terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Retrospectiva de 2009- Badminton

O badminton teve um ano de renovação no masculino e de poucos resultados importantes no feminino. Os atletas que estão há anos na seleção, como Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka, Lucas Araujo e Paulo Scala não estão mais nas primeiras posições do ranking nacional, dando lugar a nomes como Daniel Paiola, Thomas Moretti e Hugo Arthuso. Já o feminino vive de duas atletas que estão em um nível acima de todas as outras, mas ainda assim de pouca expressão em nível sul-americano.

O principal fato do ano é a volta de um brasileiro ao grupo dos 100 melhores do mundo. Daniel Paiola já começara sua arrancada no ranking no fim de 2008, com títulos na África do Sul, mas teve um 2009 mehor ainda, que fez ele terminar o ano em 87º lugar. Ele venceu o torneio da Colombia, foi vice no Suriname, caiu na semifinal na Guatemala e disputou um total de 15 torneios esse ano, viajando pelas Américas e disputou três torneios na Europa. Quando ele enfrenta os atletas europeus ou asiáticos acaba sucumbindo, como aconteceu na Espanha e na França, em que não conseguiu vencer partidas. Atualmente, está morando em Portugal e disputa bem alguns torneios por lá.

Já o feminino não está no mesmo ritmo. Duas atletas, Paula Beatriz Pereira e Fabiana Silva, estão muito acima das restantes das jogadoras e dominaram os campeonatos nacionais, se alternando nos títulos. O PrOJETO Social do Sebastião, no Rio, costuma revelar atletas, mas lá, assim como no Brasil inteiro, estamos passando por uma entressafa.

Um exemplo disso aconteceu no ranking mundial, em que poucas meninas do Brasil disputam torneios pelo mundo. Fabiana Silva jogou o campeonato pan-americano nesse ano e o Torneio Internacional de São Paulo, caindo nas oitavas no torneio continental e na primeira rodada no Torneio brasileiro. Ela encerrou o ano em 316º. Aliás, no torneio brasileiro não tivemos nenhuma entre as oito melhores, assim como aconteceu no Campeonato Pan-americano.

No Campeonato Pan-americano, por sinal, a equipe do Brasil, formada por dois homens e duas mulheres, ficou na quarta posição, Brasil e México fizeram a disputa pelo terceiro lugar e mais uma vez a equipe brasileira mostrou muita garra. Além de ter que enfrentar os atletas em quadra, nossos jogadores também enfrentaram uma grande torcida que apoiava a todo instante os atletas da casa. Porém, no final vitória do México por 3 a 1.
Nos torneios individuais, entretanto, pouca festa para o Brasil. Paiola foi o melhor brasileiro, chegando as quartas-de-final. De resto, nenhuma medalha nem nos simples, nem nas duplas nem nas duplas mistas.

No Pan-americano juvenil, o Brasil teve alguns motivos para comemorar. Thomas Moretti se tornou bi campeão continental da categoria até 19 anos e se credenciou para o Mundial da categoria. Ele fez um bom papel, caiu na segunda rodada, mas ficou entre os 64 melhores do mundo.

Ainda na base, no campeonato sul-americano juvenil, o Brasil acabou com a medalha de prata por equipes na competição disputada na Colombia. O time acabou perdendo a final para os favoritos peruanos por 5x0. O Brasil terminou a competição com trÊs ouros. Leonardo Alkimin e Lucas Alves venceram as duplas sub-17, Luiz Enrique Dos Santos e Renata Carvalho venceram as duplas mistas sub-19, Leonardo Alkimil e Ana Paula Campos venceram as duplas mistas sub-15.

O que esperar para 2010 é que nossos atletas no masculino disputem não só os torneios espalhados pelas Américas, mas que consigam entrar em torneios na Europa, vencer e enfrentar adversários mais complexos. A expectativa também é que nossa equipe consiga uma medalha no pan-americano adulto, vencendo o México que atualmente é a terceira potência do continente, atrás de Canadá e Peru. No feminino, precisamos de novos nomes.

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Um comentário:

  1. Guilherme, você me pediu uma opinião sobre o badminton em 2009, então seguem abaixo alguns comentários.

    Acho que foi um bom ano, apesar de não termos ainda grandes novidades. Tivemos um bom desenvolvimento do Daniel Paiola, que assim se torna nossa principal esperança para tentar se classificar para Londres 2012, o que seria a primeira participação brasileira em Jogos Olímpicos. Vamos ver como ele estará nesses próximos 2 anos.

    Tivemos a confirmação do crescimento técnico em nossas categorias de base. Conquistamos novamente várias medalhas nos Campeonatos Pan-americano e Sul-americano Júnior, além da participação do Thomas Moretti no Mundial Júnior.

    Apesar de não termos novos destaques na categoria adulta (Aberta ou Principal), principalmente no feminino, pelos resultados dos jovens podemos acreditar em uma ótima geração adulta para daqui a 5 a 10 anos. Ou seja, podemos ter atletas de ótimo nível nos Jogos de 2016, aqui no Rio de Janeiro. Não para ganhar medalhas, mas para fazer um bom papel, o que ainda não conseguimos hoje em termos mundiais.

    A escolha do Rio de Janeiro para cidade sede também começa a dar frutos. Vários municípios e alguns governos estaduais já começaram a procurar federações e confederação para implantar projetos de badminton. Todos querem ter atletas nos Jogos aqui em casa. Espero que este seja o primeiro passo para a massificação, que é a grande dificuldade do badminton e também da maioria dos esportes olímpicos.

    O badminton tem uma série de vantagens como poder reunir mais crianças em um mesmo espaço, não ter contato físico, trabalhar o corpo de uma maneira geral (muitas valências físicas), poder trabalhar a iniciação esportiva, queimar muita energia, ter um custo relativamente baixo. Isso acabou atraindo o interesse de secretarias de esporte e de educação. Espero que em 2010 esses projetos se desenvolvam pra valer.

    Abraços,

    Ricardo Nagato
    http://blogminton.blogspot.com

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