Para abrigar as competições de pólo aquático dos Jogos Pan-americanos, realizados em julho de 2007 no Rio de Janeiro, o parque aquático foi reformado ao custo de R$ 10 milhões. O site oficial da SUDERJ, relata que para os Jogos Pan-americanos de 2007, toda a arquibancada foi reformada para a colocação de cadeiras. O que é uma mentira, já que estive lá na final do Pan, e não havia assentos no local, apenas a arquibancada.
Dois anos após o Pan, já está anunciada sua demolição total para a organização da COPA DO MUNDO
REPORTAGEM DO GLOBO, HÁ 20 DIAS
Quinze pessoas, provavelmente os parentes dos atletas, passaram o domingo de Páscoa nas arquibancadas do Parque Aquático Júlio Delamare, no Maracanã, onde acontecia o último dia do Troféu Brasil de Saltos Ornamentais. Mas o público tradicionalmente pequeno em um esporte pouco popular no país não era o principal motivo para o clima melancólico da manhã. A sensação que toma conta do lugar há meses era de frustração e despedida, como anunciou o funcionário da Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro) assim que abriu o portão: “Moça, dá para acreditar que vão demolir isso aqui?”.
A notícia da quase certa demolição de um dos símbolos dos esportes aquáticos do país não é uma surpresa. É uma morte já anunciada desde o ano passado. Com a oficialização do Brasil como sede da Copa de 2014 e a candidatura do Rio para as Olimpíadas de 2016, o Júlio Delamare tornou-se uma das instalações “sem utilidade” para tais competições, assim como o Estádio Célio de Barros. Para o melhor conforto do grande público que o Maracanã promete receber no Mundial de Futebol, o parque aquático deverá dar lugar a um estacionamento e a um museu.
Mesmo tendo conhecimento do provável fim melancólico da instalação inaugurada em 1978, alguns atletas e pessoas envolvidas de alguma forma com o local pareciam não acreditar que tudo viraria poeira. E outros ainda não acreditam. Fernando Telles, ex-saltador brasileiro e um dos engenheiros responsáveis pela construção do parque aquático, ainda não aceitou a decisão.
- Só se faz uma demolição quando um estádio está destruído, deteriorado. Não se pode sacrificar uma coisa que está boa. Se quiserem, podem até colocar um estacionamento por cima das piscinas, mas não acabar com elas. Sinceramente, não consigo conceber que vão fazer isso – disse, emocionado, o engenheiro.
Fernando também foi um dos responsáveis, no Pan 2007, pela reforma nas piscinas que revelaram Gustavo Borges e Fernando Scherer. Dados divulgados pela própria Suderj informam que foram gastos R$ 10 milhões na modernização da instalação de 18.515m², que dispõe de uma piscina olímpica (25m x 50m), uma piscina coberta para aquecimento (10m x 25m), e um tanque para saltos (25m x 25m).
A notícia da quase certa demolição de um dos símbolos dos esportes aquáticos do país não é uma surpresa. É uma morte já anunciada desde o ano passado. Com a oficialização do Brasil como sede da Copa de 2014 e a candidatura do Rio para as Olimpíadas de 2016, o Júlio Delamare tornou-se uma das instalações “sem utilidade” para tais competições, assim como o Estádio Célio de Barros. Para o melhor conforto do grande público que o Maracanã promete receber no Mundial de Futebol, o parque aquático deverá dar lugar a um estacionamento e a um museu.
Mesmo tendo conhecimento do provável fim melancólico da instalação inaugurada em 1978, alguns atletas e pessoas envolvidas de alguma forma com o local pareciam não acreditar que tudo viraria poeira. E outros ainda não acreditam. Fernando Telles, ex-saltador brasileiro e um dos engenheiros responsáveis pela construção do parque aquático, ainda não aceitou a decisão.
- Só se faz uma demolição quando um estádio está destruído, deteriorado. Não se pode sacrificar uma coisa que está boa. Se quiserem, podem até colocar um estacionamento por cima das piscinas, mas não acabar com elas. Sinceramente, não consigo conceber que vão fazer isso – disse, emocionado, o engenheiro.
Fernando também foi um dos responsáveis, no Pan 2007, pela reforma nas piscinas que revelaram Gustavo Borges e Fernando Scherer. Dados divulgados pela própria Suderj informam que foram gastos R$ 10 milhões na modernização da instalação de 18.515m², que dispõe de uma piscina olímpica (25m x 50m), uma piscina coberta para aquecimento (10m x 25m), e um tanque para saltos (25m x 25m).
O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, esteve presente na competição e fez questão de mostrar como o Parque Aquático está bem cuidado. O dirigente, entretanto, parece conformado com a demolição. Segundo ele, resta apenas cobrar que um compromisso feito entre a CBDA, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o Comitê Olímpico Brasileiro seja cumprido.
