Acontecerá entre os dias 14 e 18 de outubro o mundial de taekwondo, na Dinamarca. Serão ao todo 1016 atletas de 143 espalhadas pelas 16 categorias, oito de cada sexo. A principal mudança é que pela primeira vez teremos o uso do colete eletrônico.A mudança é drástica. Técnico poderá discordar de uma marcação através do cartão que leva a cor do protetor do seu atleta. Ele deverá se levantar, posicionar-se ao lado da cadeira e levantar o braço monstrando o cartão e dizer: VIDEOREPLAY. Imediatamente o árbitro central para a luta e se dirige ao técnico que explica o motivo pelo qual está reclamando. Se o pedido for aceito pela mesa, que é composta por árbitros e uma comissão de atletas que foram campeões no passado e que têm uma vida dedicada ao esporte, sendo reconhecidos por toda a comunidade do Taekwondo, o técnico continua com seu cartão. Ele poderá perder duas vezes apenas, o cartão, por atleta. Aí então não terá mais o direito de pedir revisão para aquele atleta, seja qual for a luta.Uma decisão dada pela comissão do Videoreplay não poderá ser contestada e deverá ser aceita como decisão final.O Técnico tem o direito de solicitar o VIDEOREPLAY para punições (kiongos) e também para pontos válidos de soco e chutes ao rosto. Em nenhuma hipótese poderá contestar um chute ao tronco, pois para isso há o protetor eletrônico.
Vale lembrar que na Olimpíada, temos apenas quatro categorias de cada naipe, juntando-se duas categorias. Ou seja, se na Olimpíada temos quatro medalhas de ouro entregues para cada sexo, no mundial são oito para cada naipe. Por isso, na série " Se a Olimpíada fosse hoje", vou contabilizar as categorias olímpicas: Até 49kg, até 58kg, até 67kg e pesado no feminino e, no masculino, contabilizarei até 58kg, até 68kg, até 80kg e pesado.
O Brasil terá representantes em todas as categorias. As principais chances, como de costume, recaem sobre Natalia Falavignia. Quarta colocada em Atenas 2004, bronze em Pequim 2008 além de campeã mundial de 2005, ela estará na categoria pesada no feminino e entra como uma das favoritas. Lembrando que ela é conhecida por ter uma sorte danada nas definições da chave. Só lembrar que em Pequim suas quatro principais adversárias ficaram de um lado da chave e ela "sozinha" do outro.
As meninas estão com uma equipe forte e homogenia. No mundial por equipes deste ano, primeiro teste do colete eletrônico, o Brasil passou invicto da primeria fase e caiu nas quartas-de-final por 3 a 2, terminando na importante quinta posição. Além de Natália vale a pena ficar de olho na jovem Katia Arakaki, até 46kg e a mais jovem ainda Helloyane, que está sendo a principal adversária de Natália nos torneios nacionais. Tem um belo futuro. Importante lembrar também de Debora Nunes, eliminada no golden score das quartas-de-final da última Olimpíada, quando chegou a liderar por 2x0 seu combate no último round. Ela também estará no mundial.
No masculino, os irmãos Marcel e Marcio Wenceslau são as principais esperanças. Cada um já esteve em uma Olimpíada e, neste mundial, eles irão disputar respectivamente até 63kg e até 58kg. Marcio já foi medalhistsa em mundial enquanto Marcel esteve perto de uma medalha em Pequim, parando no golden score das quartas-de-final.
Claro que não se pode esquecer de Diogo Silva, campeão pan-americano de 2007 e quarto colocado em Atenas 2004. Entretanto, ele não disputa uma competição importante internacional há anos. Porém, é sempre uma esperança.
Licinio Soares é atual campeão pan-americano(Diferente dos Jogos pan-americanos) e pode surpreender até 84kg. Leonardo, que se machucou durante os JOGOS PAN-AMERICANOS DE 2007 e mesmo assim conseguiu uma medalha, foi prata no pan-americano do ano passado e também pode surpreender.
Apesar de ter mais nomes de peso no masculino que no feminino, na minha opinião as meninas tem mais chances de bons resultados. Basta lembrar do mundial por equipes deste ano, em que os homens perderam todos seus confrontos, vencendo apenas algumas lutas.
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