domingo, 30 de outubro de 2011

Resumão do Pan

Acabou o Pan. Depois de 16 dias de competições, o Brasil fecha o evento com 48 medalhas de ouro, quatro a menos que em 2007 e um total de 141, 16 a menos que no último Pan. Dou nota sete para participação brasileira.

Daria 10 se tivesse ficado a frente de Cuba no quadro, o que sempre foi muito difícil, mesmo depois de ficar em segundo no quadro durante quase todos os dias. Daria 9 se tivesse superado o número de medalhas e de ouros de 2007 e daria 8 se só tivesse superado um desses quesitos.

Nota 7 porque foi o Pan do quase. Quase superou Cuba e quase bateu o recorde de 2007

Um Pan em que atletismo e natação conquistaram mais de dois quintos das medalhas de ouro do país. Mas um Pan que viu o levantamento de peso e o tiro ganharem medalha de ouro. Algumas decepções como taekwondo e remo e outras surpresas como os já citados levantamento e tiro.

O que esperar para Londres? O mesmo que venho falando aqui há mais de três anos. Um número de finais maior do que em 2008 e superar tanto o recorde de ouros, cinco em 2004, como o de medalhas, 15 em 2008 e 1996.
Lembrando que eu fico aqui em Guadalajara para o Para-pan. E amanhã tem, aqui no blog, o resumo de cada país.

ATLETISMO – NOTA 8
O atletismo fez a diferença no quadro de medalhas em favor dos cubanos, que levaram 18 ouros contra 10 do Brasil. Mas fez a diferença porque os cubanos foram muito bem e não porque os brasileiros foram mal.
Dez medalhas de ouro é um resultado que supera Rio 2007, além de seis pratas e sete bronzes, chegando a 23 pódios, mesmo número do Rio.

O grande nome do Brasil foi Rosângela Santos, levou os 100m com 11s22 e foi primordial ao fechar o revezamento 4x100m de forma memorável, dando o recorde sul-americano ao Brasil. Ana Claudia, que de uma certa forma decepcionou ao terminar em quarto os 100m, fez 22s72 nos 100m e levou o ouro. Um tempo bom, que mostra sua regularidade, correndo mais uma vez abaixo dos 22s80.

No masculino, Marilson mudou a tática e levou o ouro nos 10000m. Nos dois últimos Pans, perdeu o ouro no Sprint final. Então, dessa vez, disparou depois da metade da prova e não foi alcançado.Venceu os 10000m, mas o que ele quer mesmo é a Olimpíada, e na maratona.

O revezamento 4x100m está totalmente renovado mas conseguiu um bom tempo de 38s18, chegando ao tetracampeonato. Bruno Lins, de uma certa forma, decepcionou nos 200m e ficou com o bronze. Nas eliminatórias tinha corrido tão fácil, mas na final travou um pouco e foi terceiro.

No Pan, o que importa é a medalha de ouro. Leandro Prates viajou a Guadalajara e conseguiu isso, numa prova muito fraca tecnicamente, com a medalha de ouro 27s acima do recorde mundial, numa prova relativamente curta que é os 1500m. Mas não tiro os méritos, o que vale no Pan é o ouro.

A maratona feminina viu uma prova muito inteligente da Adriana. Correu forte, deixou a mexicana disparar mas, a partir da metade da prova, foi tirando aos poucos a diferença, até ultrapassar no quilometro 37 e ir para o abraço.

Os outros dois ouros vieram com Maurren e Luciamara. Maurren fez 6m94, uma marca muito boa, entre as melhores do ano, e Luciamara foi a única a conseguir bater um recorde sul-americano, assim como havia feito na última Olimpíada.

O revezamento 4x400m feminino conseguiu a prata,mas queria o ouro. Geisa ainda foi bronze nos 400m, prova em que correu 50s50 na abertura do revezamento do último mundial. Outra prata com gosto ruim foi a de Kleberson Davide, bi vice campeão dos 800m. Por fim, uma terceira prata sem um gosto bom, a de Fabiana Murer, que já tinha cumprido sua meta no ano, é campeã mundial, mas perdeu para um cubana que está numa ascendente enorme.

Cruz Nonata levou duas pratas. Com a ausência de Simone Alves, que era favorita aos 5000m e 10000m e foi pega no antidoping, coube a pequena piauiense ser o nome do fundo do Brasil, fez bem o papel e levou prata nas duas provas. Por fim, o veterano Hudson estreando na prova de 3000m com obstáculos, foi muito cauteloso, e ficou perto do ouro, dando a impressão que guardou energia demais para o fim.
No salto triplo, apesar da péssima marca, Jefferson Sabino garantiu o bronze que lhe escapou na última rodada em 2007.

Do disco masculino veio a única medalha de lançamentos e arremessos do país, o bronze com Ronald Julião, um resultado muito merecido.
Sabine, nos 3000m com obstáculos, Joilson, nos 5000m, e Giovanni, nos 10000m, completaram a festa dos pódios do Brasil.

Além de toda festa pelo pódio, o Brasil teve, claro, algumas decepções. Keila Costa comprovou que não vive um bom ano e fez marcas ruins tanto na distância quanto no triplo, ficando fora do pódio. Na marcha atlética, nenhum atleta perto da medalha, que não veio pelo segundo Pan seguido. No disco, Elisângela e Fernanda ficaram longe do bom desempenho que tiveram esse ano e ficaram sem medalha. Fabinho mostrou mais uma vez ser irregular e ficou fora do pódio no salto com vara, com apenas 5m40.

