Na última semana, tivemos a quinta etapa da Copa do Mundo de vela, em Medemblik, na Holanda. O Brasil conquistou três medalhas e participou de um total de sete Regatas da Medalha, que reune somente os 10 melhores colocados e vale pontuação dobrada.
Em alguns casos, os brasileiros mostraram muita evolução mas em outros os resultados foram bons, mas não contra os melhores do mundo.
Um exemplo positivo foi na classe Star. Robert Scheidt/Bruno Prada conquistaram o ouro com uma campanha muito boa, com três vitórias em oito regatas. O melhor foi a regularidade, terminando todas as regatas entre os cinco primeiros.
Os adversários? Os melhores possíveis, os campeões olímpicos, os britânicos Andrew Simpson eIan Percy, que estavam em segundo até a última regata, quando foram desclassificados e caíram para quinto. Também estavam na regata os poloneses, quarto colocado em Pequim 2008, e, claro, Torben Grael e Marcelo Ferreira, que bicampeões olímpicos, que terminaram em sétimo em Medemblk.
A medalha de prata na laser, com Bruno Fontes, veio para premiar alguém que há dois anos sempre está entre os melhores, mas cai no fim. Desta vez, campanha regular, com apenas uma regata fora dos 10 primeiros. Terminou atrás apenas de Tom Slingsby, campeão mundial. Ficou a frente do rival continental, o argentino Julio Algosaray, quarto no último mundial.
A prata de Bruno foi boa, claro, mas vale lembrar que nenhum atleta que subiu ao pódio em Pequim esteve na competição e apenas dois dos cinco primeiros no mundial estiveram na Holanda.
Na classe 470, duas duplas brasileiras entre as quatro primeiras. Martine Grael e Isabel Swan com o bronze e Ana Luiza e Fernanda Oliveira em quarto. A medalha para as brasileiras foi importante, a primeira do Brasil na classe desde o bronze em Pequim com as separadas Isabel Swan e Fernanda Oliveira.
Porém, vale lembrar que nenhuma das duplas que ficaram entre as 10 primeiras colocadas em Pequim 2008 disputaram a Copa em Medemblik. As duas únicas atletas top 10 em Pequim que estiveram na Holanda foram Isabel e Fernanda.
As campeãs mundiais, as holandesas Lisa Westerhof e Lobke Berkhout, venceram a etapa da Holanda, que até chegou a ser liderada pelas duas duplas brasileiras. Porém, apenas as holandesas, as japonesas Tabato e Kondo, que ficaram com a prata e as brasileiras Martine e Isabel ficaram no top 8 do Mundial do ano passado.
Além das três medalhas, o Brasil esteve bem na classe RS:X. Ricardo "Bimba" ficou na quinta posição e Patricia Freitas foi a oitava. Na classe 49er, Marco Grael e André Fonseca ficaram a um passo da Regata da Medalha, em 11º.
Em resumo, as medalhas e os resultados foram importantes. Claro, muito importantes. Subir ao pódio numa competição que reuniu parte da elite mundial é muito bom. Mas não podemos nos iludir e achar que o resultado deverá ser repetido no mundial da Austrália, no fim do ano. Há chances de medalha, claro que há, mas não são esses resultados que os tornaram favoritos ao pódio. São candidatos a medalha, mas não favoritos.
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Desculpe mas Robert Scheidt/Bruno Prada são favoritos a competição
ResponderExcluirqualquer do mundo
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