhar o pelotão e terminou na 55ª posição, pouco mais de 5 minutos atrás dos líderes. Na elite masculina, Mathias Frank e Nazaret Prado não terminaram a prova. Prado ainda foi nosso único representante no contrarelógio, terminando em 46º entre os 66 presentes, com o tempo de 1h04min34.
No feminino, nossas duas representantes na prova de resistência não terminaram o percurso. Roseane Kirch e Uenia Fernandez não completaram os 124km de prova. No contra relógio, nenhuma brasileira participou.
Nas categoria até 23 anos, resultados apenas regulares também. Na prova de estrada masculino, Rafael Andrianatto foi 49º nove minutos atrás do líder, chegando pouco a frente do compatriota Carlos Manarelli, que ficou em 51º dentre os 72 que terminaram e os 166 que largaram.
No feminino, nossas duas representantes na prova de resistência não terminaram o percurso. Roseane Kirch e Uenia Fernandez não completaram os 124km de prova. No contra relógio, nenhuma brasileira participou.
Nas categoria até 23 anos, resultados apenas regulares também. Na prova de estrada masculino, Rafael Andrianatto foi 49º nove minutos atrás do líder, chegando pouco a frente do compatriota Carlos Manarelli, que ficou em 51º dentre os 72 que terminaram e os 166 que largaram.
Na Volta do Estado de São Paulo, a principal do Brasil, O português Sérgio Ribeiro, da equipe Barbot/Siper/Azeite Vila Flor, foi o campeão. No Pan-americano, o Brasil passou em branco. O melhor resultado brasileiro foi com a campeã nacional Janildes Fernandes, quarta colocada. No masculino, o campeão brasileiro Alex Arseno como melhor brasileiro, no 22º lugar.
Apesar do mau resultado no mundial, Murilo se destacou bem em algumas provas pela Europa, apesar de não ter disputado o Tour de France por estar machucado. Ele venceu Volta de Emilia Romana, na Itália e terminou 2009 como melhor brasileiro na modalidade, levando o prêmio Brasil Olímpico.
No Campeonato Mundial de Ciclismo Junior, depois de perder as bagagens,ficar dois dias sem a bicicleta para treinar, ficar sem um interprete num país em que poucos falam o inglês, nossa equipe até que fez bonito. Márcia Fernandes foi muito bem na prova de estrada, ficou no primeiro pelotão grande parte do percurso e, na chegada, ficou em 24º , no mesmo segundo das primeiras colocadas. Murilo Ferraz vinha fazendo um grande contra-relógio mas teve seu pneu furado a 7 km do final. Poderia vir um resultado muito bom.
CICLISMO MOUNTAIN BIKE
Um ano de crise para o Mountain Bike brasileiro. Enquanto o time masculino está crescendo, com o surgimento de mais atletas, o feminino vive uma entresafa enorme, principalmente depois da despedida de Jaqueline Mourão, no fim de 2008. Isso fez com que o técnico Edu Ramires decidisse por não levar mulheres ao campeonato Mundial, o que acarretou numa enorme revolta das meninas, que competiram em algumas competições com uma faixa representanto luto.
No campeonato mundial de ciclismo Mountain Bike. Rubens Donizete foi o melhor do Brasil na competição, em 31º lugar, enquanto Edivando de Souza foi 52º e Ricardo Pscheidt foi 62º. Resultados apenas regulares dos melhores atletas do Brasil na modalidade, que está crescendo no país tanto em número de provas, como de premiação e de atletas com um nível bom.
No Campeonato Brasileiro de Mountain Bike Cross Country em Resende, cidade do interior do Rio de Janeiro. Edivando Cruz venceu no masculino e Erika Gramicelli venceu no feminino. Erika provou sua superioridade ao ter vencido também as etapas da Copa Internacional de MTB enquanto no masculino tivemos uma mescla de vitórias de Rubinho, Vando e Pscheidt.
CICLISMO BMX
O Ciclismo BMX segue pouco falada na mídia brasileira, apesar de ser olímpica. Talvez por ser uma competição que pareça muito radical, talvez por ter inúmeras categorias. O que se percebe e que ninguém dá atenção.
O ano foi sem grandes resultados. No mundial, Ana Flavia Sgobin não ficou entre as 32 melhores do mundo, mas teve um ano positivo com títulos paulistas, Copa do Brasil e brasileiro, além de boas colocações em Latinos-Americanos.
No campeonato pan-americano disputado no início do ano, Ana Flavia Sgobin ficou sem medalha era a única brasileira na elite. Entretanto, tínhamos uma série de atletas nas categorias menores, como Naiara de Almeida, Mavara Perez, Squel Stein e Alessandra de Sousa.
No masculino, o Brasil está bem abaixo. ranking latino-americano, o melhor colocado é Gustavo Chiara, 12º e Daniel Brito 13º. No ranking mundial, ustavo fechou o ano em 47º.Para efeito de comparação, Ana Flavia terminou o ano em segundo no ranking latino americano e nona no ranking mundial.
O vencedor do Prêmio Brasil Olímpico, Resende terminou a temporada como primeiro no ranking latino americano junior e sétimo do mundo. Boas perspectivas para o futuro, visto que no feminino, Stel Squen e Mayara Perez lideram o ranking latino americano e e terminaram o ano entre as 12 melhores do mundo
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