PARA LONDRES
O Pan mostrou que o revezamento feminino 4x100m está forte, muito forte. Agora com duas atletas capazes de correr na casa dos 11s20, o bronze que escapou por um décimo em Pequim, quando a mesma RosÂngela fechou o revezamento, pode vir. EUA e Jamaica estão muito a frente, mas a briga pelo bronze é embolada por umas cinco ou seis equipes. Pela segunda vez no ano o time bateu recorde sul-americano

Já o time masculino fez um tempo bom e se puder mesmo contar com Bruno Lins em Londres poderá sonhar com uma medalha. Mesma coisa que no feminino, a briga pelo bronze reúne umas cinco equipes.

Maurren mostrou mais uma vez sua regularidade, dois saltos bons, um a 6m94 que é uma marca que lhe daria ouro no mundial desse ano. Com certeza brigará pelo pódiol
Fabiana Murer não fez um bom Pan, mas isso não interfere em nada sua preparação para Londres.

Marilson correu bem os 10000m mas todos sabem que na Olimpíada ele vai com tudo é na maratona. Atualmente, é o melhor não queniano do mundo em termos de tempos em 2011.
Portanto, as chances de medalha são praticamente as mesmas de quatro anos atrás. O topo não evoluiu, mas o meio da pirâmide sim. Evoluções de atletas que seriam top 20 que talvez virem top-10 ou até finalistas, como Kleberson Davide e o 4x400m feminino.

BADMINTON- Nota 7
Uma campanha boa do badminton brasileiro, mas poderia ser um pouco melhor. Daniel Paiola foi muito bem em simples, parou só na semifinal para Kevin Cordon, quinto no último mundial, e foi bronze. Porém, ao lado de Hugo Arthuso, parou nas quartas-de-final nas duplas pois enfrentaram uma dupla americana que contava com um indonésio naturalizado, que já tinha sido até campeão mundial.

Lohaynny, de apenas 15 anos, brilhou.Depois de uma estreia nervosa, em que venceu no terceiro set uma dominicana por 26 a 24, passeou em duas partidas, chegou as quartas-de-final, mesma fase que atingiu nas duplas, ao lado da irmã mais velha Luana. Tem um bom futuro pela frente.

Alex Tjong ficou muito perto da medalha, perdeu para um jamaicano por 21 a 19 no terceiro set e parou nas quartas. O jamaicano havia eliminado o cabeça 2, o peruano Rodrigo Pacheco.Nas duplas, Alex jogou ao lado de Luiz e perdeu nas oitavas, para uma dupla da casa.

PARA LONDRES
Daniel Paiola segue na luta pela vaga individual,ainda não teve seu resultado computado no ranking mundial e quando tiver deve voltar a ficar entre os 80 melhores do mundo, que deve ser onde chegam os classificados para Londres, devido ao limite por país. Nas duplas, ao lado de Hugo, não conseguiu pontos suficientes para subir e deve seguir no top-50, mas longe da vaga.

BASQUETE- Nota 1
Triste a participação brasileira nesse esporte que nos últimos meses nos deixou muito felizes nos pré-olímpicos. Triste porque no feminino o time estava quase completo e perdeu para o pífio time de Porto Rico. No masculino, caminhava para duas vitórias tranquilas quando sofreu pane, perdeu e caiu logo na primeira fase. Muitos dos principais jogadores não estavam no Pan, mas a campanha devia ter sido melhor.
Porém, como já disse algumas vezes, melhor assim do que ser tetra campeão do Pan e estar fora de Londres.

PARA LONDRES
O Pan pouco importou para o desempenho do Brasil em Londres. Acho que o time masculino e feminino tem totais chances de chegar as quartas-de-final. Aí, um jogo define o futuro, se encaixar vai a semi, se não, fica para trás.

BOXE- Nota 6
Ficou um gostinho de quero mais. Foram cinco bronzes e duas pratas e uma decepção grande com o boxe feminino. Roseli não ganhou nenhuma luta mas foi bronze e Adriana perdeu nas quartas e ficou sem medalha.

Os outros três bronzes vieram com Robenilson,Julião e Everton. Everton, campeão mundial, caiu diante de um cubano na semi. RObenilson e Julião lutaram bem a primeira rodada, mas caíram na semi também. Um aproveitamento de quase 100% das medalhas no masculino, só David Lourenço não medalhou, perdeu na primeira luta para um cubano.

Robson Conceição lutou muito bem, acho até que poderia ter vencido a final contra ocubano, mas ficou com a prata. Yamaguchi não foi bem na final, mas conseguiu um bom resultado, prata e derrota para Cuba.

PARA LONDRES
O Brasil já tem três vagas, com Everton, Esquiva(que não foi ao Pan) e Robson. O pré olímpico das Américas acontece no ano que vem. Pelos resultados do mundial, o Brasil pode conseguir sim terminar com o jejum de medalhas olímpicas. As lutas do Pan mascaram um pouco o resultado do último mundial, em que o Brasil conseguiu uma excelente campanha.
Não é desculpa, mas os juízes no Pan são um pouco mais tendenciosos para os cubanos e os donos da casa. No mundial, essas coisas não acontecem.

CANOAGEM – Nota 6
A nota 6 é atribuída pela vaga olímpica inédita conquistada por Ronilson e Erlon que ficaram com a prata no c-2 1000m e se garantiram em Londres pois os cubanos, vencedores, já tinham lugar na Olimpíada.
De resto, um Pan ruim para o atual momento da canoagem brasileira. Nivalter era favorito no c1 200m, mas perdeu para um canadense não só o ouro como a vaga olímpica. Medalhista de prata, agora precisa aguardar as realocações das vagas para se garantir em Londres. Acho que não vai ter maiores problemas, pois foi o primeiro reserva no mundial, ficou em oitavo, e é o primeiro reserva das Américas.

Wladimir Moreno foi desclassificado no C1,prova que tinha chances reais de medalha. Ele teve um ano difícil, passou por cirurgia no coração.

O caiaque do Brasil levou apenas duas medalhas de bronze, no k4 e no k2, resultado bem abaixo dos obtidos nos últimos Pans. Um dos motivos é que esse Pan está bem mais forte porque, por ser pré olímpico, quem não tinha vaga trouxe seus melhores atletas. Mas ainda assim um resultado ruim.

