domingo, 28 de dezembro de 2008

Retrospectiva 2008- Futebol feminino, ginástica, Lutas Olímpicas

O ano de 2008 está acabando e blog preparou para os leitores uma super restrospectiva, resumindo o que melhor aconteceu em cada um dos esportes olímpicos nas disputas nacionais e internacionais de nossos atletas. Também trás um panorama geral mundial da modalidade, com os principais nomes estrangeiros, expectativa para 2009 e principais competições do próximo ano. Nela, colocamos a maior surpresa, a maior decepção e a principal expectativa para o ano que vem entre os brasileiros.


Hoje falaremos de Futebol feminino, Ginástica e Lutas Olímpicas. As meninas do futebol mantiveram a sina do vice campeonato e mesmo em uma grande olimpíada saíram com a medalha de prata. A ginástica viu seu pior ano em termos de medalhas em Copas do Mundo, mas saiu da olimpíada com o recorde de seis finais, inclusive por equipes feminino. Mas, viu a medalha escapar de Diego Hipólito. Nas lutas olímpicas, a evolução continua e o país é campeão sul-americano e ainda viu Rosângela Conceição fazer uma grande olimpíada


FUTEBOL FEMININO
Mais uma vez morreu em uma final decidida na prorrogação diante dos Estados Unidos a chance do ouro olímpico no futebol feminino brasileiro. Com um gol de Lloyd marcado logo no início do tempo extra, as norte-americanas derrotaram Marta e cia. por 1 a 0 e levaram o tricampeonato na China.

O time de Jorge Barcellos fez a artilheira do torneio, Cristiane (cinco gols) e vinha de uma boa passagem na primeira fase - duas vitórias e um empate - e uma goleada por 4 a 1 sobre a Alemanha na semifinal, atual bicampeã do mundo e até então melhor defesa com nenhum gol sofrido.

A vaga na olimpíada foi conquistada depois de uma vitória em cima de Gana, conquistada em abril, sem grandes dificuldades. De lá até a olimpíada foram apenas dois amistosos, o que demonstra a precariedade da organização do futebol feminino do Brasil.


Ainda esse ano, foram disputados dois mundiais nas categorias de base, o sub-17 e o sub-20, sem grandes campanhas do Brasil. No primeiro, nossa seleção caiu já na primeira fase, empatando com a Nigéria e perdendo para Coréia do Norte(Vice campeã do torneio) e Canadá.
No sub-20, o time mostrou que tem um ótimo futuro. Fez a melhor campanha da primeira fase, venceu seus três jogos com autoridade, mas caiu nas quartas de finais diante da Alemanha, num jogaço que terminou 3x2.


Dentro do Brasil, o futebol feminino está crescendo e se viu um público até que razoável para assistir a decisão da Copa Brasil de futebol feminino, organizada pela CBF e transmitida pelo SPORTV.
A equipe de Futebol Feminino do Santos Futebol Clube conquistou o título inédito de campeã da Copa do Brasil. A taça veio após a vitória sobre o Sport Recife, por 3 a 0. O confronto aconteceu no Estádio Ulrico Mursa, em Santos (Litoral de São Paulo). Pikena, Fran e Ketlen foram as autoras dos gols do Peixe.Na primeira partida da final, em Recife (PE) a equipe santista saiu com a vantagem após marcar 3 a 1 no placar do Estádio Ilha do Retiro. Lá, Suzana (2) e Ketlen marcaram os tentos santistas.

O Santos FC apresentou uma campanha impecável nesta segunda edição da Copa do Brasil, organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Dos nove jogos disputados, as Sereias da Vila venceram todos, encerrando sua participação invictas e com o título inédito. Suzana sagrou-se artilheira do Alvinegro Praiano na competição, marcando sete dos 28 gols do Peixe.A vantagem conquistada no Recife não fez com que as Sereias da Vila entrassem em campo mais tranquilas.
A vitória era a principal meta do time que buscou o resultado durante todo o jogo. O primeiro gol do Santos FC veio aos 16 minutos da primeira etapa. Na cobrança de escanteio feita por Maurine, Calan dominou na área, deixou a zaga do Sport perdida, e cruzou para a capitã Pikena, que abriu o placar.


