quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Retrospectiva de 2009- Basquete

Para muitos, 2009 foi o renascimento do basquete brasileiro. Porém, para mim, 2010 será a prova. Em 2009, o Brasil foi campeão da Copa América tanto no masculino como no feminino, ambos sem os EUA. Títulos importantes, mas que não tinham uma relevância tão grande. A Liga Nacional masculina foi criada, foi bem sucedida, mas ainda está longe de um nível alto e de uma organização suprema. O presidente Grego, que estava no comando há anos, saiu finalmente da presidência, dando lugar a Carlos Nunes, presidente da Federação Gaucha. Então, para mim, 2010, com os campeonatos mundiais adultos, a continuação da gestão de Nunes e a segunda Liga de Basquete, poderemos comprovar que o basquete brasileiro realmente renasceu.

O time masculino reuniu quase todas suas estrelas, exceto Nenê. Uma equipe forte, com Varejão, Spliter, Alex e Leandrinho, além de jogadores que jogam na Europa com Marcelo Huertas. Na Copa América, diante de uma Argentina totalmente desfalcada, mas de times como Porto Rico e República Dominicana recheada de jogadores da NBA, o Brasil venceu o torneio com apenas uma derrota. O objetivo foi cumprido, o time passou no teste, mas o mundial de 2010 será bastante complicado.

A Liga Nacional masculina 2008/2009 terminou com título do Flamengo, numa arena lotada com mais de 15 mil presentes,vencendo o Brasília na quinta e decisiva partida por 76 a 68. O o ala/armador rubro-negro Marcelinho Machado foi o cestinha do jogo com 27 pontos. A Liga ainda teve um jogo das estrelas, com mais de 6 mil pessoas no Maracanãzinho, com direito a concurso de enterradas. Ações de marketing foram feitas para divulgação da Liga que teve os dois últimos quartos de sua final transmitida ao vivo pela Globo.

O Flamengo foi o grande time do ano, ganhou a Liga Sul-americana, o pentacampeonato carioca, campeão da Liga mas segue numa briga interna. Com nomes de peso como Marcelinho e Duda, o time não conseguiu pagar todos os salários, além de ter perdido um patrocínio de 10 anos da Petrobrás. Um retrato do basquete brasileiro. O melhor time vive uma crise histórica, sem salários e sem patrocínio.

Mas se no campeonato masculino tivemos mudanças, no feminino tudo continua na mesma. No campeonato 2008/09, apenas nove times participaram. Um campeonato com poucas emoções e com o pentacampeonato do Ourinhos. Para temporada 2009/10, o número de times caiu para oito, o que mostra que realmente faltam investidores, jogadoras e técnicos.

A seleção feminina também venceu a Copa América, mas também terá que mostrar em 2010 a que veio. O título veio diante de times fracos, Argentina e Canadá sem muitas jogadoras de peso, e os EUA não estiveram presentes. Erika, a grande estrela do time, não esteve presente pois estava no fim da temporada na WNBA, em que terminou a temporada como uma das melhores pivôs da Liga.

Falando em Liga Norte-Americana, a NBA realmente teve uma grande participação brasileira. Nenê, defendendo o Nuggets, e Varejão, o Cleveland, chegaram até as finais de suas conferências, mas acabaram não conseguindo chegar às finais.

Nas categorias de base, principalmente no masculino, problemas. No feminino, o time sub-15 treinado pela Janeth e o time sub-17 ficaram com os títulos sul-americano. Entretanto, na Copa América sub-16, o time ficou apenas na quarta posição, ficando de fora do mundial sub-17 do ano que vem. No mundial sub-21 deste ano, as meninas ficaram apenas na nona posição.

O time masculino vive situação pior ainda. No sul-americano sub-15 o time ficou com o vice-campeonato e no sub-17 ficou com o bronze. Na Copa América sub-16, o time não passou de um quinto lugar e está fora do mundial sub-17.

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