sábado, 29 de agosto de 2009

Se a olimpíada fosse hoje- atletismo

Demorou mas chegou. Depois de quase uma semana, estou escrevendo o resumo do mundial de atletismo, que aconteceu em Berlim e teve Usain Bolt como principal estrela. O resumo da participação brasileira já está no ar no blog desde segunda-feira. Hoje, o resumo de cada uma das 47 provas. No fim, o quadro de medalhas que soma todos os resultados de campeonatos mundiais até o momento em 2009.

Um mundial marcado por apenas três recordes mundiais, dois deles do fenômeno e um no lançamento de martelo. No último mundial, nenhum recorde mundial foi quebrado enquanto que em 2005 apenas um, com a russa Isinbaeva. Com uma média de sete recordes mundiais quebrados por temporada, o atletismo vem com uma média de 14 anos de vida para cada recorde.

Olhando o quadro de medalhas, podemos ver os EUA mais uma vez líderes, os jamaicanos com sete ouros, todos em provas de velocidade, em segundo, seguido por Quênia. A Rússia em quarto. 19 países conquistaram ouro em 47 provas e um total de 37 países subiram ao menos uma vez no pódio.

Interessante olhar a "geografia" das provas. Dos 100m aos 400m, que domina são os atletas da América Central e do Norte. Dos 800m "para frente", quenianos e etíopes são os destaques, com destaque também para África do Sul, que levou ouro nos 800m masculino e feminino. As provas de marcha quem domina é Russia enquanto nos saltos e arremessos existe uma "divisão' maior, mas com supremacia europeia, com ouro para Grã Bretanha, Polônia, Alemanha, Croácia.