Por fim,as mulheres mais uma vez ficaram sem medalhas e provaram está um passo atrás do time masculino. Melhor resultado foi o bom quarto lugar de Naiane no k1.

PARA LONDRES
Ainda não está 100% definido, mas acho que o Brasil vai com três atletas, todos na canoa, deixando de fora o caiaque pela segunda Olimpíada seguida. A dupla do C2 é forte, briga diretamente para ir a final, mas acho que um pódio é muito distante. Já Nivalter, que deve ter a vaga olímpica confirmada por ter sido oitavo no último mundial, foi quinto nos mundiais de 2009 e 2010 e oitavo no desse ano. Candidato a zebra, que dificilmente acontecerá, mas...

CICLISMO- Nota 1
Não tem nem o que falar. O Mountain Bike sentiu a altitude e a falta de preparação, ficou de fora do pódio. Depois veio o BMX que, com atletas muito jovens e com Balthazar de experiente, ficou sem pódio também. Na pista, os resultados foram os esperados, sem medalha novamente. Sumaia foi a melhor, em quarto no keirin.

A estrada foi a grande decepção. Tínhamos um campeão pan-americano, Gregolry, e uma ciclista que disputa as principais competições do mundo, Murilo Fischer, mas o Brasil ficou longe da medalha.

PARA LONDRES
As vagas olímpicas são dadas pelo ranking mundial. No Mountain Bike, o Brasil teria um homem e nenhuma mulher. No BMX, o Brasil até está bem no ranking, mas não teria nenhuma vaga. Na estrada estamos melhor, podemos levar até três atletas, sendo que uma vaga já está garantida.

ESGRIMA- Nota 6
Repetir os três bronzes de 2007 pode ser considerado um bom resultado. Mas eu queria e todos os esgrimistas queriam a prata no florete por equipes, mas veio uma dolorosa derrota para o Canadá na semi, duas semanas depois de, no mundial, o Brasil ter vencido o mesmo duelo.

Além do bronze do florete, tivemos o bronze do sabre por equipes masculino, um outro bom resultado. Aliás, fazia um bom tempo que o Brasil não ganhava uma medalha por equipes.
O outro bronze veio com Guilherme Toldo no sabre individual, o que fez o jovem atleta sair do Pan com duas medalhas.
Infelizmente, as mulheres não medalharam, a maior chance era a equipe do sabre, mas Tais Rochel foi pega no doping, o que fez com que o Brasil perdesse uma boa chance. Outra boa chance perdida foi Renzo Agresta, que foi muito bem nas eliminatórias, mas caiu nas quartas-de-final.

PARA LONDRES
O Pan não valeu pontos para o ranking mundial, mas provou que o florete por equipes pode sim se classificar. O primeiro passo é ficar a frente do Canadá no ranking, e isso acontece no momento. O segundo passo é ficar entre os 16 primeiros, o que também acontece. A terceira e última coisa é os EUA ficarem entre os quatro primeiros do ranking, para abrir uma vaga para as Américas, o que está um pouco distante de acontecer.

Renzo perdeu a medalha no Pan, mas segue bem no ranking para se classificar para Londres, assim como João Souza, que nem conseguiu vaga para o Pan.

FUTEBOL- Nota 4
Pouco a falar. Sem os principais astros, o time masculino deu vexame. O feminino, sem Marta e Cristiane perdeu o ouro nos pênaltis para o Canadá, depois de levar um gol nos últimos minutos do tempo normal. Sem Marta e Cristiane, o time brasileiro é um time normal, sem grandes resultados, por isso desde o começo achei que o Brasil perderia o ouro. Afinal, o Canadá veio com seu time principal.

PARA LONDRES
O time feminino é regular, com Marta e Cristiane fica um time bom que pode brigar por medalhas. O Pan serviu para mostrar que, sem as duas, nosso time é um time normal.
Os homens, se realmente levarem os principais atletas, se tornam um dos favoritos ao ouro.

GINÁSTICA- NOTA 6
O time masculino merece nota 9, mas o feminino nota 3, por isso a média 6. O ouro por equipes masculino foi espetacular, um resultado merecido para provar o quão bem está o time e que eles realmente podem se classificar para Londres.
Sergio Sasaki é um ginasta completo, se não se contundisse brigaria pelo ouro do individual geral, no salto e nas barras. Espero que ele se recupere bem para o pré olímpico de janeiro.

Diego Hypolito fez uma ótima apresentação no solo e foi ouro .No salto, não foi tão bem, mas contou com a queda do excelente chileno Thomaz Gonzalez e foi ouro. Arthur Zanetti levou prata nas argolas, perdeu o ouro por zero virgula nada. Fez uma apresentação muito parecida com a do mundial, três semanas atrás, quando foi prata.

No feminino, só Daniele Hypolito se salvou. Confirmou sua tradição de medalhas e foi bronze na trave, mesmo caindo, e no solo. Por equipes, ficaram em quinto, resultado que faz pensar que regressamos 16 anos no tempo. Sem Jade, machucada, nosso time ficou muito limitado.

PARA LONDRES
O Pan mostrou que a equipe masculina está muito bem, Que Diego Hypolito está fazendo belíssimas apresentações no solo, dignas de medalha olímpica. Arthur Zanetti também foi muito bem nas argolas, e chegará a Londres brigando por medalha.
A feminina talvez nem se classifique. Jade não veio ao Pan, mas ficou em quarto no último mundial, em que se machucou.

GINÁSTICA RÍTMICA- Nota 9
Disputando com as mesmas atletas do Canadá e EUA que estavam no último mundial, a equipe brasileira levou as três medalhas de ouro em disputa. No mundial, que valia vaga olímpica, a seleção ficou atrás de canadenses e americanas. Aqui no México, porém, foram três vezes ouro pela terceira vez seguida.

