quarta-feira, 20 de julho de 2011

Brasil rumo a 2020

Não se faz um atleta em três, quatro ou cinco anos. Não se muda o futuro de uma modalidade em poucos anos, muito menos fazer um país virar uma potência olímpica. Todos nós já percebemos que, salvo algumas modalidades- como boxe,Luta Olímpica, canoagem e poucas outras- pouco se fez desde que o Rio de Janeiro ganhou o direito de ser sede da Olimpíada de 2016.

Mas isso talvez não seja tão ruim. O investimento, ainda que atrasado, tem chegado. As mudanças, aos poucos, vão acontecendo apesar de, provavelmente, o resultado não seja visto em 2016. Talvez em 2020, 2024. Mas como o investimento tem chegado, acho que um dia poderemos colher os frutos.

Como provevelmente não vamos colher esses frutos em 2016, está quase tudo muito atrasado, dependendo do que acontecer no Rio, poderemos ter a real melhora em 2020. Estou fazendo meu TCC sobre esportes olímpicos e cansei de ouvir, em vários esportes, que já estamos atrasados para 2016, mas que para 2020 e 2024 estamos no caminho.

Sempre existe a depressão olímpica no ano pós-Jogos em que o país sedia. Vimos isso com a Grécia em 2005 e com a Austrália em 2001, em que tudo foi feito para o ano anterior .Fechou-se um ciclo e as coisas pararam de ser feitas. Ou diminuíram o ritmo. O que tem acontecido é, o país atinge o ápice quando sedia o evento e depois cai um pouco no quadro de medalhas. Coreia do Sul,Espanha e Grécia tiveram suas melhores Olimpíadas quando foram anfitriões, mas nunca mais chegaram perto das posições obtidas.

Pode ser um pensamento muito otimista, mas consigo ver um lado bom nesse atraso com jeitinho brasileiro. Se as coisas estão sendo feitas lentamente, é capaz que em 2020 a gente chegue ao resultado que queremos em 2016. Dessa forma, não passaríamos pela famosa depressão olímpica que os países anfitriões passam depois de sediarem a festa do esporte mundial.

As pessoas acham que uma criança de 11, 12 anos, que nunca praticou o esporte pode, aos 17 ou 18 anos, ser campeão olímpico. Não é assim. Esse atleta só atingirá seu auge, NA TEORIA, com 22 ou 23 anos, que seria em 2020 e não em 2016. A China começou em 98 seu trabalho para 2008. Suponhamos que o trabalho do Brasil tenha começado a ser feito no dia da vitória do Rio para 2016, em 2009. O resultado só poderá ser visto em 2020.

O que não pode acontecer, mas é que bem possível que aconteça, são os investimentos pararem de vir depois de 2016. O ano de 2017 será um ano decisivo para o futuro do esporte olímpico no Brasil. Porém, os investimentos, por mais que uns não acreditem, são a longo prazo. Se você para de investir em 2017, o resultado disso não virá em 2020 necessariamente, e sim em 2024.

Não é uma justificativa. É claro que o investimento teria de ser feito todo para 2016. Mas em muitas modalidades, por mais que ainda não se acredite nisso, o investimento está sendo feito para 2020.

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2 comentários:

  1. Eu acho que e o fato de o brasil ser um país ser muito grande , temos algumas pessoas que fazem muito pelo esporte , por tudo que o esporte representa.
    Jeito temos muito , só ver que muitas vezes tiramos sangue de pedra
    Mas não temos mentalidade esportiva como país
    Um dos passos pra esse país ser potência esportiva
    e deixa de só se pensar na merda do futebol e dar valor para todos outros esportes
    e outro esporte e educação lado a lado
    assim se revela atletas diferenciados de verdade não exceções como são atualmente

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  2. acho que em 2016 vamos colher muitos frutos,alias já estamos colhendo vide o caso do judo,natação o brasil já pode ser considerado potencia nestas modalidades claro que ainda falta investimentos mas aos poucos vamos chegando

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