Feminino
100m rasos: Oito finalistas das Américas e melhor para Jamaica. A campeã olímpica Shelly-Ann Fraser ficou com a medalha de ouro marcando 10s73, apenas 0s02 a frente de sua compatriota Kerron Stewart, que foi prata nos 100m e bronze nos 200m em Pequim. 0s15 atrás chegou a americana Carmelita Jeter, que repetiu o bronze de 2007. Veronica Campbell-Brown, que ficou com ouro em 2007, ficou na quarta posição com 10s95.
200m rasos: A americana Allyson Felix conquistou o tri campeonato mundial ao marcar 22s02, depois de duas pratas seguidas em Jogos Olímpicos. A bi campeã olímpica Veronica Campbell-Brown ficou com a prata marcando 22s35, e o bronze foi para veterana Debbie Ferguson-McKenzie, de Bahamas, qua aos 33 anos, marcou 22s41. Muna Lee ficou em quarto, seguida de duas jamaicanas, Anneisha McLaughlin e Simone Facey.
400m rasos: Sanya Richards provou mais uma vez ser praticamenter imbatível nessa prova esse ano. Marcou 49s e ficou com o ouro, depois de ter sido bronze em Pequim. Vice campeã olímpica nos 400m, Shericka Williams, levou a prata para Jamaica nesse mundial, enquanto o bronze foi para a russa Antonina Krivoshapka.
800m rasos: Caster Semenya, da África do Sul, foi alvo de uma das maiores polêmicas do mundial. Ela venceu com 1min55s45, mas foi praticamente reprovada no exame de feminilidade, com 3x mais tostesterona que o normal em seu corpo. Janeth Jepkosgei, medalha de prata para o Quênia também foi alvo de uma polêmica. Ela foi derrubada durante as eliminatórias, quando liderava, e acabou ficando em último, mas garantiu uma vaga nas semifinais depois de um recurso da federação queniana. Sem polêmicas, o bronze ficou a britânica Jenny Meadows. Pamela Jelimo, atleta que está tentanto bater o recorde mundial mais antigo do atletismo atual, desde 1983 pertence a uma alemã oriental, estava machucada e, apesar de se classificar para a semifinal, abandonou a prova.
1500m rasos: Mais uma prova polêmica no meio fundo feminino neste mundial. A espanhola Natalia Rodríguez chegou em primeiro, mas foi desclassificada pois na altura nos 1200m, tentou passar por dentro a etíope Gelete Burika e a derubou, tirando as chances de medalha de sua rival. Na chegada, a espanhola já parecia saber que seria desclassificada, o que foi justo, já que ela tentou passar onde não cabia uma pessoa. Assim, quem herdou o ouro foi a atleta do Bahein Maryam Yusuf Jamal, que chegou ao bi campeonato. A americana Shannon Rowbury ficou com o bronze. Importante frisar que a prova, completada em 4min03s74 pela vencedora, teve um nível bem baixo, já que nas últimas edições de mundial a prova foi sempre completada abaixo dos 4 minutos.
5000m rasos: Sem Tirunesh Dibaba , campeã olímpica que estava machucada, a "armada etíope" não conseguiu superar as quenianas. O ouro e a prata ficaram com, respectivamente, Vivian Cheruiyot e Sylvia Jebiwott Kibet. Atrás deles, trÊs etíopes: A campeã olímpica em 2004 e prara em 2008 Meseret Defar, que ficou com o bronze, seguida de Sentayehu Ejigu e Meselech Melkamu.
10000m rasos: Mais uma prova sem Dibaba e mais uma vitória queniana sobre Etiopia. Linet Masai, com arrancada espetacular saindo da quarta para a primeira posição na reta final, levou o ouro, deixando a prata para Meselech Melkamu, da Etiopia, que não viu sua rival ultrapassá-la e comemorou na chegada, numa das chegadas mais interessantes do mundial. Wude Ayalew, que entrou na reta final em primeiro, ficou com o bronze. Meseret Defar, especialista nos 5000m, ficou em quinto.
100m com barreiras: A jamaicana Brigitte Foster-Hylton ficou com ouro numa das provas mais emocionantes do mundial que, assim como acontecera na Olimpíada, foi decidida nos centésimos. Brigitte foi uma grande barrerista até 2005, quando se machucou e ficou um tempo afastada das primeiras posições nos grandes torneios, conseguindo voltar de forma espetacular para ganhar o ouro com o tempo de 12s51, 0s03 a frente da canadense Priscilla Lopes-Schliep, que foi prata. Delloreen Ennis-London, da Jamaica, foi bronze. Perdita Felicien, que era uma das favoritas a medalhas, ficou em oitavo e se contundiu durante a prova. Lembrando que ela ficou de fora de Pequim-2008 tendo se machucado 15 dias antes do evento, em que era umas favoritas.
400m com barreiras: A campeã olímpica em Pequim bateu o recorde continental da prova ao marcar 52s42, numa das melhores performances do mundial. A prata ficou com a americana Lashinda Demus e o bronze com a trinitina Josanne Lucas, que bateu o recorde nacional da prova.
