Para este ano de 2009, o Comitê Olímpico Brasileiro instituiu a meritocracia para destinar o valor que cada uma das modalidades terá na destribuição da Lei Piva, que desde 2002 conta com 2% do que foi gasto nas Loterias. Agora quem ganhará mais será aquela que melhor alcançou suas metas e resultados no ciclo olímpico.
O novo sistema tem como objetivo aperfeiçoar a aplicação dos recursos nas Confederações e a avaliação dos resultados técnicos das modalidades, com base nos projetos apresentados pelas entidades e aprovados pelo COB.
Por isso, na semana passada, todas as Confederações Brasileiras divulgaram suas metas para as principais competições do ciclo olímpico: Jogos Sul-americanos(2010), Jogos da Juventude (2010) Jogos Pan-americanos (2011) e Jogos Olímpicos (2012) além do que se esperar dos campeonatos mundiais das próprias modalidades.
O presidente da Confederação Brasileira de Lutas Associadas(CBLA) gostou da idéia de o Comitê Olímpico ter divulgado as metas de cada uma das modalidades: "Acho sim interessante a exposição de metas a serem cumpridas, alíás, acho fundamental". As metas da Confederação tem como principais itens uma medalha no mundial Junior da categoria, quatro medalhas no Pan-americano de 2011 e a participação olímpica em 2012.
O atual presidente da Confederação Brasileira de Badminton, Celso Wolf Junior, lembra que essas metas sempre existiram, mas não eram anunciadas " Na verdade, nós sempre tivemos metas dentro do COB, mas era interno. Por exemplo em dezembro, quando acabou o último ciclo olimpíco tivemos uma reunião sobre isto, sobre o que se conseguiu nas metas propostas e o que não se conseguiu e o porquê disso, mas era interno" As principais metas da confederação é levar um atleta para os Jogos Olímpicos de 2012, seria a primeira vez da história, além de conquista de medalhas de ouro no sul-americano, repetir a medalha dos Jogos Pan-americanos conquistada em 2007.
Porém, Celso acha um equívoco nestas metas, já que não de pode prever o que vai ser investido ou não nos próximos anos " Acho que devem haver propostas, mas o dificil é dizer agora como vai funcionar em 4 anos! Por exemplo, temos uma meta de classificar 1 atleta para Londres 2012, temos uma proposta de como tentar fazer isto, mas isto depende de muita coisa, e uma delas é que apoio financeiro teremos para isto.
Na minha opinião, existe um certo exagero nas metas. É complicado prever uma medalha para 2012, visto que até lá a entidade pode perder ou ganhar patrocínios, perder ou ganhar visibilidade, ter o surgimento ou não de um atleta fora do normal. Por exemplo, no início do ano pós olímpico de 2005, o time feminino de vôlei estava desacreditado depois da catástrofe nas semi finais de Atenas, Maurrem Maggi ainda compria pena pelo dopping e Cesar Cielo ainda engatinhava, conseguindo alguns títulos nacionais, mas ainda na sombra de Xuxa, que ainda estava nadando. Quatro anos depois, foram medalha de ouro.
Enquanto isso, naquele mesmo 2005, o Brasil conquistava o título mundial de judô com João Derly e de taekwondo com Natalia Falavignia, além da Liga Mundial de Vôlei masculino. Três participações em que o Brasil não saiu com ouro em 2008.
Portanto, é complicado definir metas. O ano de 2009 é um ano importantíssimo na preparação para 2012, mas não tem como pensar em quantas medalhas ou finais ou atletas teremos em Londres se tudo até la pode mudar.
As metas deveriam ser traçadas ano a ano, na minha opinião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário