Maurren confirmou a boa fase. Depois de 6m87, feitos há duas semanas no Qatar, ela marcou 6m89 para ganhar a medalha de ouro e protagonizar a segunda melhor marca do mundo no ano. Melhor, Maurren mostrou sua regularidade, saltando outras três vezes acima de 6m80, sempre com 6m84.
A torcida, cerca de 3 mil pessoas, gritava a cada marca da campeã olímpica, que ficou muito feliz com o resultado, mas ainda acredita que pode chegar aos 7m, feito quase conseguido em Doha, quando queimou um salto por muito pouco que parecia ter passado dos 7m.
Quem também foi muito bem foi o revezamento 4x100m rasos feminino. Com um time quase titular, formado por Ana Claudia, Franciela, Rosemar e Vanda Gomes, a equipe comemorou muito a marca de 43s21, terceiro melhor país do mundo no ano, atrás somente dos EUA e da Jamaica
A equipe brasileira venceu a prova com tranquilidade, mas o resultado do tempo oficial demorou a sair. Eu estava ao lado do quarteto na hora que o sistema de som anunciou a marca e as quatro vibraram muito pois sabem que, com esse tempo, o time brigará pelo ouro no Pan e por medalha no mundial.
O 4x100m rasos masculino também foi ouro, com um tempo bom, 38s77. Na passagem do primeiro homem, Ailson Feitosa, para o segundo, Sandro Vianna, uma falha que custou quase meio segundo, segundo o próprio Sandro: " Ailson foi atraído pelo centro de gravidade e quando eu comecei a correr bati com o calcanhar nele. Tanto que a canela dele está sangrando".
Além dos dois, o time foi formado por Basílio Emídio e Nilson André.
Os quatro titulares são os quatro que tem melhores tempos no ano para o Brasil. Por isso, a ausência de Vicente Lenílson, que há 10 anos abre o revezamento brasileiro, e que estava na equipe B pois tem a sexta marca brasileiro do ano. Acredito que, com ele abrindo o revezamento, a seleção pode correr próximo aos 37s e brigar por uma medalha no mundial.
A gente não tinha corrido nenhuma vez junto nesse ano, a primeira vez foi semana passada no meeting. A gente não fez camping nem nada, então a tendência é melhorar bastante até o fim do ano"- resumiu Sandro.
Além dos bons resultados nos revezamentos, Ana Claudia e Nilson André fizeram bonito nos 100m. Nilson foi medalha de bronze com o tempo de 10s18, o melhor de sua carreira. Ele passou por uma lesão no início do ano e ainda não tinha encaixado uma boa prova em 2011. Nilson estava eufórico com sua marca, comemorou muito e dizia várias vezes que ainda se recupera de lesão. Uma boa arma para o revezamento brasileiro.
No feminino, Ana Claudia correu em 11s27 e, mesmo sem medalha, ficou feliz com o tempo: "O objetivo é correr sempre na casa dos 11s20 para, até o fim do ano, conseguir baixar de novo o recorde sul-americano" disse.
Outros dois revezamentos, 4x400m masculino e feminino, conquistaram medalhas de ouro e até melhoraram os tempos da última semana. O feminino fez 3m30s59 e o masculino 3m06s64. Convesei com Sanderlei Parrela, vice campeão mundial em 99, que começou o trabalho com os revezamentos 4x400m há duas semanas: "Eu quero muito continuar, vamos ver se dá certo"- disse, empolgado com a possibilidade de assumiu 0 lugar de Luiz Alberto, técnico que dirigiu esses revezamentos até ano passado.
O feminino já tem índice para o Pan mas ainda não para o mundial, enquanto o masculino nem índice para o Pan fez ainda. " A gente vai se juntar para correr mais algumas vezes para fazer esse índice"- disse Anderson Freitas, 3º colocado nos 400m na prova individual, vencida por Kleberson Davide, especialista nos 800m.
Nos 400m feminino, Jailma Salles foi a melhor brasileira, na terceira posição, com a marca de 51s66. Destaque também para Joelma, que com 52s23 fez novamente a melhor marca da carreira, terminando em quinto
Nas demais provas, destaque para o jovem Guilherme Cobbo, que terminou o salto em altura com a medalha de bronze e a marca de 2m18.
Muito boa também a marca de Keila Costa, com 6m67 para conquistar o bronze no salto em distância, conquistando assim o índice para o mundial. Keila foi finalista nos dois últimos mundiais e da última Olimpíada.
No salto com vara, Fabio Gomes não conseguiu passar dos 5m45 e ficou sem marca. Tiago Braz não conseguiu melhorar os 5m30 feitos no último meeting e, com 5m00, ficou em sétimo. O melhor brasileiro foi Augusto Oliveira, também com 5m00
No salto triplo, Keila Costa ficou em quinto com 13m98 e Giselle foi sexta com 13m81, marcas não muito boas para duas atletas que foram finalistas em mundiais desta prova.
No lançamento de martelo, brasileiros longe das melhores marcas. Wagner Domingos, o "Montanha", ficou em quinto, abaixo dos 70m, enquanto no feminino Josiane Soares ficou em nono, abaixo dos 60m.
No dardo masculino, melhor resultado para Rogério Oliveira, em quinto, com 70m09. Julio Cesar Miranda, campeão mundial sub17 em 2003, e que tem a melhor marca para o Brasil em 2011, com 80m05, feito no último domingo num torneio da Federação Paulista, sentiu uma lesão que o tirou da competição logo no início. "Não é nada sério, mas depois do primeiro lançamento resolvi sair da prova" disse Julio depois da prova.
O GP de São Paulo foi o quarto da série de cinco meetings internacionais que acontecem no Brasil. Agora, só falta o GP Rio, na próxima quinta-feira. Em São Paulo, ótimos resultados.
Para resumir, Maurren fez a melhor marca do ano, o revezamento masculino e o feminino fizeram a terceira marca do mundo no ano. Ambos, atrás somente de Jamaica e EUA.
No Rio, quinta-feira, tem mais. E a equipe está quase definida para o sul-americano de Buenos Aires, que acontece no início de junho, em Buenos Aires. Lá, o Brasil quer mantes a hegemonia no continente.
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Alguma Notícia do Jesse do Salto em Altura nunca mais notícia dele
ResponderExcluirInfelmente, não tenho notícias. Até ano passado, estava lesionado. Vou tentar entrar em contato com ele...
ResponderExcluirvaleu!
Abraços!!