terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009- Luta

A Luta Olímpica é um dos esportes que melhor aproveitou o "boom" dos Jogos Pan-americanos de 2007 no Rio e tem tudo para tirar muito proveito do fato da cidade sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Teve um ano 2009 bastante proveitoso, apesar de um mundial sem vitórias e de um pan-americano com apenas três medalhas.

No mundial, o Brasil levou uma equipe de 10 atletas, bem maior que em 2007 quando seis foram convocados. Os 10 atletas perderam na primeira luta, mas apesar disso não pode se dizer que tivemos um campeonato ruim. O grande destaque foi a atuação das meninas. Joice Silva, encarou a atleta do Azerbaijão, Yulia Rattkevich que é medalhista em mundiais e eventos europeus. Joice venceu o 1º round e perdeu nos 30 segundos finais do 3º por 1-2, 1-1, 1-0. Sendo esta a luta mais difícil para Yulia em termos de números, que acabou vencendo a categoria deste Mundial. Quem também ficou muito perto de uma vitória surpreendente foi Dailane Gomes teve pela frente a Tcheca Martina Zyklova e acabou derrotada de virada no 3º round após ter vencido o 1º round por 7-0 e empatado o 2º.
No masculino, o grande nome foi Adrian Jaoude lutou de cara com o Uzbeque campeão Mundial, perdendo por 1-0 e 1-0, na luta mais apertada na tragetória do campeão.

Em termos continentais, o Pan-americano não foi muito proveitoso para o Brasil. Saiu sem medalhas na luta livre, levou um bronze na greco-romana e três bronzes no feminino, mostrando que as mulheres são o principal destaque do Brasil atualmente no esporte.

O grande nome foi na categoria até 59kg, Joice Silva estreou muito bem, vencendo a canadense Amanda Gerhart por 2 rounds a 1.Nas semifinais, enfrentou Kelsley Campbell, dos EUA, e lutou muito bem, principalmente no segundo round, quando venceu por 3x0. Porém, as derrotas no primeiro e terceiro round por 1x0 acabaram com as chances de ouro. Na disputa do bronze, venceu a venezuelana Mirna Henriques por 2 rounds a zero.

Aline Ferreira, vice campeã mundia junior em 2006, ficou com o bronze mesmo perdendo a única luta que disputou e o terceiro bronze veio com Rosângela Conceição.
Rosângela foi o grande nome do Brasil na modalidade nos últimos anos mas teve um ano complicado, cheio de contusões, que a impediram de disputar o Campeonato Mundial e o Sul-americano. Porém, mostrou força no Pan e ficou com o bronze, em sua última competição internacional no ano.
Os homens ficaram aquém do esperado. Apenas um bronze, com Rodrigo Artilheiro, na categoria até 120kg da greco romana. De resto, apenas uma ou outra vitórias e algumas derrotas contra atletas superiores, como cubanos e venezuelanos, e outras lutas que davam para ganhar, contra mexicanos e dominicanos.

No campeonato Sul-americanos, bons resultados. Ao todo 17 medalhas, levando a melhor no masculino tanto na livre como na greco-romana, ficando a frente dos donos da casa, os peruanos, que tem uma tradição no esporte melhor que a do Brasil. No feminino, foram dois ouros. Uma competição em que a Venezuela, principal força da modalidade, não participou da competição.

No Brasil, tivemos dois campeonatos muito bons organizados pela CBLA. Em março, no Guarujá, o Campeonato Brasileiro e em dezembro, em São Paulo, a Copa Brasil.
A seleção vive uma mescla de experiência e juventude. Enquanto Antoin Jaoude chegou ao seu 14º título brasileiro em 2009, uma menina nascida no interior de Goiás deu seus primeiros passos na categoria adulta, Lais Nunes.
Lais foi campeã pan-americana cadete em 2009, vencendo trÊs de suas quatro lutas por encostamento e sendo eleita a melhor mulher das Américas na modalidade somando todas as categorias. Esse título, inédito para o Brasil, rendeu a ela o título de melhor atleta do Brasil na modalidade no Prêmio Brasil Olímpico.
Além dela, o Brasil ainda teve bons resultados na base na luta. Apesar de ter terminado o mundial juvenil sem vitórias, conseguiu cinco medalhas no Pan-americano juvenil, quatro pratas e um bronze, e com um ouro, uma prata e dois bronzes no pan-americano cadete.

As lutas olímpicas seguem precisando de muito mais investimento e atenção da mídia no Brasil. Sao 18 medalhas de ouro destribuidas a cada olimpíada em que o Brasil praticamente não tem chances de brigar. Estamos crescendo. Em nível sul-americano, já superamos rivais como argentinos e equatorianos, antes mais fortes, mas ainda atrás de venezuelanos. Na pan-americana as medalhas estão vindo com mais frequência, apesar de longe de ser uma potência.

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