domingo, 27 de junho de 2010

Handebol

O Brasil perdeu o Campeonato Pan-Americano de handebol masculino para a Argentina, na prorrogação, por 27 a 26. O campeonato foi disputado no Chile, que por sinal ficou com a terceira posição e tirando a vaga de Cuba, decadente desde o fim dos anos 1990.

Brasil e Argentina tem uma baita rivalidade no handebol masculino. As vitórias mais importantes do Brasil vieram nos Jogos Pan-Americanos de 2003, na prorrogação, e em 2007, que acabou em pancadaria. Nas duas ocasiões, o Brasil conquistou vaga nos Jogos Olímpicos. O Brasil ainda venceu o Campeonato Pan-Americano de 2006 e 2008 e os Jogos Sul-Americanos de Medellin 2010. Nesse meio tempo, perdemos um jogo importante, válido pela primeira fase do mundial de 2007, por 22 a 20. Ontem, outra derrota na final do Pan, na prorrogação.

O time argentino está crescendo muito. Eles tem uma nova geração muito boa surgindo, inclusive que vem vencendo o Brasil nas categorias de base nos campeonatos continentais. O time juvenil deles ficou na quarta posição no mundial da categoria ano passado. O Brasil não fez feio, mas ficou um pouco abaixo, em oitavo.

Para mim, a principal diferença entre Brasil e Argentina é a atenção que a mídia dá para o esporte. O Pan-Americano foi disputado no Chile e, a única forma que consegui acompanhar a partida na noite de ontem foi via rádio, pela internet. Uma rádio argentina transmitiu a partida. Pelo que parecia, estava in loco. Se não estava in loco, estava vendo pela TV, o que mostra que ao menos a TV passava o jogo.

A empolgação do narrador e do comentarista era contagiante. Vibrando a cada gol da Argentina como se fosse Copa do Mundo. Eram dois entendidos do assunto. Narrador exemplar. Não se metia a falar muito de handebol, mas não usava o "Futebolês". Não usava palavras como "Zagueiros" como já ouvi por aqui.

O jogo, pelo rádio, foi emocionante. O Brasil chegou a abrir sete gols de frente no segundo tempo, mas deixou levar o empate. Na prorrogação, o Brasil esteve sempre um ou dois gols atrás. Buscou o empate mas levou um gol faltando menos de um minuto. Ainda tentou levar para a segunda prorrogação, mas não conseguiu.

Quando Zeba, um dos melhores da partida, não conseguiu marcar gol no último segundo numa cobrança de 9 metros, o comentarista argentino foi ao delírio: " É um dia histórico, um dia histórico. Vimos um momento histórico do handebol nacional".

E aqui, nem jornal, poucos portais. TV e rádio nem pensar.
E foi um dia histórico


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