Mais importante ainda foram as medalhas no individual com Angélica. Levou quatro medalhas, uma prata e três bronzes e saiu do México como a mulher mais laureada da delegação brasileira.

PARA LONDRES
Infelizmente, não existem mais chances de classificação. É hora de pensar no futuro.

GINÁSTICA DE TRAMPOLIM- Nota 7
Uma medalha de prata, com Rafael Andrade, e um quarto lugar com Giovanna Bastos. A nota poderia ter sido melhor de Giovanna tivesse subido ao pódio, o que repetiria o resultado de 2007.
Ramires Pala levou um tombo feio, foi para o hospital mas passa bem.

PARA LONDRES
O mundial de trampolim, a ser disputado nessa semana, classifica os atletas para Londres. O Brasil busca a primeira vaga olímpica da história, em 2008 Ramires foi o primeiro reserva.

HANDEBOL- Nota 5
Seria nota 10 se os dois fosse campeões, mas fica na nota cinco pois o masculino perdeu para Argentina.
A equipe feminina goleou todos os adversários, não deu chances a nenhum time,chegou ao tetracampeonato.
O masculino perdeu a final contra a Argentina, um jogo equilibrado. Dava para ganhar, o Brasil chegou a liderar por quatro gols de vantagem no primeiro tempo, mas ficou na prata.

PARA LONDRES
O time feminino do Brasil é muito bom e esse ano ficou muito tempo reunido, treinando para o Pan e o mundial, que acontece em janeiro. Depois de quase três anos, o time voltou a ficar completo e vai dar trabalho no mundial. Para Londres, tem tudo para ir às quartas. Aí, um jogo perfeito já está entre as quatro. Vai saber....

HIPISMO- Nota 6
A primeira modalidade em Guadalajara foi o adestramento, que decepcionou, ficou em quinto e sem a vaga olímpica. Depois, o CCE fez o que se esperava, garantiu o bronze e a vaga em Londres.
Por fim, os saltos. Com um percurso ridiculamente fácil, em que “””qualquer um”” zerava, o Brasil ficou com a prata por equipes, atrás dos campeões olímpicos dos EUA. No individual, os americanos dominaram mas Bernardo Alves garantiu o bronze.
O Hipismo tinha quatro campeões olímpicos e um total de oito medalhistas nos saltos.

PARA LONDRES
O CCE não vai com chances de medalha, mas com o objetivo de melhorar o adestramento, o que já foi visto no Pan, a fim de repetir a sexta posição obtida em 2000.
O saltos vai com chances reais de medalha, tanto por equipes, como individual. No Pan, os adversários eram fortíssimos, mas o percurso enganou um pouco, com tantos e tantos zeros. Nivelou por baixo uma competição que tinha tudo para ser a melhor do Pan.

JUDÔ- Nota 7
Melhor resultado da história, seis medalhas de ouro e um total de 13 pódios. O masculino deu um show, seis ouros em sete categorias. Os principais resultados foram de Luciano Correa e Tiago Camilo, que tinham grandes adversários na luta pelo ouro. Leandro Guilheiro e Leandro Cunha não tinham rivais a altura, deram um show de ippons e levaram o título. Por fim, os pouco conhecidos no meio de tantas estrelas, Bruno Mendonça e Felipe Kitadai confirmaram o favoritismo e foram campeões. A prata de Rafael Silva veio da derrota para o gigante medalhista olímpico Oscar Braysson.

No feminino, uma decepção. Podemos sim falar que foi uma decepção pois o Brasil chegou ao nível de ganhar duas ou três medalhas de ouro num Pan. E saiu de mãos abanando.

Mayra perdeu para a campeã mundial de 2010, Kayla Harisson nas quartas-de-final e ficou com o bronze, mesmo destino de Sarah Menezes, que perdeu na semi para um cubana que não é lá essas coisas. Outros dois bronzes podemos dizer que tem quer comemorados, com Maria Suelen e Maria Portela.

O Brasil chegou a duas finais, as duas contra cubanas e as duas contra medalhistas olímpicas. Rafaela Silva podia até ter ganho, mas não deu. Erika lutou contra outra medalhistas olímpica mas não teve chances

PARA LONDRES
O Pan acalmou um pouco os ânimos do judô feminino, que foi tão bem no último mundial. Mas é de se entender, um ano longo e complicado e as lutas contra atletas de alto nível aqui em Guadalajara. Acho que, apesar de tudo, o Brasil chegará às Olimpíadas com chances reais de pódio de Mayra, Sarah e Rafaela, além de uma zebra com Erika.

O Masculino calou a boca de muitos, que pareciam mais empolgados com o sucesso das mulheres e dizendo que o masculino acabou. Seis ouros em sete categorias. Para Londres, acho que Leandro Cunha e Leandro Guilheiro chegam como favoritos, Tiago Camilo como forte candidato, isso ainda dependendo da disputa interna com Hugo Pessanha. Luciano Correa e Rafael Silva chegam como possíveis medalhistas, mas ainda brigam internamente com Leo Leite e Daniel. Por fim, por que não acreditar nas surpresas de Filipe e Bruno?

LEVANTAMENTO DE PESO- Nota 8

Um resultado espetacular de Fernando Saraiva, 410kg na categoria acima de 105kg. Eu esperava um bronze, até uma prata dele, mas ouro não imaginava. O primeiro da história.
Também legal citar o quase bronze de Welisson, que levantou um total de 325kg e ficou a um quilo do terceiro colocado.
As meninas não foram bem e ficaram longe das medalhas

PARA LONDRES
O Brasil deve conquistar uma vaga pelo pré olímpico continental do ano que vem. Fernando, com essa marca, fica entre os dez melhores do mundo no ano. Claro que uma medalha olímpica ainda é impossível, mas pode pintar um bom resultado, entre os primeiros em Londres.