3000m com obstáculos: A espanhola Marta Domínguez surpreendeu e ficou com a medalha de ouro na prova, com o tempo de 9min07s32, recorde nacional da prova. A prata ficou com Yuliya Zarudneva, da Rússia, e o bronze com a queniana Milcah Chemos Cheywa. A campeã olímpica e favorita Gulnara Samitova-Galkina fez o seu melhor tempo da temporada, mas ficou em quarto lugar.
Revezamento 4x100m rasos: Desta vez sem queda de bastões, Simone Facey, Shelly-Ann Fraser, Aleen Bailey, Kerron Stewart conquistaram a medalha de ouro para Jamaica, com 42s06, seguida de Bahamas, com Sheniqua Ferguson, Chandra Sturrup, Christine Amertil, Debbie Ferguson-McKenzie e da Alemanha Marion Wagner, Anne Möllinger, Cathleen Tschirch e Verena Sailer.
Revezamento 4x400m rasos: Com grande frente, as americana Debbie Dunn, Allyson Felix, Lashinda Demus e Sanya Richards conquistaram a medalha de ouro com 3min17s83, liderando desde o início, passando pelas jamaicanas Rosemarie Whyte, Novlene Williams-Mills, Shereefa Lloyd e Shericka Williams que ficaram com a prata. Rússia ficou com o bronze.
Maratona: Uma chegada emocionante, o que é complicado numa prova de mais de 2 horas como é a maratona. A chinesa Xue Bai ficou com o ouro com o tempo de 2h25min15, 10s a frente da prata de Yoshimi Ozaki do Japão. O bronze foi para a etíope Aselefech Mergia, que ficou sete segundos atrás de Ozaki. Achinesa Chunxiu Zhou ainda ficou em quarto apenas seis segundos atrás do bronze.
Marcha 20km: A campeã olímpia Olga Kaniskina ficou com a medalha de ouro, com quase 1 minuto de vantagem para a irlandesa Olive Loughnane, sétima em Pequim, que ficou com a prata. O bronze ficou com a chinesa Liu Hong, também bronze em Pequim.
Salto em distância: Ouro para a americana Brittney Reese, que já tinha a melhor marca da temporada, e saltou 7m10. A russa Tatyana Lebedeva, dina de cinco medalhas olímpicas entre distância e triplo, foi prata com 6m97. O bronze ficou com a surpreendente e bela Karin Mey Melis, da Turquia, com 6m80.
Salto triplo: Yargelis Savigne, que decepcionou com o quinto lugar em Pequim, chegou ao bi campeonato mundial da prova com 14m95, conquistado na quinta tentativa. Entretanto, os três melhores saltos da final foram dela, que também alcançou 14m89 e 14m85. A prata ficou com a cubana Mabel Gay e o bronze com a russa Anna Pyatykh.
Salto em altura: Com 2m04, a croata Blanka Vlašić ficou com a medalha de ouro, se redimindo da prata de Pequim. Ela ainda tentou saltar 2m10 para chegar ao recorde mundial, mas não conseguiu. Com 2m02, a russa Anna Chicherova, bronze em Pequim, foi prata, enquanto obronze foi para a alemã Ariane Friedrich, que chegou na competição até com pinta de ouro, tendo vencido Blaka uma vez esse ano.
Salto com vara: A russa Yelena Isinbayeva, bi campeã olímpica era favorita ao ouro, mas errou seus trÊs saltos, um no 4m75 e dois no 4m80 e chorou, chorou muito pela sua última posição na final. Assim, que ficou com o ouro foi a polonesa Anna Rogowska com 4m75, seguida de sua compatriota Monika Pyrek e pela americana Chelsea Johnson, que dividiram a pratacom 4m65.
Arremesso de peso: No alto de seus 2m02, a neozelandesa Valerie Vili mais uma vez ficou com o ouro, conquistando o bicampeonato mundial depois de seu ouro em Pequim. Ela marcou 20m44 na quarta tentativa, quando já estava em primeiro e garantiu a vitória. A prata ficou com a alemã Nadine Kleinert, que marcou 20m20, melhor de sua carreira, e o bronze com a chinesa Gong Lijiao, que marcou 19m89.
Arremesso de disco: Numa das maiores surpresas da competição, a australiana Dani Samuels marcou 65m44 e ficou com a medalha de ouro, vencendo a cubana Yarelis Barrios, prata em Pequim, que marcou 65m31 em sua última tentiva, tirando a segunda posição da romena Nicoleta Grasu, que foi bronze.
Arremesso de dardo: A medalhista de prata em 2004, Steffi Nerius, ficou com ouro na prova nesse ano, levando a loucura o estádio de Berlim. Ela marcou 67m30 logo na sua primeira tentativa e não largou mais a primeira posição. A tcheca campeã olímpica, Barbora Špotáková, ficou com a prata e a russa, prata em Pequim, Mariya Abakumova foi bronze.
Lançamento de martelo: Anita Włodarczyk,sexta colocada em Pequim, conseguiu na sua segunda tentativa uma espetacular marca de 77m96 e bateu o recorde mundial para ficar com a medalha de ouro. A alemã Betty Heidler também chegou na marca dos 77m, marcando 77m12 e ficou com a prata. O bronze ficou com a eslovaca Martina Hrašnová.
Heptatlo: Jessica Ennis ficou com a medalha de ouro para a Grã Bretanha com um total de 6731 pontos. A alemã Jennifer Oeser ficou com a medalha de prata e a polonesa Kamila Chudzik com o bronze.

