sábado, 7 de novembro de 2009

Copa do Mundo de natação

Eu tenho um sentimento meio paradoxo quando o assunto é Copa do Mundo de natação em piscina curta. Esse evento muda a cada ano, troca de cidades, diminui etapas, aumenta etapas, força federações a levar atletas e não convence a ninguém nunca.

A Copa do Mundo de Natação nasceu na década de 90. A FINA quis extender o sucesso que estava sendo a competição de Berlim, até hoje considerada a mais atrativa e rentável competição do calendário de curta de toda a temporada. Foi o início das competições em piscina curta inclusive com a instituição do Campeonato Mundial de Curta além do reconhecimento dos recordes mundiais em piscina de 25 metros.

Desde então, já tivemos Copa do Mundo com 11 etapas, depois nove, oito, sete e esse ano apenas cinco. Já tivemos contagem de pontos por índice técnico, depois acúmulo de pontos, voltamos para o índice técnico.

Já tivemos programação diferenciada por etapa, cada um fazendo o seu, mas agora temos o mesmo programa para todo o circuito. Já tivemos a Copa do Mundo abrindo com o Brasil, fechando com o Brasil, com o Brasil no meio e voltamos para o Brasil abrindo. Já tivemos Copa do Mundo no Rio, no Grande Rio e agora não temos etapa do Brasil.

É um evento que trás atração da mídia para a natação. Alguns recordes mundiais caem, brasileiros medalham e aparecem na mídia, uma ou outra etapa trás grandes atletas. Mas mesmo assim não convence ninguém. Aliás, a piscina curta não convence ninguém, já que o mundial de piscina curta também é esvaziado.

Talvez seria melhor se fosse uma copa do mundo em piscina longa. Aliás, por que diabos existe Piscina curta? No atletismo, existe o mundial indoor, mas dá para entender, pois na Europa temos neve e frio durante o fim do ano e o início do ano seguinte aí sim faz-se provas indoors. Agora e a piscina curta da natação? Para que temos?

Até agora só falei coisas ruins do evento, mas as vezes penso que não pode acabar. É uma das únicas competições internacionais anuais. Hoje tivemos mais uma etapa e vimos resultados muito bons, principalmente de Joanna Maranhão. Venceu os 400m medley com um tempo apenas 1s acima do recorde mundial e venceu os 200m borboleta apenas 0s6 do recorde mundial.

Fabiola Molina já coleciona 60 medalhas nessa competição e levou mais uma hoje, quando ficou com a prata nos 100m costas com mais um recorde sul-americano. É uma competição importante também para o bolso dos atletas. São U$ 1500 para cada medalha de ouro, U$ 1000 para cada prata e U$ 500 para cada bronze.

A etapa de Moscou, a ser disputada na próxima semana, talvez salve o ano da competição e faça continuar nas próximas temporadas. Teremos 22 atletas do Pinheiros, entre eles Cesar Cielo, além das presenças de michael Phelps e outros grandes nadadores do mundo inteiro.
É esperar para ver se o evento se salva. Por exemplo, no mÊs passado, na etapa da África do Sul, tivemos provas com atletas somente da casa e outras com tempos ridículos, como os 1500m livre e os 400m medley.

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