quinta-feira, 10 de março de 2011

Pólo Aquático

O Pólo Aquático é, há alguns anos, o "primo pobre" dos esportes aquáticos. Fora da Olimpíada desde 1984, a modalidade é a mais esquecida dentro da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos, que gere, no Brasil, a natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, Maratonas Aquáticas e, claro, o pólo aquático.

Cansados deste descaso, os clubes se uniram e estão prestes a criar a Associação Brasileira de Pólo Aquático. A reunião, segundo nota oficial, acontece no Pinheiros nesta sexta-feira. Segundo informações do blog http://potoff.blogspot.com/, o Flamengo não confirmou presença nesta reunião oficialmente, mas no estatuto da associação, que será discutido, o nome do Flamengo está lá .Lembrando que o Clube é um dos principais do pólo brasileiro.
O Pinheiros, que será sede da reunião de amanhã, não confirmou presença oficialmente, foi citado numa nota da CBDA como parceiro da entidade. Mas a reunião é no próprio Pinheiros. Estranho.

Luiz Eduardo Pinheiro, um dos idealizadores da Associação se pronunciou ao blog touca 14: " Ja há algum tempo que os atletas e dirigentes dos clubes praticantes do Polo Aquático tem mostrado descontentamento com a forma que a CBDA tem tratado o esporte, com campeonatos curtos, sem exposição na mídia e com organização sofrivel."
Luiz usou o basquete como exemplo: " O mesmo modelo do basquete seria o exemplo a ser seguido ou seja a Associação seria um meio de aliviar a CBDA deste trabalho, com a gestão de pessoas experientes ligadas ao Polo Aquático e advindas dos clubes participantes de todo o Brasil."
Ele sabe que é impossível que a FINA e/ ou o COB reconheça. Nenhuma entidade do mundo de pólo aquático é reconhecida pela FINA, que gere os cinco esportes aquáticos. "Está claro que no conceito desta nova entidade, de que a CBDA é o órgão máximo e principalmente a reconhecida pelo COB e pela FINA, sendo que a ela cabe a gestão de seleções e preparação de atletas para os eventos internacionais."

O coordenador do pólo aquático da CBDA, Ricardo Cabral, se pronunciou: "Acho que está na hora dos clubes e demais envolvidos diretos no polo aquático, dividirem com a CBDA responsabilidades em relação a modalidade.A CBDA, segundo o seu Presidente, não se oporá em dar a chancela para realização de eventos nacionais. Entretanto, para eventos internacionais, essa associação não terá poder legal junto à FINA e outros Orgãos Esportivos Internacionais.Se assumirem alguns eventos nacionais, teremos até mais verba para investir em seleções".

Em nota oficial, a CBDA deixou claro que não reconhece a Associação. Na mesma nota, a presidência deixou claro que dois dos principais clubes do pólo brasileiro, Pinheiros e Flamengo, desconhecem a Associação. Confirmou uma assembleia com todas as federações para o dia 16 de março. Mas terminou a nota com: "A Confederação volta a dizer que está aberta ao diálogo desde que dentro das leis esportivas vigentes no país."

E na nota é dito que a CBDA considera a Associação é iniciativa ilegal e sem propósito. Ao analisar o Estatuto qualquer pessoa compreenderá que em termos legais e jurídicos a Associação não é ilegal, quanto a ser sem propósito, isto é, apenas um juízo de valor da CBDA, portanto a criação da ABPA é legal.

Tentei resumir aqui o momento político que vive o Pólo Aquático brasileiro. É um momento importante. Não precisa nem dizer que a Olimpíada de 2016 está aí. E a CBDA realmente não dá a mínima bola ao pólo aquático. Claro que se tem alguns investimentos, a criação da Liga masculina, esse ano o time masculino vai para a Liga Mundial, as duas seleções vão ao Campeonato Mundial.

Porém, é muito pouco. Nem as instalações são dadas ao pólo. O Maria Lenk, por exemplo, foi dado ao nado sincronizado.

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