LUTA OLÍMPICA- Nota 5
Feliz com as meninas, triste com os homens. Em um esporte que está crescendo bastante no Brasil, mas ainda engatinhando, esperava pelo menos uma medalha entre os homens, seja na luta livre como na greco-romana.
Aline Silva foi fantástica, prata até 72kg. Na final, contra uma cubana que ela já tinha enfrentado e ganhado algumas vezes, venceu o primeiro round, mas teve o resultado invertido. Depois, acabou lutando mal o segundo round.Joice Silva foi bronze, uma boa medalha para ela.
Entre os homens, apenas Antoine Joude venceu uma luta, chegou a semifinal mas perdeu duas lutas e ficou sem medalha. Um resultado abaixo do esperado, já que em 2003 tivemos uma prata e 2007 uma prata e um bronze entre os homens

PARA LONDRES
Vou ser sincero com vocês.É claro que a Aline não é favorita ao pódio, mas que ela pode surpreender, ela pode. Antes, claro, precisa confirmar a vaga olímpica no pré olímpico das Américas que dá duas vagas para Londres. Joice também tem totais condições de se classificar.
No masculino, a vida fica um pouco mais complicada. São duas vagas por categoria e na maioria das categorias algum atleta do continente já se classificou pelo mundial, o que abre um caminho legal para possíveis vagas.

NADO SINCRONIZADO- Nota 6
As meninas fizeram o que delas se esperava. Repetiram os bronzes dos últimos Pans, tanto na equipe como no dueto. Havia um medo que as mexicanas, por se apresentarem em casa tivessem um aumento na nota, que até houve, mas não o suficiente para tirar o Brasil do pódio.

No dueto, a apresentação de Lara e Nayara foi muito boa, poderia até competir com a das americanas, mas os juízes não interpretaram assim e o bronze ficou de bom tamanho

PARA LONDRES
A vaga da equipe está descartada e ano que vem o dueto tenta, por um pré olímpico, um lugar na Olimpíada. A vaga deve realmente vir e sendo assim o grande objetivo é voltar a uma final olímpica já que em Pequim ficaram em 13º.

NATAÇÃO- Nota 8
10 ouros, campanha igual a do Rio. O que faltou mesmo foi um ouro feminino e alguma medalha nas provas de fundo, seja no feminino ou no masculino.
Os tempos obtidos no México não podem ser utilizados como comparativos, do tipo: O ouro na prova tal não seria nem semifinalista do último mundial. Alguns motivos para isso: Altitude, data da competição, complexo abafado entre muitos outros.

O nível desse Pan foi igual ao de 2007. Todos os países com seus principais atletas, exceção aos EUA e Canadá. Os americanos, com uma mescla de equipe B e C que não fizeram frente ao Brasil no masculino mas deram um show no feminino. Já o Canadá, com uma equipe jovem, pouco fez.

Thiago Pereira venceu os 200m e 400m medley de forma irreparável, apesar dos tempos altos. Venceu os 100m costas de maneira surpreendente e nadou as eliminatórias dos revezamentos 4x100m livre e medley, que saíram com o ouro. Os 200m costas foi um show. Depois de cair na água 11 vezes, nadou uma prova que é longe de ser sua especialidade, na altitude, no mês de outubro e mesmo assim nadou em 1m57s, marca espetacular, que o coloca entre os 10 melhores do mundo na prova. Sem contar o bronze nos 200m peito e a prata no 4x200m livre, em que ele pulou em terceiro e passou os venezuelanos.

Cesar Cielo deu outro show. Protagonista dos revezamentos 4x100m livre e medley, levou quatro ouros, já que venceu muito bem os 100m livre, 47s84, e os 50m livre, com 21s58.

Felipe França provou que os 100m peito também é sua praia, venceu. Leonardo de Deus levou os 200m borboleta, mostrando que não é mais coadjuvante da delegação brasileira.
Aliás, falando em coadjuvante, eles foram muito bem. Cada uma das estrelas do Brasil tem seus rivais internos que são muito bons. Bruno Frattus foi prata nos 50m livre, Felipe Lima prata nos 100m peito e Henrique Rodrigues bronze nos 200m medley. Kaio Márcio, protagonista há cinco anos, decepcionou de novo e ficou só com o bronze.

No feminino, uma chuva de medalhas, mas o ouro não veio. Quase veio com Joanna nos 400m medley, quase veio com Daynara nos 100m borboleta e principalmente com a principal surpresa da delegação, a jovem Gracielle, que ficou em segundo nos 50m livre.

Joanna esteve bem, foi bronze nos 200m medley além de quarto lugar nos 400m livre e 200m borboleta. Fez parte ainda do 4x200m ,que também subiu ao pódio, assim como o 4x
100m livre e medley.

PARA LONDRES
A natação brasileira está bem, mas ainda aposta nos de sempre para Olimpíada, Cesar Cielo e no tão sonhado bronzezinho de Thiago, que agora parece definitivamente focado nos 200m medley, esquecendo um pouco os 400.
Com a decadência de Kaio Marcio, quem pode aparecer naquela lista dos prováveis finalistas e possíveis medalhistas é Felipe França nos 100m peito. Vamos esperar para ver ano que vem mas, a princípio, pode lutar entre os primeiros colocados.
Por fim, os revezamentos. Se forem levados a sério, com foco e preparação podem dar trabalho em Londres. No mundial, o fiasco foi total. Em Londres, o medley é muito forte, muito mesmo. Se focarmos nessa prova, as chances de pódio são reais. Mas isso não aconteceu nas úiltimas Olimpíadas, em que o time sequer foi a final.

