Um ano de pouca evolução no tênis de mesa brasileiro. Resultados apenas regulares no mundial e na Copa do Mundo por equipes, títulos continentais perdidos nas categorias de base, poucos resultados no feminino e os dois melhores brasileiros no ranking mundial jogando quase na totalidade do tempo por seus clubes na França.
No mundial adulto,o principal resultado veio nas duplas. Depois de 22 anos de ausência entre os 16 melhores em mundiais, o Brasil voltou a disputar uma oitavas-de-final de um campeonato do mundo. A dupla formada por Thiago Monteiro e Gustavo Tsuboi viu o sonho de continuar lutando por uma medalha terminar com a derrota para os japoneses Kishikawa Seiya e Mizutani Jun, por 4 sets a 2.
Nas simples, tivemos quatro representantes entrando diretamente na chave principal, que contou com 128 jogadores. Todos caíram cedo. Importante notar que todas as derrotas foram para jogadores de ranking melhor. Cazuo, Hugo Hoyama e Gustavo Tsuboi caíram na primeira partida e Thiago Monteiro venceu um argentino e depois caiu na segunda partida.
No feminino, não tínhamos nenhuma representante classificada diretamente para a chave principal e, por isso, Ligia Silva precisou passar pelo qualy. Outras duas brasileiras disputaram o qualificatório, mas caíram na fase de grupos. Na chave principal, Lygia perdeu na primeira rodada para a número 25 do mundo, a coreana Ye Seo Dang por 4x0.
Na Copa do Mundo por equipes, o Brasil ficou com o título da Copa Intercontinental, que reune os países dos continentes de menor tradição no esporte, América, África e Oceania, o que credenciou o time a disputar com a República Tcheca uma vaga nos playoffs da Copa. Contra os europeus, os brasileiros não foram páreo e ficaram a um passo da Copa do Mundo.
A mesma Copa Intercontinental teve o título de Cazuo Matsumoto, que confirmou a boa fase de 2009, depois de ter sido campeão latino-americano.
No Latino-americano, além do título de Cazuo no individual, a equipe também conseguiu o título, ao vencer por 3 a 1 a Argentina na final, com grande participação de Cazuo e Hugo. Já o time feminino, ficou sem medalhas no individual e ficou na quarta posição por equipes, depois de ser eliminado pela Colômbia.
No ranking mundial, Thiago Monteiro terminou o ano como 95º do mundo, único brasileiro entre os 100 melhores. Ele, que joga na França há anos, caiu bastante nesse ano, já que iniciou a temporada em 68º. Um dos motivos dessa queda foi a não realização da etapa do Brasil do Circuito Mundial, que acontecia todos os anos desde 1999. A etapa brasileira também não está no calendário oficial de 2010 da Federação Internacional.
O ano terminou com as disputadas dos Campeonatos brasileiros e das seletivas para as formações das equipes para 2010. No brasileiro, Israel Barreto venceu o favorito Hugo Hoyama na final e conquistou o título enquanto entre as mulheres, o título foi para a experiente Lígia Silva, que derrotou Carina Murashuige.
Nas seletivas, disputadas nos últimos dias do ano, Hugo Hoyama e Gustavo Tsuboi venceram os torneios e se juntaram na seleção a Cazuo Matsumoto e um quarto atelta a ser indicado pelo técnico, que deve ser Thiago Monteiro. Entre as mulheres, Lígia Silva, Jéssica Yamada e Karin Sako se garantiram.
Na base, a equipe brasileira ficou na décima quarta posição entre 16 países no mundial junior disputado na Colombia. Na mesma competição, nenhum brasileiro se classificou para a chave de 64 nem no masculino nem no feminino, nem nas duplas nem no individual.
O grande destaque do ano foi Hugo Calderano. Eleito no prêmio Brasil Olímpico do Comitê Brasileiro o melhor atleta escolar de todo o Brasil em todas as modalidades, ele terminou o ano com um ouro, duplas e duplas mistas, e bronze, no individual, no pan-americano mirim. Na mesma competição, a equipe brasileira ficou em quarto, tanto entre os homens como entre as mulheres. No sul-americano da categoria, Hugo Calderano foi campeão, enquanto o feminino não subiu ao pódio no individual mas foi campeão por equipes, ao contrário do masculino que perdeu para Argentina.
Um desempenho péssimo no campeonato Latino-americano infantil e juvenil. O Brasil, que vem dominando a modalidade no continente, acabou na segunda posição no geral, atrás do Chile, os donos da casa. No quadro de medalhas do infantil, ficamos atrás de países que nunca perdemos, como o caso de Porto Rico, Peru, além de países que costumamos vencer, como Venezuela e Chile. Sem contar, claro, Cuba e Argentina.
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