O Brasil terminou o ibero-americano de atletismo na terceira posição no quadro de medalhas de ouro, atrás de Espanha, donos da casa, e dos cubanos. Com isso, a seleção não conseguiu repetir os títulos de 2008,2006,2002,2000, 94 e 90.
O nível do campeonato ibero-americano foi mais forte do que das últimas edições, o que é um dos porquês do Brasil não ter conseguido o título, e ter ficado bem longe dele. Em 2008, foram 14 ouros, em 2010 apenas metade desse número. Porém, em 2008 foram apenas seis recordes de campeonato, enquanto esse ano tivemos a quebra de 14 marcas.
O Brasil teve como principal destaque Fabiana Murrer, que conquistou o ouro no salto com vara com a marca de 4m85, recorde sul-americano, ibero-americano e melhor da temporada. O salto com 18 passadas ao invés de 16 parece estar surtindo efeito.
Quem também esteve muito bem é Nilson André. O melhor velocista da atualidade do Brasil venceu os 100m com 10s24 e os 200m com 20s94.
Além de Fabiana, tivemos um outro recorde brasileiro. A campeã pan-americana dos 1500m, Juliana Gomez ficou em segundo na prova com a marca de 4min07s30, quebrando uma marca que durava 22 anos. Era a marca mais antiga dentre as provas olímpicas.
No decatlo, Carlos Chinin acabou não disputando, mas o que se viu foi um ótimo resultado e o ouro de Luiz Alberto dos Santos, com 7816 pontos, seu recorde pessoal.
Ana Claudia Lemos levou dois ouros, nos 100m e no revezamento 4x100m. Nos 100m, ela correu em 11s38s, ainda acima de seu recorde brasileiro e sul-americano. No revezamento, o time formado por Vanda Gomes, Thaíssa Presti e Bárbara Leôncio e Ana Claudia venceu com 43s97, exatamente 1s acima do recorde sul-americano que pertence a elas.
O Ibero-Americano tem um nível bom em algumas provas, mas nível baixíssimo em outras. Por exemplo, o salto em distância "deu" bronze com Eliane Martins com 6m17. 6m17 é uma marca muito pouco expressiva em termos internacionais. No masculino, marcas de 7m68 e 7m60 deram pódio, também pouco expressivas.
Jadel Gregório não consegue voltar a ter a regularidade que sempre lhe foi característica. Não passa dos 17m há mais de um ano. No torneio, ficou com o bronze com 16m82. Outra estrela brasileira medalhou. Marilson Gomez, duas vezes campeão da maratona de Nova York, ficou com a prata nos 5000m com 13min34s, melhor tempo brasileiro no ano.
Elisângela Adriano segue sua saga de medalhas. Aos 37 anos foi bronze no disco com a marca de 58m86, sua melhor na temporada.
O Brasil não vai bem no revezamento 4x100m masculino, tradicionalmente a melhor prova do país. O time foi desqualificado da final. Nos revezamento 4x400m, tempos mais de 5s acima dos recordes nacionais, mas as melhores marcas da temporada. O time masculino foi prata com 3min05s43 e o feminino bronze. Nas provas individuais dos 400m, Eduardo Vasconcellos foi quarto e Jailma foi bronze, mais uma vez abaixo dos 53s.
O Brasil precisa é de renovação nas estrelas. As esperanças são sempre as mesmas: Fabiana Murrer, Jadel Gregório, Marilson Gomez. Isso porque Keila Costa não disputou a competição, participou da Diamant League em Oslo, e Maurrem segue ausente dos torneios. Algumas caras novas em resultados mas não tão novas em idade surgiram esse ano, como Nilson André nas provas de velocidade. Mas muito pouco ainda.
O atletismo tem brilhantes nomes, mas precisa de renovação
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