terça-feira, 26 de outubro de 2010

Judô nacional

O judô é, depois do vôlei, o esporte que tem mais renovação de talentos no Brasil, que conquista atualmente os melhores resultados, que tem uma melhor estrutura, apoio da mídia etc etc. Na última Olimpíada foi o esporte que mais subiu ao pódio, três vezes. Na história, é o segundo maior medalhista, atrás apenas da vela.

Se no aduto, o sucesso do judô masculino é absoluto, tanto que no mundial de setembro foi o segundo país que mais venceu lutas-25, nas categorias de base, os homens não vêm conquistando bons resultados. O país, que já viu Thiago Camilo,Leandro Guilheiro e João Derly campeões mundiais até 20 anos, não vê um campeão nessa categoria há tempos e, nos últimos dois mundiais, sequer teve um atleta no pódio.

A importância desse mundial sub-20 é gigante. Tanto que a maioria dos grandes atletas do mundo passaram por esse "vestibular" e foram campeões. Dos sete campeões mundiais adultos deste ano, cinco já tinham conquistado o mundial sub-20 ao menos uma vez na carreira. Os medalistas olímpicos em 2008 do Brasil, como já citado no texto, foram campeões mundiais da categoria.

E não só os títulos estão faltando. As medalhas também. No mundial de 2010 e 2009 e 2006 nenhum atleta no masculino subiu ao pódio. No mundial de 2008, o Brasil conquistou uma medalha de bronze. Um único bronze, com Victor Penalber que, posteriormente, foi pego no exame antidoping.

No mundial de Marrocos, que terminou na última semana, os oito brasileiros venceram apenas oito lutas, uma média de apenas uma vitória por judoca. O melhor resultado foi um quinto lugar, no último dia, de Daniel Souza na categoria acima de 100kg.

Claro que para os Jogos de Londres ou mesmo para o ciclo olímpico que se acaba em 2016 não teremos problemas. Nossos judocas "seniors" são espetaculares, temos três ou quatro categorias em que dois atletas estão entre os melhores do mundo e as medalhas não vão acabar nos próximos anos. Mas é bom abrir os olhos para o futuro.


SUCESSO DO FEMININO
Paralelo aos poucos resultados na base masculina, temos os brilhantes feitos do time feminino que, desde o mundial junior de 2006 tràs, ao menos, três medalhas em cada edição do evento. Além disso, na primeira edição do mundial sub-17, em 2009, as meninas ganharam um ouro e dois bronzes, contra duas pratas dos homens.

O mundial sub-20 em Marrocos foi muito bom para as brasileiras. Sem Rafaela Silva, que era uma das favoritas ao título na categoria até 57kg, mas foi vetada da seleção por uma confusão com a Confederação, já resolvida, o Brasil tinha sete mulheres e conquistou quatro medalhas.
Nossas judocas perderam apenas uma luta para judocas não japonesas, o que coloca nosso país como a segunda maior potência do mundo nessa geração.

O futuro que nos espere. No mundial de 2006 foram três bronzes, no mundial de 2008 dois ouros, uma prata e um bronze. No ano seguinte, um ouro e dois bronzes e, neste ano, 1 ouros, 2 pratas e um bronze. E duas outras atletas, Nadia Merli e Fernanda Peinado, só não foram longe pois pegaram as japonesas logo na primeira rodada.

Temos a melhor judoca até 20 anos do mundo, Mayra Aguiar, única a conquistar quatro medalhas em mundiais da categoria e, esse ano,foi prata no mundial adulto. Temos também Sarah Menezes, bicampeã mundial sub-20, 2008 e 2009, que em 2010 conquistou o bronze no mundial adulto.

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