terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mundial de basquete feminino

Foram sorteados os grupos para o campeonato mundial de basquete feminino, que será disputado na República Tcheca, ano que vem. O grupo do Brasil é formado por Espanha, Coreia e Mali e vi muita gente comemorando o sorteio. Descordo.

A seleção espanhola tem a craque Valdomoro, que joga muito. O time é forte, tanto que foi às quartas-de-final da Olimpíada de Pequim e ficou com a terceira posição no Europeu desse ano. Na verdade, a Espanha perdeu só para a Rússia no campeonato, terminando com oito vitórias e uma derrota.
Coreia do Sul já foi melhor no basquete feminino, tanto que enfrentou o Brasil na disputa do bronze da Olimpíada de 2000 e eliminou o Brasil da semifinal do mundial de 2002. Atualmente, é apenas a segunda força da Ásia, atrás da China, mas tem um time que pode complicar o Brasil, como fez na última Olimpíada, quando derrotou nosso time.
Mali não tem muito o que comentar, deve ser o saco de pancada da competição.

Os três primeiros de cada grupo vão para segunda fase. Porém, mais do que se classificar, o Brasil tem que levar os resultados dos Jogos da primeira fase para a segunda, o que obriga o time a ter uma boa campanha, de preferência com três vitórias. Na segunda fase, os trÊs primeiros do grupo do Brasil se juntam aos três primeiros da chave D, que é composta por Rússia, as donas da casa República Tcheca, Argentina e Japão. As russas seriam a adversária mais complicada dessa segunda fase, mas as tchecas tem um belo time e jogam em casa.

É muito difícil fazer prognósticos faltando mais de seis meses para o mundial. Mas, os jogos contra Espanha e, principalmente, contra República Tcheca serão decisivos para nossa seleção, para evitar confrontos com americanas ou australianas já nas quartas-de-final.

O mundial vai ser legal por que a China está com um time cada vez melhor e pode esperar que elas vão jogar de igual para igual com russas e francesas que, na minha opinião, tem time para lutarem por semifinal. Acredito que Australia e EUA farão mesmo a final.

O basquete feminino não vive uma fase boa no mundo inteiro. Temos escassez de bons times e o mundo está nivelado por baixo, como pôde ser visto na última edição do campeonato europeu, em que a média de pontos foi ridicula e poucas jogadoras se destacaram.
Austrália e EUA estão num nível acima. Rússia vem um pouco atrás, seguida de perto por França, atual campeã europeia, e China, que está cada vez mais forte. Num escalão abaixo estão Brasil, Espanha, República Tcheca, Belarus e Grécia.

Vamos torcer para o Brasil voltar ao top-4, lugar que oucupou em quase todas as competições entre 94 e 2006. Lembrando que na última Olimpíada o Brasil foi apenas 11º.

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