O ano da vela brasileira não foi dos melhores. Uma medalha de bronze na classe star, resultados apenas regulares nas demais competições. 2011 é ano de mundial pré olímpico, reunindo todas as classes ao mesmo tempo. O ponto alto do ano foi que a 470 feminina se mantém em alta mesmo com a separação da principal dupla brasileira. O ponto baixo foi no fim do ano a provável exclusão da classe star para 2016.
Janeiro com bronze na Star
Mundial de classe star foi disputado em janeiro, no Rio de Janeiro. O Brasil ficou com a medalha de bronze. . Alan Adler / Guilherme de Almeida foram os melhores brasileiros desde o início, chegaram na quinta regata com vice líder e na última como terceiros. Porém, queimaram a largada da sexta corrida e foram desclassificados, terminando o mundial na quinta posição. Torben Grael e Marcelo Ferreira tiveram duas regatas, a segunda e a terceira, ruins mas mantiveram uma regularidade nas demais regatas e garantiram o bronze com uma recuperação incrível na última regata, saindo da 15ª posição na primeira perna para liderança na segunda. Lars Grael e Ronald Seifert, bronze em 2009, lutaram pela terceira posição até o fim mas ficaram a cinco pontos da medalha.
Bruno e Robert terminam com líderes
Scheidt e Prada assumiram o topo da classificação em julho, depois da conquista do ouro na tradicional Semana de Kiel, em junho, e não deixaram mais a posição. Esta é a segunda vez que a dupla brasileira da Star encerra o ano na liderança do ranking da Isaf - a primeira foi em 2006; em 2008 e 2009, foi vice-líder. Ficaram na quarta posição da Semana de vela de Londres.
Vale lembrar que, no mundial, os vice campeões olímpicos, terminaram na nona posição mas entraram na última das regatas lutando pelo pódio. Entretanto, uma 32ª posição foi muito pouco produtiva, principalmente porque eles já anotavam uma 50ª, já descartada, na terceira corrida.
Meninas em sétimo no mundial
No mundial da classe 470, As brasileiras Martine Grael e Isabel Swan foram as melhores estreantes na Holanda. A dupla foi à Medal Race e terminou em sétimo lugar entre 62 tripulações. Foi a primeira vez que elas deixaram para trás Fernanda Oliveira, que está correndo ao lado da proeira Ana Barbachan e terminou em 21º lugar na competição.
Uma boa briga interna para ver quem é a melhor dupla brasileira na classe 470.
Bimba tem ano abaixo do esperado
Ricardo "Bimba', que passou a última década inteira entre os melhores do mundo, foi campeão mundial em 2007, ficou entre os cinco primeiros nas duas últimas Olimpíadas, teve um 2010 abaixo do esperado. Ficou em 18º lugar na competição mais importante do ano, o Campeonato Mundial. Entrou para o Time Rio, equipe de treinos criada em várias modalidades pelo COB. Ficou em sétimo na Semana de Vela de Londres.
Bruno Fontes crescendo na laser
Bruno Fontes terminou o ano entre os melhores do mundo, mais uma vez, mas ainda um pouco distante de um pódio em competição importante. No Campeonato Mundial ele começou mal mas no fim fechou na oitava posição. Mas, na semana de Londres de vela, acabou caindo um pouco no fim e ficou em 15º lugar.
Semana de vela de Londres
Na semana de vela de Londres, competição muito importante pois é disputada na mesma raia, na mesma época e nas mesmas condições de vento da Olimpíada. Todos os principais velejadores estavam presentes.
O melhor resultado foi o 4˚ lugar de Robert Scheidt e Bruno Prada na classe Star. Torben Grael e Marcelo Ferreira ficaram em 6˚. Na classe RS: X Bimba foi 7˚ e na 470 feminina Fernanda Oliveira e Ana Barbacan foram 10˚ e Martine Grael e Isabel Swan 11˚. Bruno Fontes foi 15˚ na Laser. Na 470 masculina FAbio Pillar e Gustavo Thiessen foram 37˚. Na 49er André Fonseca e Marco Grael 26˚. Na Laser Radial Odile Ginaid foi 45˚. Na RS:X feminina Patrícia Freitas terminou em 21˚. NA Finn, Jorge Zarif foi 24˚ e na Match Race, Juliana Mota, Larissa Juk e Daniela Adler foram 17˚
Star ou não star?
Os Jogos Olímpicos de 2016 começam em maio de 2011. Ao menos para Robert Scheidt e os demais velejadores da categoria Star, que saberão nesta data se a classe será extinta da Olimpíada no Rio de Janeiro ou não. O que poderá, incluive, fazer com que o atleta mude de categoria.
Isso porque a Federação Internacional de Iatismo vetou, no segundo semestre de 2010, a participação da Classe Star nos Jogos do Rio. O fato causou enorme repercussão negativa, devido à popularidade da categoria entre os brasileiros.
Categorias de base
Na Copa do Mundo da Juventude, o Brasil não conseguiu repetir os bons resultados do mesmo evento no ano passado e ficou sem pódio na Turquia.
Daniel Dantas e Sérvio Túlio Andrade foram os melhores e ficaram em nono na classe SL16. Em décimo, ficaram Felipe Caldeira e Alan Dale na clase 420.
Nos Jogos Olímpicos da Juventude, Claudia Mazzaferro foi a melhor colocada, terminando na sexta posição em sua categoria.
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