Masculino

100m rasos: Em 41 passadas, Usain Bolt, da Jamaica, entrou para história do esporte mundial ao melhorar o recorde mundial, que já era seu, em 11 centésimos. Na final mais forte da história, venceu com 9s58, deixando para trás o americano Tyson Gay, que fez o que pôde, bateu o recorde americano da prova com 9s70,melhorando tempo de astros como Maurice Greene e Carl Lewis, mas ficou na segunda posição. O bronze ficou com Asafa Powell, da Jamaica, que correu em 9s84. Interessante que dos oito finalistas, sete eram das Américas. A única excessão foi o britânico Dwain Chambers, que foi sexto.
200m rasos: Para mim, melhor que o recorde de Bolt nos 100m foi o dos 200m, em que ele correu em 19s19 e bateu o recorde mundial que já era seu. O tempo é tão espetacular que, se dividido em dois, dá 9s59, apenas 0s01 pior que seu recorde dos 100m. Ele chegou muito, mas muito a frente do surpreendente Alonso Edward, do Panamá, que com 19s81 BATEU O RECORDE SUL-AMERICANO QUE ERA DE CLAUDINEI QUIRINO desde 99, quando fez 19s89. Panamá, geograficamente fica no istmo da América do Sul, mas sua confederação faz parte da Confederação Sul-americana de atletismo. Wallace Spearmon, dos EUA, foi bronze, chegando pouco a frente de seu compatriota Shawn Crawford que, na teoria, era o maior adversário de Bolt. Detalhe interessante para o sexto lugar de Ramil Guliyev, do Azerbaijão, país que nunca teve tradição no esporte e vÊ um novo talento, campeão do universíade deste ano, nascer.
400m rasos: Os americanos dominam essa prova há anos e anos e novamente mostraram sua força. O campeão olímpico em Pequim e vice no mundial de 2009, LaShawn Merritt, venceu com o tempo de 44s06, bem a frente do campeão olímpico de 2004, Jeremy Wariner, que foi prata na Olimpíada. O bronze ficou com Renny Quow, de Trinidad Tobago,campeão junior em 2006. Chris Brown, de Bahamas, campeão pan-americano da prova e quarto colocado em Pequim, ficou em quinto, atrás do atleta das Ilhas Virgens, Tabarie Henry. Ou seja, os cinco primeiros colocados na prova eram das Américas.
800m rasos Numa prova bem fraca, com o vencedor fazendo 1min45s, quem levou a melhor foi quem tinha o melhor sprint final, o sul-africano prata em Atenas, Mbulaeni Mulaudzi, que fez 1min45s29, mais de 2s5 a mais que seu melho tempo. O queniano Alfred Kirwa Yego, bronze em Pequim e campeão mundial em 2007 foi prata enquanto Youssef Saad Kamel, queniano naturalizado
1500 rasos: Em mais uma prova bem fraca em termos de tempo, com passagens bem cadenciadas nos 400m, 800m e 1200m, a medalha de ouro ficou com o atleta de Bahein Youssef Saad Kamel, que marcou o tempo de 3min35s93, menos de um décimo a frente de Deresse Mekonnen, da Etiopia, campeão mundial indoor da prova. O Bronze ficou com o americano Bernard Lagat, campeão mundial em 2007 nos 1500m e 5000m. A chegada foi emocionante, com sete atletas no mesmo segundo. Os quenianos Asbel Kiprop, prata em Pequim, e Augustine Kiprono Choge ficaram respectivamente em quarto e quinto.
5000 rasos: o mito Kenenisa Bekele, campeão olímpico dos 5000m e 10000m, ficou com a medalha de ouro na prova vencendo no sprint final Bernard Lagat, caméão mundial em 2007. Kenenisa, faltando 300m, parecia que não aguentaria o sprint final e o quaniano naturalizado americano passou a frente. Entretanto, nos últimos 100m valeu a maior experiência do mito. James Kwalia C'Kurui, do Qatar, foi bronze. Moses Ndiema Kipsiro, quarto em Pequim, foi novamente quarto colocado. Eliud Kipchoge, bronze em Pequim nessa prova, ficou em quinto.
