Muitos dizem que o problema foi ter perdido a dupla. Isso foi um problema, claro, até porque a dupla brasileira é especialista em jogar esse tipo de jogo e foi a 10ª melhor do ano passado e enfrentou dois irmãos cansados, que costumam jogar juntos mas não em torneios da ATP. Porém, o problema é mais fundo, na minha opinião.
Marcos Daniel já tem seus 30 anos, tem um ranking bom, estava até semana passada entre os 60 melhores, no melhor momento da carreira. Entretanto, lhe faltou experiencia, lhe faltou a catimba que um jogo da Davis precisa ter. E isso o equatoriano Nicolas Lapenti teve de sobra. Quando percebeu que estava morto no jogo, quando deixou Daniel ganhar um set, jogou tranquilo o quarto set, sabendo que a decisão iria ser no quinto set.
Nesse intervalo, foi ao banheiro, pediu atendimento e se recuperou para a quinta parcial, momento que já passou dezenas de vezes na carreira. Tinha plena consicencia de como jogar um quinto set afinal, já participou de muitos grand slam e muitas vitórias e derrotas chegaram na quinta parcial.
Do outro lado o gaúcho Marcos Daniel tinha a torcida a seu favor. Torcida que esteve ainda mais forte pelo fato de o tenista ser do estado do Rio Grande do Sul, da partida ter ocorrido no dia da comemoração da Revolução Farroupilha. Porém, apesar de 30 anos, não tinha a experiencia a seu favor. Em toda sua carreira disputou apenas cinco partidas, isso mesmo apenas CINCO partidas de cinco sets. E faltou essa experiência a ele. Vontade não faltou, mas faltou experiência de saber jogar um quinto set. Tava na cara que ele estava mais inteiro que Lapenti, mas não soube usar isso para seu bem.
Resumindo, faltou rodagem ao brasileiro. Ele tem 30 anos mas é um tenista de chalenger. Tem seus méritos, está entre os 100 melhores há algum tempo, mas não é um top. É um tenista de chalenger. E chalenger não joga cinco sets...E nem Copa Davis...
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