Principal surpresa brasileira Galvão Bueno chorando a perda da medalha de ouro, no ar, após a última chance de gol do Brasil
Principal decepção brasileira Seleção sub-17 acabar o mundial com apenas um empate e nenhuma vitória
Aposta para 2009 Uma Copa do Brasil mais fortalecida


GINÁSTICA ARTÍSTICA
O 12º lugar no individual geral obtido por Daniele Hypólito e a final do solo alcançada por Daiane dos Santos, ambos em Atenas-2004, ficaram no passado como maiores feitos do Brasil. Em Pequim-2008, o time chegou a cinco finais, incluindo uma decisão inédita nas disputas masculinas, e Jade Barbosa ainda ficou com a 10ª colocação na briga entre as ginastas mais completas.
A classificação para as decisões foi obtida logo nos dois primeiros dias de competição e respeitou as exatas expectativas da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) e de toda a torcida brasileira. Estes feitos inéditos foram resultado da evolução no cenário mundial. Desde que o ucraniano Oleg Ostapenko chegou para comandar a seleção permanente no novo centro de treinamento de Curitiba, no início da década de 2000, a modalidade cresceu a olhos vistos.
Veteranas como Daiane dos Santos e Daniele Hypólito foram lapidadas, o que se viu em Atenas, e novas jóias foram descobertas, como Laís Souza, lançada ainda em 2004, e Jade Barbosa e Ana Cláudia Silva, principais nomes do time atual.
Entretanto, o ciclo olímpico mais vitorioso da ginástica brasileira se encerra com gosto amargo após as frustrações nas finais em Pequim. A CBG esperava que o time trouxesse ao menos uma medalha para o país, mas tudo não passou de um sonho.
Na final feminina por equipes, fato inédito para a história da ginástica brasileira, as seis atletas que representaram o país não conseguiram nada mais do que um oitavo lugar, apenas um melhor do Atenas-2004.
Já na decisão do individual geral, Jade Barbosa, que foi bronze nesta prova no Mundial de Stuttgart em 2007, abasteceu seu currículo de falhas em momentos decisivos. Seus erros no salto e no solo, justamente seus melhores aparelhos, repetiram o que já havia ocorrido na final do ano passado no Pan e nas finais por aparelhos em Stuttgart, e a afastaram sensivelmente do pódio, colocando-a na 10ª posição. Ana Cláudia Silva, ainda uma promessa do esporte brasileiro, ficou em 22º lugar.
Nas finais por aparelhos, mais falhas minaram as chances de medalha dos brasileiros. Jade voltou a cair em suas aterrissagens no salto (7º lugar), Daiane mais uma vez pisou fora do tablado (6º), como em 2004, e Diego Hypólito caiu ao final de sua apresentação, levantando totalmente desnorteado e 'sem chão', como ele mesmo diria dois dias depois. Ficou em 6º.


A ginasta Jade Barbosa está com uma lesão no punho direito, chamada osteonecrose, que limita os movimentos de flexão e extensão. E disputou a olimpíada assim, bem como Lais Souza, que depois denunciou a CBG, ao lado de Daiane dos Santos, no programa especial produzido pela ESPN Brasil. Oleg stapenko, ucraniano que marcou a veolução brasileira da ginástica, saiu do comando da equipe, e junto com ele veio o fim da equipe permanente brasileira. Temos um futuro obscuro pela frente, mesmo com grandes talentos consagrados como Lais e Jade, além de Daiane e Danielle, e novos nomes surgindo como Ana Paula, Kwiuani dentre outras...


O ano, ao menos, terminou bem para Diego Hipólito. Ele venceu a Superfinal da Copa do Mundo com uma nota espetacular que lhe daria o ouro em Pequim. Na mesma competição, Danielle se classificou em três aparelhos graças a muitas desistências, mas não passou de um sexto lugar como melhor resultado. Nas etapas da copa do mundo ao longo do ano, o Brasil teve apenas cinco medalhas, o menos número desde 2004.


Sem grandes nomes presentes, tivemos a copa Pan-americana de aparelhos. A equipe brasileira conquistou quatro medalhas de bronze no Pan-americano de Aparelhos, que terminou no domingo, em solo argentino na cidade de Rosário. O ginasta Arthur Zanetti levou sozinho duas medalhas, ficando em terceiro lugar no solo e nas argolas. Vitor Camargo garantiu a terceira colocação no salto e ficou com o bronze. Também conquistou um bronze, a ginasta Juliana dos Santos nas paralelas assimétricas.


