Mundial de ginástica

Aconteceu nessa semana o mundial de ginástica artística, em Londres. Num esvaziado mundial, sem atletas como Fei Cheng, Shawn Jonhson e Nastacia Liukin, o Brasil, sem suas principais atletas no feminino, brilhou no masculino com dois atletas e viu a decepção de Diego Hipólito, fora da final. Até segunda-feira, postarei um especial sobre todos os resultados deste mundial mas, hoje, falarei apenas dos resultados brasileiros.

Não poderia deixar de começar com o excelente resultado de Arthur Zanetti. Com apenas 19 anos, conseguiu um belíssimo resultado na argola, terminando na quarta posição. Vale lembrar que históricamente as argolas sempre foram a principal pedra no sapato dos brasileiros, nem tanto por quedas, mas por apresentações com ponto de partida muito baixo, impossibilitando notas altas. E Arthur começou a mudar isso. Gostei também da postura dele, saiu feliz com o quarto lugar, mas disse com convicção que pode ser campeão muito em breve.

Outra postura que gostei também foi de Sergio Sazaki, de apenas 17 anos. Ele conseguiu um grande feito ao chegar a final do individual geral e mais ainda na propria final, quando subiu algumas posições e fechou em 19º. Ao acabar os aparelhos, falou que falta investimentos, cobrou dos dirigentes para conseguir mais resultados. É disso que precisamos também, dos proprios atletas cobrando. Sergio foi constante em todos os aparelhos, não tem nenhum ponto fraco, o que já é um grande feito para o ginasta do individual geral. O que lhe falta é ter um aparelho que ele se destaque, que possa até mesmo brigar por uma vaga na final. Por enquanto é as parelalas, mas não é nenhuma nota de outro mundo.

Diego era nossa grande esperança mas fez uma apresentação com dois erros bobos e acabou na nona posição, ficando fora da final por muito pouco. Não tem muito o que cobrar dele esse ano, já que passou por cirurgia. O que eu quero mesmo dele é estar lutando por pódios tanto no solo quanto no salto, prova que ele voltou a treinar mais forte esse ano.

O restante foi apenas regular. Victor Rosa ficou em 16º no solo, saiu feliz mas sem a vaga na final. Acredito que se Victor tivesse disputado o individual geral, também conseguiria uma vaga na final, já que também marcou boas notas em outros aparelhos, como a barra fixa. No cavalo, Mosiah foi 21º e na barra fixa, ele tinha até chances de final, mas sofreu uma queda.

O feminino ficou um pouco abaixo do esperado, apesar de ter ido com um time inteiro reserva. Como boa parte dos países de ponta, não levou suas principais atletas, pelos mais diversos motivos. Bruna Leal foi o grande destaque, ficando na 14ª posição. A garota, de apenas 17 anos, é uma das esperanças brasileiras.
Etiene Franco, com sua queda na trave acabou fora da final geral onde com certeza ela chegaria. Tirou apenas 11,300 com sua queda e ficou distante da vaga na final. Entretanto, segue regular em todos os aparelhos.
Kyuani Dias foi, de certa forma, uma decepção. Disputou só dois aparelhos, tirou notas fracas e ficou distante de uma final. Priscila Coelho, a menos conhecida do time, fez apresentações apenas regulares, também longe de uma final.

Acredito que temos bons nomes surgindo e que se conseguimos colocar numa equipe junto com Jade, recuperada se Deus quiser, e com Lais e até mesmo Daiane poderemos voltar a ficar entre as oito melhores equipes do mundo. Danielle Hipólito tem três olimpíadas nas costas, sete medalhas pan-americanas e se voltar ao mesmo nível que tinha até 2008 também ajudará nosso time.

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