quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mundial de tiro com arco e ciclismo MTB

Ocorreu nesta semana os mundiais de tiro com arco e de ciclismo mountain bike e esses esportes pouco divulgados no Brasil tiveram muito em comum neste ano. Tanto no mountain bike quanto no recurvo do tiro com arco, o Brasil levou equipe completa entre os homens, mas nenhuma mulher.

No ciclismo Mountain Bike, o acontecido gerou protestos vindos de todos os lados das ciclistas. Inclusive com críticas fortíssimas da campeã brasileira ao técnico Edu Ramirez. Na Copa Internacional de MTB, disputada há duas semanas, as atletas entraram todas com uma faixa preta no ombro, em sinal de protesto. Para ver a total repercussão, clique aqui!

No tiro com arco, a decisão parece ter sido tomada de forma um pouco mais criteriosa. Nossas atletas deveriam atingir índices e não alcançaram, segundo a Fátima Rocha, presente nas últimas três edições dos Jogos Pan-americanos e com quem eu conversei na última semana.

Os homens, entretanto, ficaram um pouco abaixo da expectativa nas provas. Claro que não esperávamos resultados próximos ao das medalhas, mas apenas melhores que os recentes, o que não aconteceu. No MTB, o melhor foi Rubens Donizete, que ficou na 31ª posição, seis posições acima da atingida no último mundial e 10 acima da Olimpíada. No tiro com arco, nenhum de nossos atletas passou para a segunda fase, entre os 64 melhores e por equipes a seleção ficou em 29º entre os 33 países participantes. Em 2007, Leonardo de Carvalho caiu na primeira rodada, assim como Marcos Bartolotto e Fabio Emilio. Por equipes, tínhamos ficado 27º dos mais de 50 times.

Importante citar que a largada do Mountain Bike é bastante complicada e os brasileiros conseguiram escapar todos dos acidentes. No mundial que continha mais de 100 atletas, cada fila tinha 10 ciclistas que largavam pelo ranking mundial, o que dificultou a vida dos brasileiros, que partiram de trás, como acontecera no ano passado.

"Logo na largada consegui ganhar duas filas. Estava alinhado na quinta fila, mas no último minuto quando o pessoal juntou, passei uns 10 (adversários) correndo com a bikes nas costas quando entramos no single track", disse Rubens Donizete. "Num dos trechos mais complicados eu quase tive problemas, dois atletas caíram na minha frente e quase me levaram junto, tudo isso ainda na segunda volta. Infelizmente nas últimas duas voltas perdi três posições. Tentei acompanhar mas não conseguia. Estava bem cansado nas últimas duas voltas", afirmou.

Suiça e Rússia levam ouro

A corrida como se esperava foi bastante acirrada. No início, logo formou-se um pelotão com os 15 primeiros atletas que durou as primeiras duas voltas. Dos 75 competidores, Nino Schurter e Julien Absalon travaram um duelo pela liderança digno de campeonato mundial, porém o francês bicampeão olímpico e campeão mundial, não resistiu aos incessantes ataques de Nino e perdeu a disputa por apenas 3 segundos. Outro suíço, Florian Vogel, companheiro de equipe de Nino, além do espanhol José Hermida, bem que tentaram acompanhar os líderes, mas no final, tiveram que se contentar com a briga pela medalha de bronze, no qual um suíço novamente levou a melhor.

No feminino, a russa Irina Kalentieva consagrou bi-campeã mundial depois de sofrer uma queda. No começo da primeira volta, a russa se embolou com outras quatro atletas e caiu, ficando entre as vigésimas colocações. Depois disto, fez uma prova de recuperação digna de campeã mundial.
Vale ressaltar a prova da norueguesa Lene Byberg. Com o fato acima, ela se aproveitou para liderar a prova até a última volta. Pedalando sozinha, Byberg passeou no circuito, mostrando habilidades ao transpor todos os obstáculos. Mas no final ela não suportou a pressão de Kalentieva e cedeu espaço.

Após a queda, Irina Kalentieva foi buscar todas as atletas. E quando encostou na norueguesa na última volta, ficou “comendo roda” até atacar no final do subidão. Consequentemente, entrou no single track na frente e abriu uma vantagem considerável rumo ao seu segundo título.

Vale a pena para quem realmente gosta de ciclismo, ver o video das provas, no link
http://www.pedal.com.br/exibe_texto.asp?id=3389. A prova foi transitida ao vivo pelo site da UCI, mas não consegui assistir pois estava viajando curtindo o feriado.

Coreia mantém força no tiro com arco

Nos arcos recurvos, mais uma vez a Coreia do Sul mostrou toda a sua força, conseguindo subir ao lugar mais alto, quer em masculinos quer em femininos.As meninas venceram na final o Japão, conquistando o Ouro, em mais um triunfo das Sul Coreanas que não deixaram por mão alheia o seu favoritismo. No outro duelo que atribuiu o Bronze, as atletas da Federação Russa superiorizaram-se à Bielorússia, que obteve o 4º Lugar.

Nos masculinos mais uma vez a Coreia foi a vencedora, levando ao rubro as centenas de espectadores presentes no complexo desportivo. Para chegar ao topo do pódium o Coreanos bateram na final a França que apresenta novamente uma renovada e forte equipa.Também nos masculinos o Japão esteve bem e conquistou mais uma medalha, vencendo a China, que ficou na 4ª posição.

No individual, a semi final masculina reuniu três coreanos e um ucraniano. Viktor Ruban foi campeão olímpico em 2008 e teve de enfrentar não só os três rivais da Coreia e sim os milhares de torcedores que lotavam a arena em Bulsan, num dos esportes mais populares daque país. Não resistiu e perdeu para Chang Lee por 112 a 109. Lee venceu na final seu compatriota Jin Hyek por 113 a 108 e se sagrou campeão do mundo, enquanto Ruban garantiu o bronze com vitória de 111 a 110.
No feminino, Yen Ji conquistou a medalha de ouro ao vencer na final a também coreana Hyung Jing. O bronze ficou com a surpreendente Natalia Sanches, da Colombia, que ficou em 23º na primeira fase e foi derrubando as favoritas, inclusive a coreana Hee Yung, que ficou em segundo na segunda fase e tinha tudo para chegar a decisão. Depois do mundial de judô, em que o país levou um ouro, as mulheres colombianas novamente mostraram força com esse bronze.

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