quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Esporte a esporte- handebol

O handebol brasileiro está em sinal de alerta. Depois de uma década de 2000 vitoriosa, com vitórias pan-americanas, participações olímpicas e até um sonho de medalha com nossa seleção feminina, a renovação não está tão forte quanto o imaginado e nossas equipes de base estão voltando a perder alguns jogos para a Argentina, segunda força das Américas no esporte.
A Confederação Brasileira de Handebol anunciou os novos técnicos das seleções masculina e feminina. Assim como no ciclo olímpico de Pequim, eles serão estrangeiros, vindos de países tradicionalmente fortes na modalidade. No feminino, o técnico será o dinamarquês Morten Soubak, que treinou o time masculino do Pinheiros. Ele busca uma seleção com altura para se defender, velocidade para atacar e uma jogadora capaz de decidir as partidas. No masculino o comando será do espanhol Javier Garcia Cuesta. Ele já dirigiu as seleções da Espanha, Portugal, Egito e Estados Unidos. O principal objetivo dos dois é passarem aos jogadores brasileiros a frieza em momentos de decisão, já que na última Olimpíada e mundial masculino, nossas seleções perderam jogos nos momentos finais das partidas.

A seleção adulta feminina domina a Pan-america há anos. Em termos de Jogos Pan-americanos, torneio que é válido como pré olímpico, a seleção brasileira não encontra dificuldades de vencê-lo desde 1999. De lá para cá, em três edições, não perdeu nenhum jogo e, sendo sincero, não chegou perto de perder nenhuma das partidas. Entretanto, com novo técnico e renovação de jogadoras, a equipe ficou com o vicecampeonato pan-americano esse ano, perdendo para Argentina.

O time chegou a sonhar com um pódio em Pequim. A equipe chegou a olimpíada como uma possível azarona, mas não foi um time regular. Ao mesmo tempo que venceu a fortíssima Coreia e empatou com a Hungria, perdeu para a desacreditada Alemanha e para a não tão forte Suécia. No mundial de 2007, a mesma falta de regularidade. Empatou com a campeã do mundo Rússia, mas perdeu para a Macedônia e foi eliminada ainda na primeira fase. Se tiver uma regularidade, o time pode ir longe, no seu principal objetivo que é o mundial de 2011, que será disputado no Brasil. Lembrando que o mundia lde 2009 será disputado em dezembro.

O masculino recuperou a hegemonia nas Américas. Depois de três vicecampeonatos em Jogos Pan-americanos, em 1991, 95 e 99, levou o ouro nas duas últimas edições e atualmente está em nível superior ao da Argentina, eterna rival, e mesmo de Cuba. Mas, em termos mundiais ainda estamos longe de sermos fortes. Assim como no feminino, falta um regularidade. No mundial de janeiro deste ano, o Brasil venceu a fortíssima equipe da Servia, mas caiu diante de países com menos tradição como Tunísia e Egito. Na última olimpíada, o Brasil empatou com a Espanha mas esteve muito mal diante daFrança e da Croácia.

As seleções de base, entretanto, preocupam. No último pan-americano júnior, a seleção masculina ficou com a medalha de prata e no mundial da categoria, terminado na última semana, ficamos em 15º dentre 20 países, atrás da Argentina. No último pan juvenil e no último cadete, os homens também perderam para nuestros hermanos.

"Fizemos jogos equilibrados os europeus, mas, para vencer, ainda temos de acertar alguns detalhes importantes" comentou o técnico Javier Garcia Custa, que acompanha a Seleção Brasileira Junior, comandada pelo técnico Sérgio Hortelan, se referindo as partidas do mundial diante de Suécia, Islândia e França que foram equilibradas, mas nos momentos decisivos perdidas pelo Brasil.

Já nossas meninas, venceram as duas últimas edições dos pan-americanos juvenil e cadete, mas não foram bem no mundial juvenil do ano passado, quando foram desclassificadas perdendo até para Angola.

Apesar da base preocupar, temos bons valores nascendo. Felipe Borges é o principal nome do time masculino, terminando o último mundial como o terceiro maior artilheiro da competição e com 10 gols na decisiva partida diante da Servia. Entretanto, o handebol interno não tem uma força grande, deixando partir rapidamente nossos principais nomes para a Europa, fazendo com que torneios como a Liga Nacional, principal competição do Brasil, não tenha a presença de nossos principais nomes.

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