A GRD pode não viver uma crise, mas vive o pior momento desde 1999. Mesmo depois dos três ouros no Pan do ano passado, a equipe fechou a olimpíada na 12ª e última posição, bem abaixo da oitava conquistada nas últimas olimpíadas. E, desta vez, o time não teve nem o que reclamar dos juízes, já que a equipe realmente foi muito mal.
Na etapa de Varna (Bulgária) da Copa do Mundo, disputada em julho, as brasileiras ficaram com a quinta colocação, à frente do Azerbaijão, que em Pequim ficou com a sétima colocação na final.
No brasileiro, a equipe da Sadia saiu com o título.


No trampolim acrobático, vale a pena conferir a reportagem especial sobre a modalidade feita pelo blog, entrevistando principais atletas e técnicos.


Panorama mundial A briga entre China e Estados Unidos pela liderança do quadro de medalhas dos Jogos de Pequim foi prenunciada anos antes das Olimpíadas de 2008. E, aos poucos, ficou claro que a ginástica artística seria a modalidade que refletiria exatamente esta disputa. De fato, a briga se confirmou, com os chineses levando a melhor com ampla vantagem. No entanto, não foram apenas os americanos que saíram perdendo. Outras duas potências da ginástica sofreram uma queda sensível em Pequim graças à polarização sino-americana: Romênia e Rússia.

Após 10 dias de disputa do esporte no Ginásio Nacional, a China, que usou em sua equipe feminina ginastas cuja idade foi bastante questionada pela mídia internacional e pelo próprio COI, manteve em casa nada menos do que 14 das 42 medalhas distribuídas, 33% do total. Na proporção de ouros, a porcentagem foi maior ainda. Os chineses abocanharam nove das 14 insígnias douradas em disputa, ou seja, 64%.Os Estados Unidos tiveram de se contentar com suas 10 medalhas, sendo apenas duas delas de ouro. Nas disputas entre mulheres, o país tinha esperanças de ainda conquistar medalhas douradas no solo e nas barras, mas não conseguiu. Ficou apenas com os títulos de Anastasia Liukin, no individual geral, e Shawn Johnson, na trave.Para piorar a situação americana, a equipe masculina foi a Pequim totalmente desfalcada, sem suas duas principais estrelas, os irmãos Paul e Morgan Hamm. Não à toa, os ginastas que representaram os Estados Unidos não conseguiram mais nada além de duas pratas. Melhor para os chineses, que ficaram com sete dos oito ouros.Quem ficou de fora da festa foi o Japão. Tradicionais na ginástica masculina, os japoneses somaram apenas duas pratas.Já Rússia e Romênia tiveram dificuldades na disputa feminina.

Líder no número de medalhas em Sydney-2000 com 15 insígnias, a equipe russa faturou apenas três medalhas em Atenas-2004 e teve desempenho ainda pior em Pequim: somente dois bronzes.Para as romenas, a terceira colocação geral teve gosto muito amargo. Detentora de 10 medalhas há quatro anos, quando subiu quatro vezes ao lugar mais alto do pódio, a equipe feminina do país confirmou as baixas expectativas de seu técnico, Nicolae Forminte, e não conseguiu nada mais do que duas medalhas, sendo uma delas o inesperado ouro de Sandra Izbasa no solo.Desde que Nadia Comaneci despontou no cenário mundial com apresentações perfeitas nos Jogos de Montréal, em 1976, o número mínimo de medalhas da ginástica romena em Olimpíadas era cinco. Desta vez porém, o time sentiu falta de um expoente, como foram Comaneci, no Canadá e em Moscou-1980, e Catalina Ponor, detentora de quatro ouros na Grécia.Apesar da polarização EUA/China, os Jogos de Pequim distribuíram medalhas a 15 países diferentes, um recorde. Apenas americanos e chineses, porém, conseguiram mais do que dois metais.

