quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comissão de atletas

O COB finalmente montou uma comissão de atletas, com objetivo de aumentar a representatividade dos atletas brasileiros, segundo o ´próprio comitê olímpico. A comissão será integrada por 19 atletas, todos com expressiva participação na história do esporte olímpico brasileiro. Juntos, esse 19 atletas conquistaram 30 das 91 medalhas olímpicas do Brasil. "Estamos atendendo a uma necessidade do esporte brasileiro com a criação desta Comissão, que nasce com total independência e autonomia", afirmou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. "Procuramos, além de seguir as diretrizes da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional, escolher atletas com uma importância histórica para o esporte brasileiro uma vez que a contribuição que eles poderão dar será muito grande", completou Nuzman.

Os atletas escolhidos, são, sem dúvida nenhuma grandes ícones da historia do esporte nacional. Não esqueceram nem dos esportes olímpicos de inverno, escolhendo Isabel Clark, nona colocada nos Jogos de Inverno de 2006, como um das membros. Foram 12 esportes diferentes, para não falarem que prestigiou ele ou aquele esporte. Foram seis as mulheres escolhidas, para não falarem que esqueceram o sexo frágil. Para os que ainda acham que poderia haver algum tipo de racismo, quatro dos escolhidos são negros.

Tudo isso o COB fez para se fingir democrático e fingir que os atletas tem vez neste novo ciclo olímpico. O ex-atleta olímpico e dirigente vitorioso na Confederação Brasileira de Vôlei, o presidente Carlos Arthur Nuzman não agentou a pressão da mídia ( que mesmo acompanhando pouco os esportes olímpicos "adoram" uma confusãozinha emcima do presidente do COB) e inventou essa tal comissão.

É claro que é importante uma comissão de atletas. Mas é impossível admitir que nela, se tenha um regulamento com o seguinte capítulo: "Os membros da Comissão de Atletas são jurisdicionados do COB e estão sujeitos às penalidades que lhes forem impostas por infração à Carta Olímpica, ao Estatuto e aos Regulamentos e decisões do COB".
Sinto algumas faltas de pessoas que com certeza poderiam fazer com que essa comissão fosse para frente e """não intendi"""(ironicamente) por que não foram chamados. Diogo Silva, do tawekondo, que sempre coloca a boca no trombone, não tem medo de reclamar, fez até protestos nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, quando terminou em quarto lugar. Por que não foi chamado?

Hortência e Paula tem uma importância ímpar e igual na hístória do basquete brasileiro. As duas gostam de protestar contra o que acham injusto. Porém, Paula já se pronunciou claramente contra Rio 2016 e vive falando mal da administração de Nuzman. Mais uma liderança fora desta lista. Mesmo que em seu lugar entre Hortência, que também pode ser uma liderança, mas não tão ávida pela mudança quanto sua companheira. Por que Hortência ou Paula e não Hortência E Paula?

Como Juca Kfouri muito bem observou, por que não Ana Moser, que sempre colocou a cara para bater e foi o grande nome de uma geração de vôlei feminino que fez história? Por que não a jovem, mas sem papas na língua Jade Barbosa, ao invés da alegre e incrível, mas um pouco menos "contestadora" Daiane dos Santos? Ou então as duas?
O basquete masculino, que vive um coronelismo de anos e anos, não terá representantes. Nem Oscar, nem Marcel, nem Wlamir Marques, nem ninguém que possa falar um "A" sobre o atual momento do basquete masculino.

Vamos torcer para que dê certo essa comissão, mas acho complicado, principalmente pelo estatuto, que não dá muita liberdade a eles.
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