A competição teve um nível técnico muito forte. 24 equipes masculinas e 24 femininas se reuniram em Baku, no Azerbaijão, para a competição. Os times mais fortes até levaram duas equipes, uma para disputar a primeira fase, e outra para as finais. As 24 equipes foram divididas em seis grupos de quatro, com os campeões de cada chave, mais os dois melhores segundos colocados se classificariam para as quartas-de-final. A partir dalí, os confrontos eram mata-mata.
Entre os homens, o campeão foi a Turquia, que venceu na final a seleção do Irã. Os bronzes ficaram com a Rússia e o Azerbaijão. Essas duas seleções estavam no grupo do Brasil na primeira fase, o que fez com que nossa seleção se despedisse precocemente da competição, também com derrota para Itália.
Entre as mulheres, o equilíbrio foi maior. A Coreia do Sul, principal força da modalidade, ficou com ouro ao vencer na final, por 3x2, a Rússia, depois de derrotar, pelo mesmo placar, a equipe da Turquia na semifinal e da França nas quartas-de-final. O bronze foi para, além da Turquia, a equipe de Marrocos.
A seleção de Marrocos, aliás, foi quem derrotou o Brasil nas quartas-de-final da competição. O Brasil vinha de uma primeira fase muito boa, vencendo a Grécia e Azerbaijão, e agradecendo a Senegal, que não levou a equipe e perdeu todas suas lutar por W.O. Diante da Grécia, na primeira rodada, Katia Arakaki, Livia Miranda e Rafaela Araujo venceram suas adversárias.Já Fernanda Souza e Natália Falavigna perderam suas disputas. Contra Azerbaijão, as donas da casa, o triunfo foi mais tranquilo, por 4x1.
Nas quartas-de-final, o adversário foi Marrocos. A seleção africana derrotou na primeira fase o Canadá, uma das principais forças das Américas, a Grã Bretanha, que possui medalhistas olímpicas na equipe, e o Irã. A parada foi dura e o Brasil quase conseguiu a classificação para a segunda fase.
O formato da competição é interessante. Os países que se enfrentam são sorteados e quem vencer escolhe a primeira categoria que luta. Os marroquinos venceram o sorteio e escolheram a até 47kg, em que tinham sua principal atleta. Entretanto, Katia Arakaki fazendo uma excelente luta derrotando a atleta marroquina por 3 x 2 e abriu o placar para o Brasil que, em seguida, escolheu a categoria da medalhistas olímpica Natália Falavignia para abrir 2x0. A vaga estava bem próxima. Porém, nossas atletas foram perdendo uma a uma e no desempate a nossa atleta Livia não conseguiu passar, perdendo por 2 x 6. Um resultado bom, mas que ficou com um gostinho de quero mais.
Turquia, Irã, Espanha, Rússia, China e México foram ao mundial com uma equipe de 36 pessoas ( equipe completa de atletas e comissão técnica), demonstrando a importância desta competição no calendário de preparação neste novo ciclo olímpico.O México foi um caso a parte, apesar de trazer uma completa e poderosa equipe, não conseguiram se classificar em nenhuma categoria para a segunda fase, apesar de serem a principal força das Américas. Importante ressaltar que o Brasil foi o único país das Américas a passar para segunda fase.
O Campeonato individual de tawekondo acontece ainda esse ano e terá uma novidade. Serão estreados, como o prometido ano passado, os coletes eletrônicos, que tiraram todas as dúvidas quanto aos golpes. É bom frisar que em muitos combates atualmente, os dois atletas saem reclamando da arbitragem.
Um detalhe importante é que não vi nenhum grande meio de comunicação noticiando o assunto, apenas em blogs. Depois, a grande imprensa vem cobrar medalhas de Diogo Silva, Natalia Falavignia e Cia. Se não cobrem o mundial, querem medalha na olimpíada? Só querem o filé. Infelizmente.
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