MARATONA AQUÁTICA- Nota 5
Uma equipe que tem Poliana e Ana Marcela não pode sair feliz do México com uma prata. Poliana repetiu o resultado do último Pan, vice campeã, mas viu o título ir para uma argentina, Cecilia Bagioli, que até outro dia pouco ameaçava as brasileiras. Ana Marcela ficou para trás, em quinto, assim como Alan do Carmo e Samuel de Bona.

PARA LONDRES
Por enquanto, só Poliana está classificada e ela é uma das candidatas ao pódio. Candidatas, não favoritas.

PENTATLO MODERNO – Nota 6
Yane Marques foi a melhor das Américas nos últimos quatro anos, há dois está entre as 8 melhores do mundo. No Pan, liderava até os últimos metros da corrida, quando foi ultrapassada pela americana. Prata para ela que, assim, garantiu a vaga olímpica.
Yane continua muito bem na natação, bem no hipismo e na esgrima, mas muito mal na prova combinada, nem tanto pelo desempenho no tiro, que é bom, mas sim na corrida. Desconfio que as duas lesões que ela sentiu esse ano ainda não melhoraram.
Os demais atletas ficaram fora do pódio, fizeram algumas boas apresentações, como na natação masculina em que Luis e Wagner ficaram entre os melhores, mas saíram sem vaga olímpica e sem medalha

PARA LONDRES
Yane está naquela lista das que vão brigar mas que dificilmente subirão ao pódio. Na lista das atletas que darão trabalho mas que tem poucas chances de pódio. A vaga olímpica garantida, é focar na Olimpíada.
Os demais brasileiros ainda tem chances de se classificar pelo ranking mundial. É bem possível que Priscilla se classifique. No masculino, as chances são mais remotas.

POLO AQUÁTICO- Nota 7
Medalha de bronze para homens e mulheres, resultado esperado. Os homens até sonhavam com a prata, sabiam que teriam um jogo difícil mas ganhável com o Canadá na semi. Estavam vencendo por 4 a 1 mas deixaram virar, 8 a 6. Na luta pelo bronze, medalha garantida sem grandes dificuldades. Bom também o time ter jogado bem contra os EUA, levaram a partida bem e perderam por 8 a 5 para o time que seria campeão e gsarantiria vaga na Olimpíada.

No feminino, a luta era mesmo pelo bronze, já que Canadá e EUA estão muitas braçadas a frente. A vitória sobre Cuba no bronze foi o troco de 2007,quando as cubanas calaram o Julio Delamare.
Importante falar da emocionante final entre EUA e Canadá no feminino, decidida somente nos pênaltis. E quantos pênaltis, 20 a 19 para as americanas, que ficaram com o ouro e a vaga olímpica.

REMO- Nota 2
Repito o que eu disse no twitter. O mau desempenho do remo não foi porque Fabiana decepcionou e foi prata. Ela é a exceção, subiu ao pódio, a primeira mulher da história. O desempenho foi ruim porque não brigamos por nenhum outro pódio além do dois sem, em que a dupla João e Alexis foi prata.
Todas embarcações ficaram para trás, os remadores pareciam despreparados e eram bem menores do que os adversários. O remo brasileiro realmente não evolui e ainda perde talentos, como Ailson Silva, duas vezes medalhista em mundiais sub-23, que ainda não vingou no adulto.

E,de quebra, vimos os argentinos dominarem a competição, cinco ouros, e até mexicanos subirem no lugar mais alto do pódio.

PARA LONDRES
Teremos o pré olímpico latino-americano. No skiff feminino e masculino o Brasil deve se classificar, mas não deve repetir as vagas dos doubles conquistadas para Pequim. Eu torço, mas acho difícil.

SALTOS ORNAMENTAIS- Nota 5
Cesar Castro salvou a modalidade, levou o bronze no trampolim, confirmando que continua entre os melhores. Ele, quinto no mundial de 2009 e finalista olímpico em 2004, teve um péssimo mundial no último mês de julho.
Quem foi bem também foi Andressa, que com apenas 14 anos, ficou em quinto na plataforma. De resto, Juliana e Hugo não foram tão bem e ficaram fora do pódio, assim como todas as duplas brasileiras.

O México deu um show. Em um ou outro salto os juízes ajudaram um pouco com as notas, mas os donos da casa, apaixonados pelo esporte, conquistaram todas as oito medalhas.
Vale lembrar que os saltos ornamentais é um dos esportes mais fortes do Pan, com cinco, seisou até sete atletas em cada prova que está entre os 15 melhores do mundo

PARA LONDRES
O Brasil ainda não tem vaga, mas imagino que no próximo pré olímpico, ano que vem, conquiste com os mesmos de sempre, Hugo, Juliana e Cesar. Infelizmente, a renovação está demorando para vir, temos bons nomes surgindo mas que ainda não conseguem substituir os medalhões.

TAEKWONDO- Nota 2
Com seis atletas, o que se esperava eram seis medalhas. Mas o que se viu foi apenas uma, com Marcio Wenceslau, que perdeu na semi para o campeão mundial Damian Villa. Diogo Silva lutou mal, venceu uma luta, mas caiu nas quartas. A medalhista olímpica Natalia Falavigna ainda não está 100% recuperada do joelho, também caiu nas quartas, como Raphaella Galacho. Katia venceu uma luta e perdeu também nas quartas. Douglas também ficou de fora do pódio

PARA LONDRES
Resultados preocupantes aqui em Guadalajara pois é uma modalidade que subiu ao pódio pela primeira vez em Pequim e tem tudo para subir de novo. Por enquanto, Diogo Silva está classificado e o pré olímpico das Américas acontece em outubro.
Conto com uma medalha em Londres.

TÊNIS- Nota 4
Tínhamos o cabeça 1 no masculino e nas duplas mistas e saímos de Guadalajara sem ouro., Rogerinho perdeu na final, foi prata, e ainda foi bronze nas duplas mistas. A dupla masculina decepcionou, assim como as meninas na simples, todas eliminadas na primeira fase. Na dupla feminina, uma boa semifinal, em que foram derrotadas por duas atletas top-100 no super tiebreake.

