quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ginástica artística

A ginástica artística é um dos esportes que mais cresceu no Brasil nos últimos 10 anos. Em 2011, a medalha de prata conquistada por Danielle Hypolito no solo no mundial de Ghent completa 10 anos. Nesse periodo, o esporte passou por uma evolução tremenda e vive, atualmente, uma fase de renovação. Ainda depende dos veteranos Diego Hypolito, Danielle Hypolito e Daiane dos Santos, para os grandes resultados por equipes, mas já tem grandes nomes, principalmente no masculino.

2011 é um ano complicado. O calendário colocou no mesmo mês o mundial e o Pan. Muitos podem dizer que o foco deveria ser só o mundial, mas todas as equipes, menos os EUA, irão com os mesmos atletas para as duas competições. E o mundial acontece antes do Pan, ou seja, se algum dos campeonatos será comprometido será o Pan.

No mundial, as oito melhores equipes estão classificadas para Londres. As que ficarem entre 9º e 16º disputam um pré olímpico em janeiro, em Londres, em que outras quatro equipes se classificam. Vale lembrar que, pelo mundial, também se classificam todos os medalhistas por aparelhos.

A seleção masculina está muito mais forte que há quatro anos. Diego Hypolito está recuperado da contusão, Sergio Sasaki e Arthur Zanetti surgiram nesse meio tempo como grandes atletas, além do sempre bom Mosiah Rodrigues, melhor que em 2007, e dos jovens Péricles, Chico Barreto(campeão brasileiro do individual geral) e Petrix. Victor Rosa, machucado, será o desfalque do Brasil em Tóquio e realmente vai fazer uma grande falta.

Acho que ficar entre as oito primeiras equipes é um desafio muito, muito complicado, mas com certeza a equipe entraria forte para em janeiro conseguir a vaga.
Vale lembrar também que o Brasil chega ao mundial com Diego Hypolito como favorito ao pódio no solo, foi muito bem na Copa do Mundo de Ghent, ainda com chance real de Arthur Zanetti medalhar nas argolas. Com um pouco menos de chances, mas acredito que se estiver num bom dia e totalmente recuperado, Sergio Sasaki no salto.

O time feminino teve uma renovação um pouco mais complicada que o masculino. Alguns nomes surgiram nos últimos quatro anos, como Bruna Leal, Priscilla Coelho, outros não conseguiram se manter de Pequim para cá, como Ana Claudia Silva e Etiene Franco e assim os principais nomes do Brasil seguem Danielle Hypolito, Jade Barbosa e Daiane dos Santos. Vale lembrar que Danielle era a mais velha na final do individual geral do ano passado, segue bem e deve ajudar bastante ao Brasil. Seria sua quarta Olimpíada.
Apesar da renovação não ser tão forte, o time feminino tem até mais chances que o masculino de chegar à Olimpíada já nesse mundial. Se tivesse de apostar, não colocaria o Brasil entre as oito primeiras, mas que há chances, há. No mundial do ano passado, Brasil ficou em 10º por equipes.
Jade chega ao mundial com chances de pódio, mas precisa deixar seus saltos mais difíceis, para aumentar o grau de dificuldade. Jade também pode brigar por uma final na trave e no individual geral.

Que venha o mundial!

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Um comentário:

  1. Apenas 2 pontos:

    1. O nome da atleta é Priscila "Cobello".

    2. Entre as revelações do feminino incluiria também Adrian Nunes. Foi Medalhista em Ghent e campeã sulamericana no Chile em dois aparelhos (salto e trave, além do individual geral).

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