quinta-feira, 12 de março de 2009

Especial Brasil sede dos eventos 8511 0145

O Brasil tenta sediar pela primeira vez os Jogos Olímpicos, tentativa essa que já aconteceu em 2000, com Brasília, 2004 e 2008 com o Rio de Janeiro, e agora, para 2016, novamente com a Cidade Maravilhosa. Independente dos gastos, da robalheira, da corrupção que está sendo esta candidatura, numa coisa o Brasil está acertando: Em sediar grandes eventos, muitas vezes com qualidade, outras com alguns erros, mas sempre dignamente.

Os eventos multi esportivos foram um sucesso. Em 2002, o Brasil pegou a bucha de sediar os Jogos Sul-americanos tendo apenas quatro meses para se preparar, pois a Colômbia, que seria a sede, abriu mão pois vivia uma crise interna. Com simplicidade, quatro cidades- Belém, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro- abrigaram 30 modalidades e mais de 2.000 atletas.
Cinco anos depois, foi a vez de um evento muito maior. Os Jogos Pan-americanos eram um grande desafio e foi comprido muito bem. Mais de 5000 atletas de 42 países estiveram no Rio no mês de julho e, salvo algumas excessões, a competição seguiu muito bem organizada. Volto a dizer que não estou colocando em pauta os gastos e os atrasos da obra no evento, e sim como foi organizado.

Os Jogos militares de 2011 acontecerão no Rio, assim como a Copa de 2014, que terá jogos pelos quatro cantos do país. São outros eventos grandes que a Cidade Maravilhosa abrigará até 2016, ano em que busca sediar a olimpíada. Lembrando que o resultado de quem sediará os Jogos de 2016 sairá dia 2 de outubro deste ano.

Quanto a competições por modalidade, o Rio de Janeiro também vem organizando grandes eventos, tanto nas categorias adultas como junior.
No judô, por exemplo, o Brasil foi sede do mundial de 2007 e foi elogiado por todos, tanto atletas como dirigentes, além de ter sido um sucesso de público. O sucesso foi tão grande que, no novo calendário da Federação Internacional, o Rio sediará anualmente um dos quatro torneios mais importantes, o Grand Slam. Além disso, o Brasil é o único país que terá, além do Grand Slam, uma etapa de Copa do Mundo.

O atletismo não sediou um mundial, mas além de abrigar dezenas de corridas de rua por ano, o Brasil tem cinco meetings anuais com a presença de grandes nomes do atletismo mundial. Belém, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém são as casas destas provas. Já na natação, o Brasil sediou o primeiro mundial junior da história do esporte, em 2006, e tem anualmente a etapa da Copa do Mundo de Piscina Curta, atualmente disputada em Minas Gerais. É uma competição que vem perdendo espaço no mundo das piscinas, mas que é o único circuito de provas em que o Brasil poderia sediar um evento.

Nos esportes coletivos, o Brasil também se mantém como um grande anfitrião. O mundial de basquete feminino foi disputado em Barueri e São Paulo, em 2006. Tivemos problemas como as goteiras que fizeram atletas russas escorregarem, mas no geral foi um bom torneio. No vôlei masculino, o Maracanazinho viu a final da Liga Mundial de 2008 e o feminino abrigará pela primeira vez uma etapa do Gran Prix em 2009. O handebol feminino terá o mundial de 2011 no Brasil, mesma modalidade que viu o pan-americano no Brasil no último ano, tanto de seleções como de clubes. O tradicional vôlei de praia recebe anualmente uma etapa do circuito mundial, tanto no feminino como no masculino.

O ciclismo vem crescendo no Brasil, mas ainda não no estado do Rio de Janeiro. A volta internacional de Santa Catarina e do estado de São Paulo tem sido um sucesso, assim como a volta do Grande ABC. No Bmx, Paulínia tem uma etapa da Copa do Mundo.
No hipismo, São Paulo vem sendo o grande centro, principalmente na emergente modalidade de adestramento. O esporte, ainda pouco divulgado no Brasil, tem em São Paulo algumas etapas internacionais da Copa do Mundo, com nível Gran Prix e valendo pontos para o ranking mundial. Nos saltos, temos o Athinia Onassis, uma das competições anuais mais importantes do mundo, também em São Paulo.

Recentemente, mais precisamente em 2007, o nado sincronizado recebeu no Rio de Janeiro as principais seleções do mundo, para a disputa do Troféu Mundial. Ainda na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Santos abriga anualmente a primeira etapa do circuito mundial de Maratonas Aquáticas.

No fim de 2009, a final da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno será disputada no Rio de Janeiro, reunindo os principais atletas do mundo na modalidade. No tiro, o Brasil recebe anualmente uma etapa da Copa do Mundo, com nomes importantes da modalidade, como aconteceu em 2008, quando a etapa foi também um pré olímpico. No tênis de mesa, temos a etapa brasileira do circuito mundial, ano passado disputada em Belo Horizonte, assim como no badminton, em que o Torneio Internacional de São Paulo conta pontos para o mundial.

A vela, esse ano, terá cinco eventos mundiais importantes. A Nations Cup Grand Final - Porto Alegre - RS; Volvo Ocean Race (Stopover) - Rio de Janeiro - RJ; Volvo Youth Sailing ISAF World Championship - Búzios - RJ; World Laser 4.7 Youth Championships 2009 - Búzios - RJ e IODA World Sailing Championship 2009 - Niterói - RJ.

Além de todas essa competições mundiais, o Brasil é o carro chefe dos torneios sul-americanos. Ano passado, o sul-americano de Desportos Aquáticos foi realizado em São Paulo, envolvendo Natação, Maratonas Aquáticas, Pólo Aquático, Nado Sincronizado e saltos ornamentais. No fim do ano, o sul-americano de canoagem aconteceu na raia da USp enquanto os pan-americanos de handebol adulto aconteceram em Santa Catarina e os sul-americanos juvenil e infanto juvenis de vôlei, além da Copa América adulta, no Mato Grosso. O sul-americano de luta também foi no Brasil, bem como o de tiro.

Apesar de tantos eventos em tantos esportes, poderia ser maior, muito maior. No triatlo, por exemplo, o Brasil era sede de uma etapa da Copa do Mundo até 2006, mas não abriga mais o evento, sem muita explicação o porquê. O mesmo acontece com a ginástica, que sediou a Super Final de 2006, mas que desde lá não tem um evento internacional por aqui.

Além disso, esportes como esgrima, levantamento de peso, hóquei na grama, taewkondo, remo e boxe precisariam de competições internacionais aqui dentro, para que conseguissem, sem viajar, confrontar contra os principais atletas, se não do mundo, ao menos do continente.
Porém, acho positivo a procura do Brasil para abrigar tantos eventos, mas acho que poderia ser bem melhor...

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