quarta-feira, 29 de julho de 2009

Julho 28- Esporte a esporte- vela masculina

A vela masculina já rendeu ao Brasil 15 pódios na história e precisa atualmente de uma urgente renovação. Com a saída de Torbem para a vela oceânica e a ida de Robert(ao lado de Bruno Prada) para a Star, ficamos carentes na classe laser, sem um atleta que possa lutar pelas primeiras posições. Além disso, nossas chances de medalha em Pequim 2008 foram iguais as de Atenas 2004: Robert Sheidt, Bimba e um pouco mais longe, mas na luta, a classe 49er.

A classe RS:x, a de Bimba, é a que parece ter a melhor renovação. Além de um dos melhores do mundo(Esteve nas últimas três olimpíadas, foi campeão mundial em 2007 e é bicampeão pan-americano) Bimba tem uma escola de vela em Buzios que é referência no mundo inteiro, criando novos nomes para a vela brasileira, como é o caso de Jorge Renato, medalha de prata no último mundial da juventude, disputado na semana passada.

Porém, Bimba além de tentar solucionar o problema da renovação ele aponta o motivo desta falta de novos talentos: " No Brasil, só tem apoio da confederação um atleta por categoria. Por exemplo, o Torben, cinco vezes medalhista olímpico, se quisesse, não teria apoio pois não faz parte da melhor dupla do país. Isso faz com que se abra uma lacuna muito grande entre o melhor e o segundo melhor de cada classe. Eu viajo seis vezes por ano e o segundo melhor do país nenhuma".

Outra classe que parece estar se renovando é a classe finn. Depois de Christopher Birgmann e João Signorini abandonarem a classe, o Brasil foi a Pequim com Bruno Fontes, que é especialista na laser mas conseguiu a vaga na Finn e fez um bom papel, terminando em 13º. Mas, o principal nome que desponta na classe no Brasil é o de João Zarif, de 19 anos, que ficou em 19º no mundia deste ano adulto. Com essa posição, ele se tornou campeão mundial júnior, por ter sido o melhor colocado entre os que não completaram 20 anos. Um bom nome para o futuro da vela brasileira.

A classe laser possivelmente nunca achará no Brasil um nome a altura para substituir Robert Sheidt, oito vezes campeão mundial e três vezes medalhista olímpico na classe. O grande problema é que o país ainda não achou um grande nome para poder disputar as primeiras posições pelo mundo. Bruno Fontes é a atual aposta do Brasil, ficando em 27º na olimpíada e alguns resultados bons neste ano.

As classes de duplas, 49er e 470, estão praticamente garantidas na disputa olímpica de 2012, já que o COI colocou em dúvida apenas a presença da classe tornado, que pode ser substituida. A 49er é a que se encontra em melhor situação no Brasil, com um boa dupla brasileira, André Fonseca e Rodrigo Duarte, ficando entre os oito melhores nas duas últimas olimpíadas. Porém, com a ida de Duarte para a vela oceânica, André fez dupla com Marco Grael e agora fazem parte da equipe olímpica brasileira. Entretanto, não disputaram o mundial da categoria, que terminou na semana passada.

A classe tornado já trouxe grandes glórias para o Brasil, inclusive com o título olímpico de 1980, mas segue em baixa no país. Entretanto, deve sair do programa olímpica. Já a classe 470, segue com Fábio Pillar e Samuel Albrecht como dupla titular. Eles não tiveram um ano de 2008 muito bom, indo mal no mundial e ficando em 17º no geral, com duas regatas perdidas por queimada de largada.

A renovação está começando, mas tem muito chão ainda. A vela é um esporte em que os atletas podem competir até bem mais velhos, o que dificulta o surgimento de novos nomes.

Leia mais no blog

Tem twitter? Siga o blog

3 comentários:

  1. Guilherme, as classes olímpicas para 2012 já foram escolhidas para 2012. A grande novidade é a entrada da Elliot 6m (barco de match race feminino).

    https://nautica.websiteseguro.com/noticias/viewnews.php?nid=ultf440193a0e4444b0f2471fdf3cdd0ab9&editoria=9

    http://www.nautica.com.br/noticias/viewnews.php?nid=ult879f56009e6ffa4d2908e9f01d8c45cd&editoria=9


    Abraço
    Até

    ResponderExcluir
  2. Bruno, obrigado pelo comentário, mas é capaz que a classe tornado volte a ser olímpica

    http://www.vds.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2794&Itemid=27

    Abraços e apareça sempre

    ResponderExcluir
  3. Não sabia dessa possibilidade de se aumentar o número de medalhas.

    Realmente, com a retirada de uma medalha da vela e a saída do softbol e do beisebol, Londres2012 vai ter três medalhas a menos do que Pequim2008 (209 contra 302, pelo menos por enquanto).

    ResponderExcluir