terça-feira, 7 de julho de 2009

Esporte a esporte- vôlei de praia

O Brasil, ao contrário do que muitos pensam, não é o berço do vôlei de praia competitivo. Durante toda década de 1980 e começo da de 1990,o esporte se desenvolveu nos EUA, mas muitos acham que é um esporte genuinamente brasileiro pela nossa força no esporte. Porém, nos últimos anos, nos mostramos como segunda força do mundo, atrás dos EUA.

Os norte-americanos não frequentam as primeiras posições do ranking mundial pelo fato de não darem 100% de atenção para o circuito, participando de algumas etapas Grand Slam e de campeonatos mundiais, o que deixam bem distante dos brasileiros no ranking, que marcam presença na maioria das etapas.Os yankees preferem o seu circuito nacional a viajar pelo mundo em busca de pontos para a classificação mundial.

Muito em função disso, sempre há na mídia uma certa decepção quando os brasileiros não se sagram campeões mundiais ou olímpicos, quase sempre perdendo finais para os norte-americanos, que estão atrás no ranking mundial. Foi o caso ocorrido nas olimpíadas de 2000, quando Zé Marco e Ricardo perderam para Benton e Fonoimoana e em 2008, quando Marcio e Fábio Luiz perderam para Rogers e Dalhausser. Nos campeonatos mundiais, a história se repete. São ""apenas"" três títulos mundiais entre os homens e três entre as mulheres

No atual ranking mundial masculino, apesar de não termos sido campeões no último mundial, temos quatro duplas entre as cinco primeiras colocadas, com os vicecampeões mundiais, Halley e Alison como líderes, Pedro Solberg e Pedro Cunha, que não terminaram o mundial por uma lesão de Cunha, em terceiro, Ricardo e Emanuel em quarto e Márcio e Fábio Luiz em quinto. Só não temos mais duplas entre os primeiros colocados pois em cada etapa existe um limite de duplas participantes e, quando esse limite estoura, os duplistas precisam jogar entre sí no "Country-cota'.

No feminino, estamos muito bem representados também. Talita e Maria Elisa lideram o ranking mundial, seguido por Larissa e Juliana. As jovens irmãs Maria Clara e Carol estão em quarto enquanto a dupla Renata e Val são sétimas.

No mundial terminado no último final de semana, o Brasil foi representado por quatro duplas no feminino. Todas foram muito bem na primeira fase, passaram para a segunda e depois para as oitavas-de-final, em que Maria Clara e Carol caíram. Depois, nossas três duplas restantes chegaram às semifinais, mostrando a força do nosso volei. No masculino, com cinco duplas, o Brasil também foi bem longe, apesar da contusão da dupla Pedro Solberg e Pedro Cunha. Na segunda fase, a dupla Bruno e Maciel caíram enquanto nossas três equipes restantes chegaram até as quartas-de-final. Lá, com partidas decididas nos detalhes, duas duplas caíram fora e apenas os líderes do ranking mundial seguiram em frente, chegando até a final e caindo diante de uma dupla alemã.

Portanto, temos muitas duplas capazes de ir muito bem em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais, apesar de estarmos perdendo espaço para os americanos, nos dois sexos, e para as chinesas no feminino. O que precisa ser feito é um fortalecimento do circuito nacional, para nascerem novas duplas, assim como acontece nos EUA.

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