Basquete

Fui hoje a homenagem feita pela CBB aos medalhistas olímpicos de 1960. Naquela ocasião, o Brasil, que já era campeão mundial, ficou com o bronze, repetindo o feito da equipe de 1948. Na equipe estavam Amaury Pasos, Antonio Sucar, "Mosquito", Carmo de Souza "Rosa Branca", Edson Bispo, "Fernando Brobró", Jatyr , Moysés , Blatskauskas, Boccardo, Wlamir Marques e "Algodão", além do técnico "Kanela" e o auxiliar Renato Cunha.

Gostei de ver a vivacidade dos que estavam lá. Fizeram ótimos discurssos, longe daqueles 'bla bla" de agradecimento a confederação. Cobraram, pediram mais apoio não para eles e sim para o basquete. Edson Bispo falou tudo: " Não somos egoistas, queremos que as novas gerações brilhem".

O discurso de Wlamir foi o mais longo e mais emocionante. "Éramos doze, estamos em oito. Estamos morrendo" disse, emocionado. "Cinquenta anos para uma homenagem é muito tempo".

Wlamir continuou. "Tem muita coisa ruim no basquete brasileiro. A CBB não prestou homenagem aos 50 anos do título mundial, em 2009. Fomos recebidos pelo ministro e pelo presidente. Houve promessas que iria haver reconhecimento, mas até hoje nada.

Amaury fez seu discursso baseado na formação de base. Em tom de indignação, agradeceu aos patrocinadores mas disse: "Vocês patrocinadores. Que patrocinem o esporte nas escolas públicas".

Bocardy falou dos clubes. Disse que é um absurdo as principais escolinhas do país, que são as nos clubes, não aceitar crianças pobres. Pobre não pode entrar nas escolinhas do Pinheiros, do Flamengo. Para entrar precisa ter dinheiro. A escolinha tem quer a própria escola".

Emocionante ver e poder conversar com esses medalhistas olímpicos. Mais emocionante ainda ver a vontade que eles ainda tem em mudar o esporte brasileiro.

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