10000 rasos: Com mais facilidade que nos 5000m, Kenenisa Bekele ficou com ouro na prova mais longa das pistas. Com 26min46s31, ele fez sua melhor marca na temporada. Ele chegou quatro segundos a frente do atleta da Eriteia, Zersenay Tadese, bronze em Atenas 2004. Moses Ndiema Masai, do Quênia, foi bronze. O queniano Micah Kogo, medalhista em Pequim, foi sétimo.
110m com barreira: Como de costume, a chegada da prova foi emocionante. Ryan Brathwaite, de Barbados, marcou 13s14 e ficou com a medalha ouro, um centésimo a frente dos americanos Terrence Trammell e David Payne, que decidiram a prata no photophinish. O cubao Rubles, campeão olímpico, acabou se machucando na semifinal e ficou de fora da final.
400m com barreiras: O vice campeão olímpico, Kerron Clement, fez 47s91, o melhor tempo do ano na prova, e ficou com a medalha de ouro. O surpreendente Javier Culson, de Porto Rico, ficou com a prata batendo o recorde nacional da prova, Bershawn Jackson, campeão mundial em 2005, ficou com o bronze, mesmo resultado de Pequim. Interessante que seis dos oito finalistas são das Américas.
3000m com barreiras: O francês Bouabdellah Tahri precisou bater o recorde europeu para evitar a tripladinha queniana no pódio. Ele ficou com o bronze com o tempo de 8min01s18. O ouro ficou com o campeão olímpico em 2004 Ezekiel Kemboi, que vinha de três medalhas de pratas em mundiais. A prata, dessa vez, ficou com o queniano medalhista em Pequim, Richard Kipkemboi Mateelong.
Marcha 2okm: O campeão olímpico em Pequim, o russo Valeriy Borchin confirmou o favoritismo e ficou com a medalha de ouro com 1min18s41, pouco mais de 1s a frente do chinês Wang Hao, que ficou com a prata depois de ter sido quarto em Pequim. O bronze ficou com o mexicano Eder Sánchez, que provou a tradição de seu país na prova.
Marcha 50km: A mais cansativa prova do atletismo mundial teve ouro também para a Russia, com Sergey Kirdyapkin, que repetiu o feito de 2005. Ele chegou com três minutos de vantagem para o norueguês Trond Nymark, que bateu o recorde nacional da prova. O veterano espanhol Jesús Ángel García ficou com a medalha de bronze aos 40 anos de idade. Ele foi campeão mundial em 1993 e foi quarto na última Olimpíada.
Salto em distância: Irving Salandino, do Panamá e grande favorito ao ouro foi para a final mas queimou seus três saltos, ficando na 12ª posição. O campeão olímpico de 2004 Dwight Phillips, dos EUA, saltou 8m54 na segunda tentativa e ficou com a medalha de ouro, deixando o sul-africano Godfrey Khotso Mokoena com 8m47, conquistados também na segunda chance. Ele foi prata em Pequim. O australiano Mitchell Watt fez 8m28 no primeiro salto e, mesmo sem o seu melhor salto, que foi de 8m37, já conquistaria o bronze.
Salto em altura Com chuva, o nível da final ficou para baixo, o que deixou a prova ainda mais emocionante. Quatro atletas marcaram 2m32 e tiveram suas medalhas decididas nos saltos anteriores. A primeira posição ficou com o russo Yaroslav Rybakov, bronze em Pequim, que marcou 2m32 e, e consegui ultrapassar na primeira tentativa essa marca, assim com o medalhista de prata Kyriakos Ioannou, que perdeu o ouro por que no 2m28 conseguiu saltar depois de duas tentativas enquanto seu rival russo passou na primeira. O bronze ficou com dividido entre Raúl Spank, da Alemanha e de Sylwester Bednarek da Polônia.
Salto triplo: Com um salto de 17m74 na terceira tentativa, o vice campeão olímpico Phillips Idowu conseguiu o ouro, dando o troco da Olimpíada, quando o português Nelson Evora foi o melhor. No mundial, Evora foi vice com 17m55, conquistado na última tentativa. O bronze ficou com o cubano Alexis Copello, que saltou 17m36 no último salto, tirando a terceira posição de Leevan Sands, das Bahamas.