PARA LONDRES
O Pan não vale nada quanto a Olimpíada. São poucos tenistas que vieram ao México, um top-100 no masculino e dois no feminino. Acredito que Thomaz Bellucci se classifique para os Jogos, onde teremos alguma chance nas duplas, Com Melo e Soares.

TÊNIS DE MESA- Nota 6
O ouro por equipes, numa repetição da final contra a Argentina, num jogo ganho por Hugo Hoyama coroou a décima conquista do mesa-tenista. A equipe era idêntica a de 2007, com Tsuboi e Thiago Monteiro.
No individual, o time decepcionou. Ninguém chegou ao pódio, Tsuboi perdeu de virada para um cubano, Hugo também caiu nas oitavas e Thiago Monteiro, voltando de lesão, foi o melhor, caindo nas quartas. Tsuboi poderia ser considerado um dos favoritos no individual, visto que fez uma competição por equipes quase perfeita.

No feminino, pela terceira vez seguida ninguém subiu ao pódio. Por equipes, na maior chance, o time perdeu para Colombia nas quartas-de-final, depois de uma primeira fase perfeita.

PARA LONDRES
O título do Pan provou que a equipe masculina é realmente a melhor das Américas e tem tudo para garantir a vaga por equipes que é destinada ao continente. No feminino, se conseguiu classificar uma atleta já será um ganho importante.

TIRO- Nota 8
O ouro que não vinha desde 1975, medalha na pistola, na carabina e no tiro ao prato, seis pódios. Uma campanha muito boa que só não foi perfeita por que, infelizmente, nenhum atleta conquistou a vaga olímpica.
Ana Luiza foi muito bem na pistola tiro rápido, foi ouro e ainda bateu recorde pan-americano. Não foi a melhor marca de sua carreira, principalmente porque nos primeiros tiros das eliminatórias ela não foi tão bem.
Na fossa olímpica, bronze para Roberto, mesma medalha conquistada por Luiz Graça na fossa dublê. Na pistola 10m e 50m, os bronzes amargos de Julio Almeida, que queria mesmo era a vaga olímpica. Por fim, o bronze de Bruno Heck na carabina três posições.

PARA LONDRES
Com as vagas já definidas, o Brasil vai a Olimpíada com dois atletas, Filipe Fuzaro, na fossa dublê, e Ana Luiza na pistola tiro rápido. Repetir a medalha de 1920 seria um sonho muito distante, mas acho que dá para pensar em final.

TIRO COM ARCO- Nota 4
O esporte que há mais tempo vive jejum de medalhas,d esde 1983, vai tem que esperar mais quatro anos. O time masculino perdeu nas quartas para Cuba e viu o melhor resultado no inidivudual, em que Daniel Xavier perdeu para Jose Serrano, porta bandeira mexicano na abertura, por 6 a 4 num duelo muito equilibrado.
No feminino, resultados piores. Por equipes, queda ainda nas oitavas. No individual, só Sarah Nikitin avançou entre as 16.

PARA LONDRES
Sem nenhum atleta classificado ainda, acredito que Daniel Xavier consiga uma das vagas destinadas ao continente, num pré olímpico ano que vem. Chegando a Londres, passar da primeira rodada do mata-mata seria muito importante.

TRIATLO- Nota 9
Uma das gratas surpresas do Brasil. Um esporte que já foi melhor aqui no Brasil, basta ver que em 2000 e 2004 fomos um dos cinco países a levar seis atletas para Olimpíada, mas não vivia um bom momento. Voltou para o Brasil com um ouro e um bronze, além de vaga olímpica.
Reinaldo Collucci conquistou a prova masculina e, de quebra, garantiu um lugar na Olimpíada. No feminino, Pâmela Nascimento conquistou um surpreendente bronze, fazendo com que pela primeira vez na história o Brasil voltasse de um Pan com duas medalhas.

PARA LONDRES
Reinaldo Collucci já tinha a vaga encaminhada pelo ranking mundial, mas garantiu com o título do Pan. Ainda no masculino, acho que o Brasil leva mais um ou até mesmo dois atletas. No feminino, Carla Moreno estaria na Olimpíada se o ranking fosse fechado hoje.
Na Olimpíada, ficar entre os 10 primeiros, superando a 11ª posição de Sandra Soldan em 2000 seria um ótimo resultado.

VELA- Nota 8
Foram cinco medalhas de ouro, duas delas em classes olímpicas. Patricia Freitas venceu com uma facilidade enorme, mostrando que em Londres pode dar trabalho. A jovem atleta, que foi à última Olimpíada, já está entre as 10 melhores do mundo na RS:X. No masculino, Bimba conquistou o tricampeonato, vencendo o perigoso argentino Mariano Reutemann.

Quem decepcionou foi Bruno Fontes, top 10 do mundo, que ficou em quinto no Pan. Na laser feminina, Adriana Kostiw não conseguiu repetir a medalha de bronze no último Pan e nem foi para regata da medalha.

Nas outras cinco classes, todas não olímpicas, o Brasil levou três ouros, na snipe, na sunfish e na J24. A linghtining e a hobie cat 16 também subiram ao pódio, a última apenas um ponto dos americanos que ficaram com ouro.

PARA LONDRES
O esporte que mais trouxe medalhas na história da Olimpíada irá manter a tradição em Londres. Robert/Bruno são favoritos absolutos na Star, Bimba e 470 feminino correrão por fora e Patricia e Bruno tem chances de surpreender. A classificação será definida em dezembro, no mundial que conta com todas as classes na Austrália, e por mundiais espalhados pelo ano que vem.

