O ano começou com a esperança de um atletismo melhor para o Brasil depois do título olímpico de Maurrem Maggi, mas não foi isso que se viu. Maurrem esteve irregular durante toda temporada, fez apenas um salto bom no ano todo, 6m90 em fevereiro, e abandonou a final do salto em distância no mundial, sentindo o joelho. Promete um 2010 totalmente diferente, mas a atleta de 33 anos precisa se recuperar da lesão.
Dias antes do mundial de Berlim, o Brasil inteiro se abalou com os casos de dopings divulgados pela Confederação. A Rede Atletismo, equipe nova mas que tinha na equipe boa parte da seleção brasileira que estava no mundial, viu debaixo de seus olhos os principais velocistas serem pegos num exame antidoping surpresa. Caiu, junto com o técnico Jayme Netto, da equipe brasileira de revezamento medalhista olímpica em 2000 e finalista olímpica em 2004 e 2008, os velocistas Bruno Lins, Jorge Celio, Josiane Tito, Luciamara Silvestre e Luciana França, isso uma semana depois de Lucimar Teodoro. E há quem diga que Basílio Emílio e Vicente Lenílson também tomavam as tais injeções mas não foram pegos.
Abalada ou não pelo doping, a delegação brasileira teve uma participação deprimente no mundial. O melhor resultado foi a quinta posição de Fabiana Murer no salto com vara, o que não deixou de ser uma decepção, já que ela tinha a segunda melhor marca da temporada com o recorde sul-americano conquistado no Trofeu Brasil, 4m82. No mundial, saltou 4m60. Jadel Gregório saiu contundido na oitava posição do salto triplo, assim como Maurrem Maggi no salto em distância, Jessé Farias no salto em altura e Giselle no salto triplo. Um problema de lesões enorme. Além disso, os dois revezamentos 4x100m chegaram a final e completaram as sete finais do Brasil. De resto, um festival de últimas posições, distantes das fases seguintes.
Os doppings dos atletas da rede se uniram a inúmeros outros em provas de ruas, o que chegou a 17, a príncipio o país com mais casos em 2009 no atletismo. Esses casos levaram ao fim da equipe adulta Rede Atletismo, que tinha os mais altos investimentos do país. Para 2010, o time contará apenas com atletas de base. Nem mesmo o técnico da campeã olímpica Nelio Moura se livrou disso, com dois de seus atletas sendo pegos também no exame.
Falando em base, um ano que não dá muitas esperanças para o futuro. No mundial sub-17, em julho, o Brasil conquistou uma medalha de prata, no revezamento medley, prova que não é olímpica. No resto, o melhor resultado foi de Livia Avancini, quinta colocada no arremesso de peso. Importante citar que ela abandonou a carreira no mês seguinte alegando falta de apoio. No Pan-americano juvenil, foram apenas dois ouros e total de dez medalhas.
São 47 as provas olímpicas e apenas quatro recordes brasileiros foram quebrados. Além de Fabiana Murer, quem fez a melhor marca da história do país foi Julio Cesar no arremesso de dardo, Wagner Domingos no martelo e Sabine nos 3000m com obstáculos. Podemos destacar também o ano de Lucimar Moura, que quase bateu seu recorde nos 100m e foi muito bem no revezamento do mundial, Giselle que voltou a saltar bem e foi finalista no salto triplo do mundial e Kleberson Davide e Fabiano Peçanha nos 800m, que fizeram bons tempos e boas disputas.
Entretanto, o título de melhor do ano foi para Fabiana Murrer, quinta colocada no mundial, dona da segunda melhor marca do ano no salto com vara, 4m82, e vice campeã da superfinal, atrás apenas de Isinbaeva. Resultados muito significativos, mas que foram apagados pela péssima atuação no mundial, em que era favorita ao pódio e ficou 22cm de sua melhor marca.
O recorde veio no Trofeu Brasil de atletismo, principal competição do país, que ocorreu na moderna pista de Bragança e fechou a temporada de competições no Brasil. Antes, ocorreram quatro meetings, realizados em Fortaleza, Rio de Janeiro, Uberlândia e Belém que trouxeram ao nosso país campeões olímpicos e mundiais, como Valerie Vili, Collado Yarisle e Primož Kozmus.
Entretanto, o título de melhor do ano foi para Fabiana Murrer, quinta colocada no mundial, dona da segunda melhor marca do ano no salto com vara, 4m82, e vice campeã da superfinal, atrás apenas de Isinbaeva. Resultados muito significativos, mas que foram apagados pela péssima atuação no mundial, em que era favorita ao pódio e ficou 22cm de sua melhor marca.
O recorde veio no Trofeu Brasil de atletismo, principal competição do país, que ocorreu na moderna pista de Bragança e fechou a temporada de competições no Brasil. Antes, ocorreram quatro meetings, realizados em Fortaleza, Rio de Janeiro, Uberlândia e Belém que trouxeram ao nosso país campeões olímpicos e mundiais, como Valerie Vili, Collado Yarisle e Primož Kozmus.
Para 2010, a expectativa é de mudanças. Mudanças na base, mudanças no doping, mudanças nos atletas. Em um ano sem mundial, podemos querer apenas que o atletismo se reestruture no Brasil e que apague essa temporada.
PANORAMA MUNDIAL
Os grandes nomes de 2009 foram os mesmos de 2008. Usain Bolt e Yelena Isinbaeva bateram seus recordes mundiais que já quebrados ano passado e se mantiveram como principais nomes da modalidade no mundo.
Bolt venceu no mundial de Berlim os 100m,200m e revezamento 4x100m rasos batendo recorde mundial nas duas provas individuais. Marcou 9s58 nos 100m e 19s19 nos 200m para entrar definitavemente para história do esporte.
Isinbaeva teve um ano irregular no início, no campeonato mundial errou os três saltos e ficou em último na final. Porém, depois, se redimiu e quebrou seu próprio recorde mundial, chegando a 5m06 e ainda levou o prêmio da Golden League, vencendo as seis provas.
O quarto recorde mundial em provas olímpicas do mundo veio no lançamento de martelo feminino, com Anita Włodarczyk, da Polônia, que lançou 77m96.
Os EUA mantiveram a hegemonia, levando 10 medalhas de ouro no mundial e totalizando 22 pódios. Os jamaicanos ficaram na segunda posição no quadro de medalhas com sete ouros, todas em provas de velocidade, seguidos pelos quenianos, com quatro ouros, que venceram as provas de meio fundo.
A decepção do mundial foi a Rússia, sempre tradicional nos saltos e na marcha, mas que não passaram de quatro medalhas de ouro.
A Etiópia ganhou dois ouros, ambos com Kenenisa Bekele, que levou os 5000m e 10000m e ainda venceu a golden league, levando as seis provas da série de torneio.
Outro nome de destaque no ano foi Sonya Richards, que dominou as provas de 400m no ano,
levando a medalha de ouro no mundial e um terço do prêmio da Golden League, dividido com Isinbaeva e Bekele.
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