- O Sérgio Cabral (governador do Rio) e o Nuzman (Carlos Arthur, presidente do COB) me garantiram que só iriam tirar um tijolo daqui quando começassem a construir o novo Júlio Delamare do outro lado da linha do trem – explicou Coaracy.
O atleta olímpico Hugo Parisi foi um dos destaques do Troféu Brasil de Saltos Ornamentais. Apesar da alegria pelas conquistas, o brasiliense estava triste e inconformado com o provável futuro do parque aquático no qual treinou por cinco anos.
- Acho simplesmente ridículo. Gastaram milhões para reformarem isso aqui e agora querem destruir?
Cassius Duran, outro nome importante dos saltos ornamentais, não poupa palavras para demonstrar sua revolta. O saltador ainda ressaltou que não só os atletas da seleção como outras milhares de pessoas seriam prejudicadas com a demolição.
- Acho que isso mostra o que é o Brasil. São quatro mil nadadores que ficarão desamparados. Além dos funcionários daqui, o Júlio Delamare tem vários projetos sociais para crianças e idosos. É vergonhoso.
Secretária estadual evita usar a palavra demolição
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, a secretária de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro, Márcia Lins, evitou usar a palavra demolição. No entanto, deixou claro que não há chances do Parque Aquático Júlio Delamare ser preservado dentro do Complexo do Maracanã.
- O Júlio Delamare o Célio de Barros representam importante papel social e esportivo na nossa cidade, mas estão fora do padrão internacional. Já acertamos que esses locais serão utilizados pela organização da Copa e, portanto, deverão ser realocados em outros áreas - afirmou a secretária, sem especificar quando os estádios vão virar poeira.
- O Sérgio Cabral (governador do Rio) e o Nuzman (Carlos Arthur, presidente do COB) me garantiram que só iriam tirar um tijolo daqui quando começassem a construir o novo Júlio Delamare do outro lado da linha do trem – explicou Coaracy.
O atleta olímpico Hugo Parisi foi um dos destaques do Troféu Brasil de Saltos Ornamentais. Apesar da alegria pelas conquistas, o brasiliense estava triste e inconformado com o provável futuro do parque aquático no qual treinou por cinco anos.
- Acho simplesmente ridículo. Gastaram milhões para reformarem isso aqui e agora querem destruir?
Cassius Duran, outro nome importante dos saltos ornamentais, não poupa palavras para demonstrar sua revolta. O saltador ainda ressaltou que não só os atletas da seleção como outras milhares de pessoas seriam prejudicadas com a demolição.
- Acho que isso mostra o que é o Brasil. São quatro mil nadadores que ficarão desamparados. Além dos funcionários daqui, o Júlio Delamare tem vários projetos sociais para crianças e idosos. É vergonhoso.
Secretária estadual evita usar a palavra demolição
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, a secretária de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro, Márcia Lins, evitou usar a palavra demolição. No entanto, deixou claro que não há chances do Parque Aquático Júlio Delamare ser preservado dentro do Complexo do Maracanã.
- O Júlio Delamare o Célio de Barros representam importante papel social e esportivo na nossa cidade, mas estão fora do padrão internacional. Já acertamos que esses locais serão utilizados pela organização da Copa e, portanto, deverão ser realocados em outros áreas - afirmou a secretária, sem especificar quando os estádios vão virar poeira.
CÉLIO DE BARROS
Estádio de Atletismo Célio de Barros foi reinaugurado no Complexo do Maracanã, em 25 de outubro de 1974. Vinte anos antes, era apenas uma pista de terra, que passou por reformas como a construção de arquibancadas e a modernização das pistas. Atualmente, ocupa área total de 18.714m², com 15.501m² de área construída, 756m² para estacionamento e 457m² de jardins, com espaço de lazer gratuito para a comunidade, e capacidade para 9.143 pessoas, sendo 8.000 nas arquibancadas, 1.053 nas cadeiras e 50 na tribuna de honra.
Este estádio também será demolido para a Copa 2014
Roberto Gesta, presidente da CBAt, analisa como positiva a demolição do Estádio Célio de Barros.- Eu acho que o atletismo vai até ganhar com essas mudanças. O Nuzman nos garantiu que o novo estádio será maior e ainda mais moderno que o atual Célio de Barros, com pista de aquecimento e capacidade muito maior que a atual, que é de 5000 pessoas.
Esqueceu de comentar que o Engenhão agora é um estádio exclusivo ao futebol e a Arena Multiuso se tornou uma casa de shows.
ResponderExcluirÉ o "legado" do Pan!