VÔLEI- Nota 10
Quatro medalhas de ouro em disputa e quatro títulos. Melhor impossível. A seleção feminina não esteve tão bem, penou para ganhar de um time misto de Cuba, mas garantiu o ouro. O time masculino, uma espécie de equipe B, derrotou os cubanos que vieram com força máxima, mostrando o quão bom é o Brasil no vôlei.

Nas areias, um susto de Ricardo e Emanuel na primeira fase, que perderam um jogo, mas se recuperaram e conquistaram o ouro. Juliana e Larissa quase deram um susto, venceram na bacia das almas as mexicanas por 2x1 e foram bicampeãs.

PARA LONDRES
Quatro ouros seria um sonho, claro, mas é um sonho possível. Isso sem contar que no vôlei de praia podemos ter ainda dois bronzes, já que não se pode mais ter uma final entre duplas do mesmo país.

ESPORTES NÃO OLÍMPICOS
Como sempre, esportes como patinação e caratê garantiram medalha de ouro. Squash e boliche levaram o bronze enquanto o esqui aquático herdou uma prata.
Marcel Sturmer foi ouro na patinação, derrotando o eterno rival argentino, Daniel Arriola. Ainda do patinódromo veio bronze com Julia.

No caratê, uma confusão enorme entre atletas e confederação impediu que três categorias do Brasil enviassem representantes ao México. Com seis atletas na delegação, vieram cinco medalhas, uma de ouro e quatro de bronze. Lucelia fenomenal, chegou ao tetracampeonato.

No squash, resultado do Pan do Rio repetido, um bronze por equipes no masculino. No boliche, Marcelo foi bronze no individual depois de ter sido quarto nas duplas. Por fim, Marreco foi prata no esqui, depois que o medalhista de ouro foi pego no doping.

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9 comentários:

  1. Alguns vacilos no custaram a segunda posição e Cuba não perdou
    O proximo pan é obrigação passar eles

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  2. Guilherme, muito bom dia! Estive lendo por todos esses dias o resumo do Pan por que não conseguia acompanhar pela TV Record que fazia uma cobertura bem mediana, mas enfim...

    Quero dizer que você está de parabéns pela excelente cobertura, e que continue assim...
    Seus argumentos são precisos e bem explicativos, muito bom seu trabalho.

    Sobre o desempenho da nossa delegação...:

    Eu realmente não sei como me sentir, se fico orgulhoso por grandes resultados dos nossos atletas, ou se fico preocupado pelo desgaste que a eles é causado, explico.

    Todos nós sabemos que o governo brasileiro nunca se importou com a estrutura esportiva do Brasil, sabe, me dá aquela preocupação, e penso, esses atletas são grandes heróis, são seres sobre-humanos, por que não contam com o apoio de praticamente ninguém, incluso a nós mesmos torcedores. E pensar que em 2016 os "magnatas" querem o Brasil seja uma "potencia" olímpica, me dá profunda preocupação... Como querem isso, se o brasileiro não "liga" para os esportes... nem o futebol esta salvando mais, entende?
    Outro dia, um amigo meu comentou que os efeitos de sediar uma olimpíada vem bem depois dela e citou o exemplo da Austrália, que só ficou forte no quadro de medalhas depois dos jogos de Sidney, mas eu discordei claro, e citei o exemplo da Coréia do Sul que até sediar sua olimpíada já tinha uma grande expressão esportiva...
    Com isso o que eu quero dizer:
    Me preocupa essa falta de renovação na seleção das diversas modalidades, sim temos grandes revelações, mas a maioria já é de longa data... O que dizer da ginástica artistica por exemplo, ainda esta a Daniele Hypolito, e Daiane...
    Por esses motivos fico com essa dúvida... Será que essa ótima turma faz muito esforço para pouco reconhecimento??? Sempre fiquei indignado com isso! Desabafei...

    Ah! E mais uma vez, parabéns pelo blog!!
    http://song-2-pop.blogspot.com/

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  3. Bela análise. Acho que faltou falar do Rugby, não?
    E você não analisou o basquete masculino para Londres. Acredito que se o Nenê for ( bem difícil, mas não impossível), o Brasil briga forte por medalhas com Huertas, Leandrinho (deve ir, e briga posição co o excelente Alex) Giovannoni, Varejão e Nenê (ou Splitter).Com um bom banco, com Rafael, Marquinhos, Marcelinho e suas bolas de tres e sem os péssimo Nezinho, já que Larry deve conseguir a naturalização. O mais importante é que o time é comandado pelo Magnano, que foi ouro em Atenas num time que eliminou os EUA. Dá pra sonhar!

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  4. Parabéns pela ótima análise. Agora é esperar Toronto-2015, em que o Brasil terá total chance de superar tanto os ouros de 2007 quanto Cuba, já que será um pan de preparação para as Olimpíadas do Rio-2016.

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  5. Difícil encontrar um blog tão qualificado como o seu e o do Marcelo Romano. O brasil e o brasileiro nem imagina o que está perdendo ficando apenas no futebol. O esporte olímpico é fascinante, diverte, ensina e forma homens e cidadãos. Vamos de forma incansável divulgar o esporte para todos , pricipalmente para as crianças ! Grande abraço !

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  6. Obrigado a todos pelos comentàrios e elogios..Vo useguir nesse trabalho com o blog atè londres....Daì, depois, vou tem que mudar o nome do blog.

    Abracos a todos!!!!

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  7. Guilherme o Mundial de Handebol feminino será realizado de 2 a 18 de dezembro, não em janeiro...

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  8. Guilherme o time feminino de Cuba q estava no Pan não era misto, mas sim a seleção principal inclusive com uma jogadora q ñ participou do Grand Prix e deu up ao time nesse Pan Gyselle Silva Franco....

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  9. Excelente o teu blog! É de grande valia para os profissionais do esporte que necessitam informacoes muitas vezes ignoradas pela mídia convencional do futebol/voleibol. Um forte abraco, Waldemar

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