sábado, 9 de junho de 2012

Passaporte Carimbado Fabiano Peçanha

Fabiano completou 30 anos de idade no último dia 5 com uma comemoração rara entre os atletas: "Alcancei um dos meus objetivos na carreira, cheguei a 300 medalhas de ouro na minha vida"

Dias antes, alcançou o índice olímpico para sua segunda participação nos Jogos, com a marca de 1m45s31, feitas num evento em Porto Alegre: "Prefiri tentar o índice numa competição menor, em que eu corri sozinho. Aí ninguém fecha, eu faço minha prova e foi o que aconteceu".

O gaúcho que atualmente defende o Pinheiros é um dos veteranos do atletismo brasileiro. Foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2003 e 2007 e semifinalista na Olimpíada de Pequim, em dois mil e oito. Na ocasião, fez uma tática arriscada, passou metade da prova na frente mas não aguentou o ritmo dos atletas no final. " Na ocasião, eu não estava preparado para fazer essa tática. Teria que estar mais tranquilo e não podia ter passado tão forte, não teria como terminar aquela prova bem".

Para Londres, o objetivo é chegar a final e baixar o seu melhor tempo da carreira, que é de 1m44s60. "Tenho que fazer o melhor da minha vida para chegar a final. E saber a tática certa. Se passar a primeira volta em 50s, eu não vou aguentar correr em 1m44s. Se passar a primeira volta em 53s aí eu consigo. Depende muito do ritmo de prova. Tenho que correr taticamente".

Fabiano não teve um 2011 bom, sequer conseguiu vaga no Pan e nem foi um dos três atletas que conseguiu índice para o campeonato mundial de Daegu. Em 2012 voltou bem e agora afirma estar em boa fase: "Estou crescendo bem, quero chegar na melhor forma na Olimpíada. No Gp do Rio corri 1m46s, mas o tempo foi bom porque fiquei encaixotado e sempre na raia 2, não consegui me posicionar, corri na verdade 810m."

Os 800m é uma das provas que mais gosto do atletismo. Tem emoção na chegada já que todo mundo está no bolo e não dividido em raias. E acho que Fabiano passará sem maiores problemas para as semifinais, que reunem 24 atletas. Agora, chegar a final é algo mais complicado, principalmente com um pessoal que está correndo várias vezes para 1m43s.

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2 comentários:

  1. A questão não é do tempo a ser feito. Tudo dependerá das condições. Há competições em que os tempos das semifinais chegam a ser mais fortes do que os das finais. Em outras, os tempos das semifinais não são dignos nem de pequenos meetings. O atleta tem que estabelecer o próprio ritmo. O que o Fabiano disse realmente é real: se não está acostumado a forçar na primeira volta, não deve adotar tal tática. O atleta tem que treinar de acordo com a tática que pretende executar. Eu prefiro a tática de segurar na primeira volta e arrancar na segunda. Mas a tática de forçar no começo dá a vantagem do atleta não ser emparelhado. Mas com David Rudisha na parada, a situação é bem mais complexa, já que ele consegue forçar no começo e na chegada. : )

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  2. Hoje foi um dia D pro esporte brasileiro pois finalmente a seleção brasileira de volei conseguiu vencer a Polonia e a Fabiana conseguiu a melhor marca do ano no salto com vara ...

    Bom d + esses resultados ,..

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