sábado, 12 de novembro de 2011

Canoagem


Desde 2009 escrevo aqui que boxe e canoagem seriam as surpresas do Brasil na Olimpíada de Londres, iriam fazer parte do restrito grupo de esportes que vem se repetindo no pódio há anos e ano.

Passados mais de dois anos e há menos de dez meses da Olimpíada, posso concluir que o boxe sim tem tudo para medalhar em Londres. A canoagem, apesar da melhora, ainda não está pronta para isso.

A canoagem teve o melhor ciclo olímpico da história. Em 2009, uma quarta e uma quinta posição em provas olímpicas no mundial. No ano seguinte, Nivalter voltou a ser quinto lugar no mundial no c1 200m. Em 2011, o país não foi bem no mundial adulto, mas viu o jovem Isaquias Queiroz ser campeão mundial junior.

O Pan de 2011 foi mais forte que os outros, pois Canadá veio com equipe principal, já que era pré olímpico. Por isso, só quatro medalhas, duas a menos que em 2007 e uma a menos que 2003 e 1999. O ouro não veio, Nivalter foi prata atrás de um canadense e não escondeu a decepção. A notícia boa foi a vaga olímpica para o C2, com os bons Ronilson e Erlon. O caiaque segue mal, levou apenas duas medalhas e ficou pela segunda olimpíada seguida sem vaga.

A canoa mostrou uma grande evolução, coordenada pelo técnico Pedro Sena. Em três anos tivemos medalhas em Copas do Mundo, finais em mundiais, títulos continentais, título mundial junior e, por fim, uma vaga olímpica para o c2.
Quanto a vaga olímpica de Niválter, ela ainda pode vir. Ele é o primeiro reserva, já que foi oitavo no mundial desse ano que dava sete vagas, além de ser o primeiro reserva das Américas. Por enquanto, apenas 13 atletas estão inscritos no c1 200m, por isso acho que haverá algum tipo de relocação de vaga até Londres.

O caiaque, chamado K, teve um bom ciclo até o sul-americano de Medellin, quando levou a maior parte das medalhas. Depois, tivemos algumas mudanças de atletas pelos mais variados motivos e o resultado no mundial e no sul-americano da modalidade não foram os esperados. 2011 chegou com a expectativa de melhora que não veio, o mundial foi fraco e o Pan não tão bom quanto nos últimos anos. Resultado é a não conquista da vaga olímpica, repetindo o que acontecera há quatro anos.

Resumindo, a canoagem melhorou sim. Antes o país brigava para ir às semifinais do mundial, que algumas vezes contam com 27 embarcações. Agora, a luta é pela final, para ficar entre os nove primeiros. Infelizmente, a canoagem feminina segue sem grandes melhoras, sem medalhas no Pan, nem finais em mundiais e vaga olímpica.

Em Londres, pode-se repetir a final de Sebastian Cuattrin de 1996. Mas uma medalha é bem distante.

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Um comentário:

  1. Parabén Guilherme, está mesmo por dentro dos resultados da canoagem. Acho que a equipe está sentindo falta do Guto Campos, esse cara era o grande diferencial da equipe dos caiaques.
    Quem está de parabéns também é o treinador da canoa Pedro Sena, a prova viva de que não precisamos de estrangeiros que só querem saber de samba! E boa sorte para o C2 em Londres, estarei na torcida.
    Ricardo Borges.

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