O conjunto russo provou porque foi vencedor da medalha de ouro em Sydney-2000 e Atenas-2004. Com uma apresentação extremamente complexa e sem cometer falhas, as russas cravaram a nota total 35,550 e ficaram com mais um ouro.
Duas surpresas apareceram para arrematar a prata e o bronze no conjunto. A China, empurrada pela torcida e muito bem preparada, fez apresentações de muita criatividade e tecnicamente corretas, o que lhe rendeu a nota 35,225 e a prata no pódio. Já as bielo-russas passaram à frente da forte equipe italiana e cravou a nota 34,900 para ficar com o bronze na competição.
Na disputa individual, a Rússia novamente saiu à frente, mas poderia ter feito uma dobradinha no pódio, o que não aconteceu. Evgeniya Kanaeva chegou com a pressão do favoritismo, o que atrapalhou seu desempenho na fase eliminatória.
Já nas finais, a atleta mostrou sua superioridade com rotinas perfeitas nos quatro aparelhos apresentados: corda, arco, maças e fita. Kanaeva ficou com a nota 75,500, mais de três pontos acima da medalha de prata.
Sua compatriota Olga Kapranova chegou à final liderando o quadro geral e tinha tudo para ser a medalhista de ouro, mas um erro fatal na apresentação com maças jogou sua nota para 71,700 e a tirou da disputa.
Melhor ficou para Anna Bessonova, destaque ucraniano, campeã mundial de 2007 e pronta para a medalha. Regular em todos os aparelhos, Bessonova passou a disputar nota a nota a medalha de prata com a bielo-russa Inna Zhukova, que terminou a competição com 71,925 e venceu a briga. Bessonova, que já tinha um bronze ganho em Atenas, levou mais um para casa, com a nota 71,875.

Com a torcida a favor, os atletas chineses do trampolim acrobático não decepcionaram e confirmaram, com ouros inéditos, um futuro domínio na modalidade que tem apenas três Olimpíadas de existência. Foram os dois primeiros ouros da história chinesa na disputa individual masculina e feminina, além de um bronze também no individual masculino.


Principal Surpresa brasileira Ana Paula, finalista do individual geral em Pequim
Principal decepção brasileira Queda de Diego
Aposta para 2009 Seleção feminina não perder tudo que cresceu nos últimos anos


LUTAS OLÍMPICAS
Primeira mulher do país a ir às Olimpíadas na luta, Rosângela Conceição, a Zanza, teve uma boa participação em Pequim. Logo em sua estréia, ela encarou a terceira colocada no último Mundial, Olga Zhanibekova, do Cazaquistão. Sem sentir a pressão, a gaúcha obteve vitória tranqüila no round decisivo ao marcar 4 a 0.
Já nas quartas-de-final, Zanza teve mais problemas ao combater a japonesa Kyoko Hamaguchi, pentacampeã mundial. A brasileira encontrou dificuldades com a velocidade da asiática e acabou derrotada após dois rounds. Como sua algoz perdeu a semifinal, Rosângela não teve chances de ir à repescagem brigar pelo bronze.

Para obter a vaga, Rosângela Conceição iniciou com vitória sobre a romena Elena Diana Mudrag por 2 rounds a 0. Em seguida, a brasileira superou a egípcia Doaa Ahmed Maher, de virada. Ela perdeu o primeiro round por 1 a 0, mas venceu os dois seguintes por 4 a 0.Com o triunfo, a paulistana foi para a semifinal e saiu vitoriosa contra a francesa Audrey Prieto Bokhashvili por 2 rounds a 0 (1 a 0, e 3 a 2). Assim, ela garantiu a vaga olímpica, já que as duas finalistas se classificavam. Na decisão, ela perdeu o título simbólico do evento para a polonesa Agnieszka Wieszczek por 2 rounds a 0 (2 a 0, e 1 a 0).

Nos pré olímpicos mundiais, o Brasil venceu pouquíssimas lutas, sempre mandando atletas em todas as categorias. Os atletas brasileiros lutaram bem, mas não conseguiram vitórias contra países de maiores tradição. A principal chance de vaga havia acontecido no pré olímpico continental, em fevereiro.

Lá, Antoine Jauode e Rodrigo Artilheiro chegaram a medalhar, comemoraram a classificação olímpica, mas num detalhe do regulamento, eles ficaram de fora. Eles conseguiriam a vaga olímpica pelo fato de seus adversários vencedores do torneio terem obtido a vaga no mundial de 2007. E, eles só conseguiriam a vaga pelo pré olímpico continental se tivessem disputado o mundial do ano passado, coisa que não fizeram. Em entrevista ao blog, o presidente da CBLA, Pedro Gama Filho explicou bem o acontecido, vale a pena conferir.

