segunda-feira, 6 de abril de 2009

Especial Sul-americano Juvenil de Desportos Aquáticos

Na cerimônia de premiação final da competição (dom, 5/7), o Brasil foi agraciado como campeão geral do Campeonato Sul-Americano Júnior de esportes aquáticos, ao se levar em conta todas as cinco modalidades: natação, saltos ornamentais, nado sincronizado, polo aquático e maratonas aquáticas. O país totalizou 102 medalhas (45 ouros, 32 pratas e 25 bronzes). A Argentina veio em seguida com 54 (15-21-18). Depois apareceram Colômbia, 40 (14-18-8); Venezuela, 35 (5-7-23); e Equador,14 (4-3-7).

As medalhas brasileiras foram divididas em 80 de natação (34 ouros, 27 pratas e 19 bronzes); 10 de saltos ornamentais (3-1-6); 7 de nado sincronizado (4-3-0); 3 de maratonas aquáticas (2-1-0) e 2 de ouro no polo aquático masculino e feminino.

A competição foi disputada em Santa Fé (maratonas aquáticas) e Mar del Plata (os demais esportes), ambos na Argentina, de 20 de março a 5 de abril.

Saltos ornamentais

A única modalidade em que o Brasil não se saiu campeão foi nos saltos ornamentais, modalidade decadente no Brasil nos últimos anos, visto que pela segunda vez seguida ficamos sem o título no sul-americano juvenil. Precisamos abrir o olho depois desta terceira posição na Argentina, atrás de Venezuela e Colômbia. O Brasil terminou o campeonato em segundo no quadro de medalhas com 10 medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e seis de bronze e em terceiro na classificação, com 202 pontos.

Em provas como o Trampolim de 1 metro juvenil B masculino, plataforma juvenil A masculina, o Brasil saiu sem medalhas da competição, o que para a principal força do continente até os últimos anos é um desempenho bem fraco. Entretanto, tivemos boas notícias, claro.

As gêmeas Natali e Nicole Cruz conquistaram ouro e bronze, respectivamente, na plataforma do grupo A (16-18 anos). Luiz Felipe Outerelo foi duas vezes bronze no trampolim juvenil A, uma no 1m outra nos 3m.
Porém, o grande destaque do Brasil foi Gabriella Jade, da Apoe/RJ, conquistou duas medalhas de ouro no juvenil de grupo B, uma no trampolim 3m e outra no trampolim 1m.

Nado Sincronizado
Como a Colômbia foi campeã na categoria juvenil (juvenil A), com o mesmo desempenho do Brasil no júnior – três ouros – e os dois países foram vices do outro em cada categoria, com a Venezuela recebendo todas as medalhas de bronze, houve um empate na classificação geral: Assim, como havia apenas uma única taça de campeã geral, o Brasil cedeu o troféu aos colombianos e receberá em outra ocasião uma réplica da premiação.

Lorena Fontes Molinos recebeu o prêmio Delfin como atleta da modalidade na edição 2009. A atleta do Flamengo completou a tríplice coroa ao vencer o solo, dueto e equipe na categoria júnior (juvenil B).

Nunca disputamos com a Colômbia e esse resultado, dentre as atletas mais novas da competição, serve para a seleção abrir os olhos.

Maratonas Aquáticas
O Brasil garantiu o título continental da modalidade. Nos 10 km do rio Paraná, a baiana Ana Marcela Cunha, que completou 17 anos durante a competição, venceu em 2h04min51s36 enquanto o gaúcho Matheus Evangelista terminou em segundo, em 2h04min41s53. O vencedor masculino foi o argentino Emilio Franzen, em 2h04min40s02.
O pódio feminino foi o mesmo da prova dos cinco quilômetros, com a vitória de Ana Marcela sendo mais fácil desta vez, com uma boa margem de diferença para a venezuelana Andreína Pinto, de quase um minuto e meio. A argentina Antonella Bogarin - vencedora das duas provas na edição anterior em 2007 - repetiu o bronze de domingo. As três medalhistas competiram nos Jogos de Pequim.

Nos 10km entre os homens, vitória do equatoriano Ivan Enderica, em 58min11s87. O Os brasileiros terminaram na quarta (Victor Colonese) e sexta (Matheus Evangelista) colocações, em 59min01s35 e 59min02s00, respectivamente.

Pólo Aquático
No masculino, o Brasil saiu com a medalha de ouro. Depois de vencer seus quatro jogos na primeira fase, o time foi para as semi finais e venceu a Argentina por 24 x 2. Na final, passou pelos colombianos por 12 a 4 e pôde comemorar.
O sul-americano feminino ocorreu, e isso foi uma grande vitória, já que desde 2001 o evento nesta categoria não era disputado. Melhor para o Brasil que não encontrou dificuldades para levar o ouro. Na primeira fase,venceu a Argentina por 32 x 3 e Chile por 35 a 0 e depois a Venezuela por 15 a 6. Nas semi finais, venceu por 24 a 2 a Argentina e na final teve um adversário de peso como rival, mas saiu vitorioso com 12 a 6 sobre as venezuelanas.

Natação
A natação brasileira encerrou sua participação no 22º Sul-Americano Júnior de esportes aquáticos, com 80 medalhas, sendo 34 no lugar mais alto do pódio. Ainda houve 27 medalhas de prata e 19 de bronze. O Brasil ainda superou 36 recordes de campeonato (7 no juvenil A e 29 no juvenil B). A competição teve no total 50 novas marcas da competição.

A categoria juvenil B masculina foi a melhor para o Brasil. Venceu 13 das 16 provas. Leonardo de Deus não foi só o melhor juvenil B, mas também o melhor atleta da competição. Vitórias nos 1500 livre, 200 borboleta e 200 costas, todas com suas melhores marcas pessoais e novos recordes de campeonato. Ele mostrou que está inteiro para conseguir o índice para o mundial adulto deste ano. 1min57s74 foi a marca nos 200m borboleta, bem perto do índice.

A categoria juvenil A foi a mais complicada do Brasil, principalmente entre as mulheres. Foram sete ouros contra seis da Argentina, numa briga que ficou até o final. No juvenil A feminino, o Brasil também levou a melhor, com seis ouros. Destaque para Pedro Datovo campeão dos 50 livre e vice campeão dos 100 livre.

No juvenil B feminino, Etiene Medeiros foi campeã dos 50 livre, 100 borboleta, prat anos 100 costas, e ouro no 4 x 100 medley. Etiene também venceu o prêmio de melhor índice técnico da competição. Lembrando que ela foi prata no mundial juvenil de 2008 na prova dos 50m borboleta. Sua marca nos 100m costas melhorou em quase dois 2s o antigo recorde do campeonato, enquanto seu 1min01s49 a credencia com um bom futuro nos 100m borboleta.

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