Retrospectiva 2010- Taekwondo

Esperamos que 2011 seja o ano do renascimento político do taekwondo, de presidente novo. Estranho falar mas pela primeira vez a modalidade terá um brasileiro como presidente.
Dentro dos tatames, o Brasil já conseguiu excelentes resultados, mas 2010 foi um ano sem grandes competições.
Ano de contusão
Nossa melhor atleta da atualidade, Natalia Falavigna, bronze em Pequim 2008 e no mundial de 2009 passou um 2010 inteiro machucada. 2010 é um ano sem mundial e que ela não competiu desde janeiro, quando se machucou durante a seletiva olímpica. Agora, já recuperada, terá um 2011 com dois grandes desafios: O Mundial e os Jogos Pan-Americanos
Pan-Americano esvaziado
Um Campeonato Pan-Americano sem a presença das potências Cuba e Estados Unidos, mas mesmo assim forte, com a campeã olímpica Maria Espinoza, do México, confirmando o favoritismo. O Brasil fechou na terceira posição, atrás do México e do Canadá. Marcio Wenceslau, Katia Arakaki e Rafaela Araujo ficaram com o ouro. Se contarmos só as categorias olimpicas, o Brasil conquistou dois ouros e duas pratas.
Jogos Sul-Americanos
O Brasil terminou os Jogos como primeiro colocado da modalidade.Foram sete medalhas de ouro e um total de 15 pódios em Medellin. Os homens ganharam quatro ouros, além de tres pratas e um bronze. As mulheres, três ouros duas pratas e dois bronzes. Na categoria até 68kg, um clássico na final. Diogo Silva e o peruano Peter Lopez. No Pan do Rio, Diogo se deu melhor. No pré olímpico para Pequim,Peter foi melhor. Em Medellin, melhor novamente para o peruano.
Henrique Moura, André Bila, Douglas Marcelino e Leonardo Santos foram campeões no masculino.No feminino, Fernanda Silva, Raphaella Pereira e Marianne Hormann.
Equipe Olímpica para 2011
Poucas foram as novidades na seleção permanente para o ano que vem. A atleta olímpica Debora Nunes, que ficou muito perto da semifinal olímpica em 2008, será a titular da categoria até 67kg. Até 57kg, Josiane Lima é a titular e até 49kg, Fernanda Mattos. A última, foi campeã sul-americana em Medellin.
Entre as categorias não olímpicas, também não tivemos novidades. Katia, na categoria até 46kg, e Heloraynne Paiva, acima de 73kg, que já demonstraram muito talento em mundiais individual e por equipes, estão no time principal. Shaiane Costa, Aparecida Santana e Aline Vieira, na categoria de Natalia, completam a equipe feminina.
Entre os homens, os de sempre estão lá. Diogo Silva, até 68kg, Marcel Wenceslau até 53kg, Marcio Wenceslau até 58kg, Douglas Marcelino até 87kg e Leonardo Santos acima de 87kg.
A principal surpresa foi a vitória do gaucho João Pedro Chaves sobre o campeão sul-americano André Bila na categoria até 80kg. Michel Silva, até 54kg, e Henrique Pedroso até 74kg completam a equipe.
Bruno é o principal nome da base
Resultados ruins nos campeonatos de base que ocorreram nessa semana. No pré olímpico mundial para os Jogos da Juventude, poucas vitórias dos atletas brasileiros e nenhuma vaga direta, apenas Bruno Rocha, sétimo colocado, que é o primeiro reserva. Bruno também foi bem no mundial junior, dias depois, vencendo duas lutas e caindo também nas quartas.
Briga política
Presidentes e representantes das federações brasileiras de taekwondo votaram pela destituição do presidente da Confederação Brasileira de Taekwondô (CBTKD) Jung Roul Kim durante assembleia realizada nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. O sul-coreano, que ocupava o cargo há um ano e meio, foi acusado de 15 irregularidades, entre elas falta de balancete semestral, falsidade ideológica e má gestão. Kim não compareceu à assembleia, mas foi representado pelo advogado Afonso Abreu.
O dirigente e outros dois diretores da entidade já tinham sido afastados em setembro deste ano por suspeita de fraude e irregularidades. Na época, foram apresentados documentos, duplicatas e recibos que mostravam um superfaturamento, e todas as questões seriam apuradas por uma auditoria. Kim teria 90 dias para armar sua defesa e apresentá-la em uma nova assembleia, porém, todos os documentos reunidos pareciam suficientes para comprovar as irregularidades.
Agora, quem assume automaticamente o cargo é o vice-presidente Carlos Fernandes. Esta é a primeira vez que um brasileiro assume a presidência da confederação, antes sempre comandada por sul-coreanos.

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