Vale a pena conferir também uma reportagem especial sobre o atual momento das lutas no Brasil, com entrevista à diversos atletas e uma sobre a promessa olímpica Joice Silva

No sul-americano disputado em Manaus em dezembro, as meninas na Luta Feminina, conquistaram 4 medalhas de ouro, além de 1 de prata e 2 de bronze. E podemos destacar, as atuações de Daylane Gomes, que venceu lutadoras da Venezuela, Argentina e Equador.
No estilo Greco-Romano, provando que além de "antigos" medalhistas estamos trazendo a renovação à Luta no país:medalha de OURO:FELIPE MACEDO - 74KGFABIO FLORES - 84KGDAVI ALBINO - 96KGMARCOS OLIVEIRA - 120KGmedalha de PRATA:IURI ESTEVÃO - 60KGmedalha de BRONZE:RAFAEL MESSIAS - 55KGRODRIGO VANDRE - 66kg

Na luta livre, mais medalhas e mais um título. os campeões foram, Antoine Jaoude, Adrian Jaoude, Diego Rodrigues "Bolonha" e Raoni Barcelos. Este ultimo, que se destacou ao vencer por encostamento o venezuelano, de virada!E não foi apenas essa a surpresa, pois Adrian Jaoude também se superou e venceu na final o forte lutador da Venezuela, Alexis Rivas, com um ponto faltando 10 segundos do final do terceiro e decisivo round. "Bolonha" depois de vencer o primeiro round no klinch, não teve dificuldades para derrubar por duas vezes o Peruano Albrecht na final. Daniel "Pirata" também lutou acima das espectativas e conquistou o vice na categoria 74kg.Jefferson e Pedrosa ficaram com o bronze nas suas categorias.

Panorama mundial Os Jogos Olímpicos de Pequim não poderiam ter acabado de forma melhor para a equipe de luta da Rússia. Com um total de nove medalhas, sendo seis de ouro, três de prata e duas de bronze, o país atingiu seu melhor resultado desde a separação total das nações da União Soviética e confirmou sua soberania na modalidade.
A Rússia sempre liderou o quadro de medalhas na luta. Porém, com o fim da União Soviética, se tornou mais difícil para o país manter a equipe mais vitoriosa do mundo no esporte.

Desta vez, entretanto, a Rússia não deu chance aos seus adversários, ficando bem à frente do vice-líder Japão, com dois ouros. Soberano tanto na luta livre como na greco-romana, o time subiu ao pódio em metade das 18 categorias disputadas. A campanha só não foi superior, pois o país obteve apenas uma medalha entre as mulheres, a prata de Alyona Kartashova.
A nação ainda contou com a consagração de uma lenda do esporte. Buvaysa Saytiev conquistou o tricampeonato olímpico e desta forma se igualou a Alexander Medved (medalha de ouro em 1964, 1968 e 1972), considerado o melhor de todos os tempos na luta livre.
O atleta de 33 anos foi impecável na disputa da categoria até 74 kg. Saytiev teve cinco vitórias, com uma média de 5,5 pontos por cada combate. Na decisão, ele foi bem superior a Soslan Tigiev, do Uzbequistão, mesmo com a medalha de ouro vindo somente após a disputa do terceiro round.
Se por um lado a Rússia contou com atletas já conhecidos se consagrando como Saytiev e também Mavlet Batirov, bicampeão olímpico, o país também cumpriu seu papel em relação à renovação de sua equipe.
Antes desconhecidos do grande público, lutadores como Shirvani Muradov, de 23 anos, e Islam-Beka Albiev, de 19, surpreenderam ao também levar o ouro. Além deles, outros atletas da nova geração também impressionaram como o campeão Nazyr Mankiev, de 23 anos, e o segundo colocado Bakhtiyar Akhmedov, de 21.

Principal surpresa brasileira Título sul-americano nas três categorias

Principal decepção brasileira A perda de vagas olímpicas em função do confuso regulamento

Aposta para 2009 Um bom resultado no mundial da modalidade

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