Salto com vara: O campeão olímpico, o australiano Steven Hooker conseguiu o ouro de forma espetacular. Machucado, sabia que teria de saltar o mínimo possível e o fez. No 5m85 errou na primeira tentativa, passou para 5m90 e acertou seu salto, levando o ouro. O francês Romain Mesnil ficou pela segunda vez com a prata, marcando 5m85, deixando o bronze para seu compatriota Renaud Lavillenie que marcou 5m80.
Arremesso de peso: Christian Cantwell, dos EUA, conseguiu na quinta tentativa a marca de 22m03, garantindo a medalha de ouro deixando a prata para o polonês Tomasz Majewski que marcou 21m91. O bronze foi para Ralf Bartels, da Alemanha, que empolgou o público e saiu com o bronze. Reese Hoffa, favorito em Pequim e que ficou sem pódio, foi novamente quarto, seguido do outro americano, o veterano Adam Nelson, medalhista em 2000 e 2004.
Arremesso de disco: Robert Harting, da Alemanha, ficou com a medalha de ouro com a marca de 69m43, obtida no último lançamento. Ele fez o melhor de sua vida na sexta tentativa da final do mundial em casa, o que prova ter um psicológico extraordinário. A prata ficou com o polonês Piotr Małachowski, que foi prata em Pequim, e estava com o ouro praticamente garantido, depois de ter feito 69m15 logo na primeira chance. Bem atrás ficou o estoniano Gerd Kanter com 66m88, deixando o veterano Virgilijus Alekna, da Lituania, campeão olímpico em 2000 e 2004 e bronze em Pequim 2008, na quarta posição.
Lançamento de dardo: O atual bicampeão olímpico, o noruguês Andreas Thorkildsen, logo na sua segunda tentativa já praticamente garantiu ouro com a incríbvel marca de 89m59. A prata ficou com o cubano Guillermo Martínez que já esta o segundo com 83m43 mas lançou 86 na última tentativa e ficou em segundo. O japonês Yukifumi Murakami, com 82m47, ficou com a medalha de bronze. O letão Vadims Vasiļevskis ficou na quarta posição enquanto o filandês Tero Pitkämäki, bronze em Pequim, foi quinto.
Arremesso de martelo: O esloveno Primož Kozmus, campeão olímpico, ficou com a medalha de ouro com 80m84, marca conquistada no último arremesso, quando já tinha o título garantido. O polonês Szymon Ziółkowski, campeão olímpico em 2000, ficou com a prata enquanto Aleksey Zagornyi, da Russia, ficou com o bronze com um ótimo último lançamento.
Decatlo: Trey Hardee, dos EUA, ficou com a medalha de ouro com 8790 pontos, liderando a prova desde o início quando foi o melhor nos 100m rasos. Nos 1500m, prova que fechou a competição, ele ficou com o 28º melhor tempo e mesmo assim ficou com ouro, provando sua superioridade nas demais provas. A prata ficou com o cubano Leonel Suárez, bronze em Pequim, enquanto o bronze ficou com Aleksandr Pogorelov, da Rússia.
Revezamento 4x100m rasos Steve Mullings, Michael Frater, Usain Bolt e Asafa Powell tranquilamente ficaram com o ouro, mas dessa vez sem recorde mundial, com o tempo de 37s31. A prata ficou com Trinidad Tobago que correu com Darrel Brown, Marc Burns, Keston Bledman, Richard Thompson. Os trinitinos ainda não tem forças para vencer os jamaicanos, mas sem os EUA na prova, facilmente faturaram a prata, enquanto o bronze ficou com a Grã Bretanha. Os norte-americanos foram desclassificados ainda nas eliminatórias por terem invadido a raia adversária.
Revezamento 4x400m rasos Os americanos, como o previsto, conseguiram a medalha de ouro com o tempo de 2min57s86, seguido pelos britânicos que, na linha de chegada, ultrapassaram os australianos.

Quadro de medalhas de 2009

Os mundiais contabilizados até o momento foram: Handebol masculino(1), ciclismo pista(10), ciclismo bmx(2), canoagem velocidade(12), vela(4), polo aquático(2), Natação (32), saltos ornamentais(8), nado sincronizado(2), maratonas aquáticas(2), vôlei(1), vôlei de praia(2), hóquei na grama(1), tênis de mesa(2), hipismo(3), Pentatlo Moderno(2), tiro esportivo(5) e atletismo(47)

Importante lembrar que apenas as provas olímpicas são contabilizadas. Por exemplo, o Brasil conquistou uma prata nos 50m peito e um bronze na prova de 5km das maratonas aquáticas, mas essas medalhas não são contabilizadas nesse quadro pois não fazem parte das olimpíadas. Outro exemplo, por exemplo na canoagem, em que as provas serão diferentes em Londres das que foram em Pequim, valeu as provas de 2012. Por isso, vamos contabilizar em novembro o mundial de boxe feminino, modalidade que entrará no programa em 2012.

EUA 29 20 16
Alemanha 13 8 10
China 12 5 10
Jamaica 7 4 2
Rússia 6 12 11
França 6 9 6
Itália 6 1 5
Grã Bretanha 5 10 6
Austrália 5 8 10
Hungria 5 2 5

Quênia 4 5 2

Brasil 3 2 2
Nova Zelândia 3 1 2
Dinamarca 3 - 1
Bielorussia 3 - -
Polônia 2 6 3

Etiopia 2 2 4
Sérvia 2 2 -
Holanda 2 1 4
África do sul 2 1 2

Bahnein 2 - 1
Espanha 1 4 2
Japão 1 2 2

Suécia 1 2 -

Tunísia 1 1 -
Zimbabue 1 1 -
Argentina 1 - 1
México 1 - -
Azerbaijão 1 - -
Finlândia 1 - -
Uzbequistão 1 --
Canadá - 4 3
Cuba 1 4 2
Lituania - 1 4

Croácia 1 1 1
Noruega 1 1 -
Espanha 1 - 1
Barbados 1 - -

Eslovênia 1 - -
Rep Tcheca - 1 2
Trinidad Tobago - 1 2
Eslováquia 1 - 2
Ucrânia - 1 1

Bahamas - 1 1
Suiça - 1 -
Tailândia - 1 -
Chipre - 1 -
Malásia - 1 -



Chipre - 1 -
Irlanda - 1 -
Panamá - 1 -
Portugal - 1 -
Porto Rico - 1 -
Eritreia - 1 -
Turquia - - 2
Filândia - - 1
México - - 1
Qatar - - 1
Romênia - - 1
Estonia - - 1
Áustria - - 1
Bélgica - - 1
Portugal - - 1

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