domingo, 2 de agosto de 2009

Todos os países- Canadá, Cabo Verde e Ilhas Cayman

Continuando a série que conta a história olímpica de cada um dos países que estarão em Londres-2012, vamos falar do Canadá, Cabo Verde e Ilhas Cayman
Canadá
População: 33,487,208
Área: 9,984,670 km²
Média de idade: 40
Expectativa de vida: 81
Pib: U$1,5 triLHão

Dividido por seus dois idiomas oficiais (inglês e francês) e caracterizado pela diversidade geográfica, com férteis planícies ao sul (mais quente e povoado) e por vegetação selvagem ao norte, como a tundra, o Canadá não postula entre as maiores potências das Olimpíadas de Verão. Favorecido pelo clima de temperaturas baixíssimas, o país tem nas Olimpíadas de Inverno a sua maior força.

Por isso, os esportes canadenses são divididos basicamente pelos praticados no verão e no inverno. Na época mais fria do ano, o destaque é o hóquei no gelo, jogado em ginásios fechados e em temporadas de neve. O hóquei é o esporte número um do país. Já no verão, o lacrosse se sobressai entre as modalidades.

Nas últimas Olimpíadas de Inverno (2006), disputadas em Turim, na Itália, o Canadá foi o país que mais ganhou medalhas por número de disciplinas. Em 21 eventos, os canadenses conquistaram medalhas em 10, à frente da maior potência do esporte mundial, os Estados Unidos, que foram ao pódio em nove dos 21 eventos.
Segundo maior país em extensão territorial do mundo, menor apenas que a Rússia, o Canadá ganhou em Turim-2006 o dobro de medalhas do que conquistou nos Jogos de Atenas-2004. Foram 24 subidas ao pódio na Itália contra 12 na Grécia.

O desempenho nas Olimpíadas de Verão não entusiasma os canadenses. Em Atenas-2004, foram três ouros, seis pratas e três bronzes - desempenho pior que o brasileiro. Já em Pequim, repetiu-se o número de ouros, seguidos de nove pratas e seis bronzes, o que deixou o Canadá com a 19ª colocação no quadro de medalhas deste evento. Mesmo depois de sediar, os canadenses não se empolgaram com a disputa olímpica. Na única vez em que organizaram os Jogos, em Montreal-1976, os canadenses conseguiram ficar sem um ouro (com cinco pratas e seis bronzes).
Nas Olimpíadas de Pequim, os ouros vieram de lugares inesperados, como a equipe masculina de remo, categoria Oito com timoneiro, na luta livre até 48kg com a atleta Carol Huynh, e no salto individual do hipismo, com Eric Lamaze. Dois saltadores que chamavam a atenção dos canadenses antes dos Jogos saíram com medalha: Karen Cockburn, do trampolim acrobático e Alexandre Despatie, dos saltos ornamentais.
Karen Cockburn foi muito bem no trampolim acrobático, mas ela não contava com a dedicação chinesa para levar ouros. A atleta acabou com a prata e repetiu sua posição de Atenas-2004, enquanto a chinesa He Wenna ficou com a primeira colocação. Em Sydney-2000, Karen havia ficado com o bronze.
Despatie terminou com a prata no trampolim de 3 m. Com apenas 22 anos, ele se tornou um dos ícones da história dos saltos ornamentais do país. Despatie apareceu para o Canadá e o mundo ao se tornar o mais jovem atleta a vencer um evento mundial da modalidade. Aos 13 anos, em 1998, Despatie conquistou ouro nos Jogos de Commonwealth, na Inglaterra. No ano passado, o atleta foi campeão do Pan-Americano do Rio de Janeiro.

Ilhas Cayman
População: 49,035
Área: 264 km²
Média de idade: 38
Expectativa de vida: 80
Pib: U$1,9BILHÕES
A participação das Ilhas Cayman se iniciou em 1976, na vela, com Gerry Kirkconnell e Peter Milburn, terminando em 18º lugar. Depois de aderir o boicote americano aos Jogos de 1980, em Moscou, voltou a olimpíada em 1984, sendo representado na vela e no ciclismo. No ciclismo, levou seis atletas, mas ficou longe de um resultado perto dos melhores.
Em 1988,o ciclismo voltou a ser o destaque da delegação, com novamente seis atletas, incluindo os irmãos Craig Merren e Perry Merren. O atletismo foi representado pela primeira vez, com Michelle Bush e Paul Hurlston, respectivamente na maratona e no lançamento de dardo.

A maior delegação da história do país veio em 1992, com um total de 10 atletas, novamente com destaque para o ciclismo, com 60% desses nomes. A vela voltou a aparecer depois de uma olimpíada de ausência, com Byron Marsh e John Bodden na classe star. Foi a primeira olimpíada de Kareem Streete-Thompson, do atletismo, que seria representante do país até 2004.

Em 1996, ao invés do ciclismo, foi a vela que dominou os nomes. Com oito nomes em cinco classes, o país viu os jovens Alun Davies e Michael Joseph terminarem em 19º na tornado, como o melhor resultado. Cydonie Mothersill disputou sua primeira de quatro olimpíadas, provando sua evolução ao chegar a segunda rodada dos 100m em Atenas 2004.

2000 foram apenas três representantes, número inferior aos cinco de 2004. 2004, aliás, foi a primeira vez que o país disputou também a natação, esporte que hoje em dia tem o principal esportista do país, que treina nos EUA.
Shaune Fraser disputou os 200m livre em 2004 e ficou na 40ª posição. Em 2008, disputou os 100m e 200m livre, além dos 100m borboleta, ficando até que próximo de uma semifinal nos 200m livre, terminando em 26º lugar. No mundial de Roma, encerrado hoje, o país chegou a duas semifinais. O irmão de Shaune, Brett Fraser, também é nadador olímpico.

Cabo Verde
População: 429,474
Área: 4,033 km²
Média de idade: 21
Expectativa de vida: 71
Pib: U$1,8BILHÕES

CaboVerde começou sua participação olímpica em 1996, com três atletas, todos no atletismo. Isménia do Frederico foi a única mulher, fazendo um tempo de 13s, como convidada, e ficando muito distante de qualquer posição que lutasse pela vaga na segunda fase. Henry Andrade, aos 34 anos, queimou a largada nos 110m com barreiras, enquanto António Carlos Piña, em sua primeira de três olimpíadas, foi o 94º na maratona.

Em 2000, Isménia do Frederico voltou a disputar os Jogos Olímpicos, desta vez sendo a porta bandeira da delegação. Melhorou um pouco seu tempo, mas novamente como convidada ficou longe de uma vaga. O outro atleta na delegação foi Piña, que melhorou bastante sua classificação na maratona, terminando em 67º.

Nas olimpíadas de Atenas, Vânia Monteiro foi a porta bandeira, representando o país na ginástica rítmica, repetindo o feito na última olimpíada, em Pequim. Em ambos os casos, terminou em 24º e último lugar. Mas, ao menos, levou seu país a disputas em outros esportes e não só no atletismo, como vinha acontecendo.

Nos Jogos de Atenas, Antonio Carlos Zeferino , voltou para sua terceira olimpíada, terminando em 78º com 2h36min. Em Pequim ,O maratonista Nelson Cruz terminou em 48º com o tempo de 2h23min, quase repetindo o resultado do mundial anterior, quando terminou em 41º enquanto a velocista Lenira Santos, inscrita nos 200m, sequer largou.

Atualmente, o basquete masculino tem conseguindo algum destaque internacional, tendo disputado ano passado o pré olímpico mundial da modalidade. Se Angola não fosse um time tão forte para os padrões da África, poderia brigar pelo título continental.

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