sábado, 7 de março de 2009

Entrevista com Luiza Tavares- Hipismo Adestramento

Guilherme Costa Qual foi a sensação que você teve quando de segunda reserva você passou para titular da equipe que disputou so Jogos Pan-americanos de 2007?
Luiza Tavares No começo eu fiquei muito nervosa, pois até um dia atras eu estava certa de que nao iria competir!Mas, obviametne veio aquela alegria e aquela vontade de competir e orgulhar meu país!A equipe toda me ajudou muito, me deu dicas e conselhos, pois todos tinham muito mais experiência do que eu, obviamente!Foi a melhor noticia da minha vida!

GC: Infelizmente, na véspera da olimpíada, a equipe brasileira de adestramento foi desclassificado do torneio por times por irregularidades no cavalo de Rogério. Isso acabou influenciando no seu desempenho na competição individual?
LT:Todos ficaram muito abalados com a saida do Roger, pois estavamos treinando todos juntos há 4 anos já.Então foi um choque para todos, foi triste mas não posso dizer que isso influenciou nos resultados, pois no final tivemos que nos concentrar e lembrar que isso nao significa que acabou, ainda tinha o individual!

GC: Você, tão jovem, já tem uma medalha pan-americana e uma participação olímpica. O que te influenciou para começar num esporte tão pouco divulgado no Brasil?
LT: Eu sempre tive contato com o cavalo, desde muito pequena.Meus pais tem uma fazenda no interior de São Paulo, então todos os fins de semana eu ia la e montava por prazer!Minha mãe faz Salto, então comecei a competir no salto com 5 ou 6 anos.Aos 12 tive que ir para o adestramento pois minha postura no cavalo precisava de correção.No começo era uma coisa temporária mas acabei me apaixonando pelo esporte!

GC: Quais são os planos para as competições em 2009, um ano que, aparentemente, é meio vazio no hipismo adestramento, já que não temos nem olimpíada, nem mundial? Como serão as seletivas para o mundial 2010? Você já tem o índice?
LT: Então, 2009 tem a Copa do mundo em Las Vegas, abril e teremos várias competições até o final do ano que serão qualificatórias para o Mundial em 2010.
O critério de qualificação para o mundial são duas notas acima de 64% em um CDI*** (competição international de adestramento).Eu ja tenho um deles, portando estou com um pé la!(risos)

GC: Como você vê o atual momento da modalidade no Brasil, com relação aos resultados alcançados pelos brasileiros em 2008, em que quatro atletas atingiram o índice de 64% ao menos uma vez?
LT: A modalidade vem crescendo muito, acho que a conqusita da medalha nos Jogos Pan-americanos e a qualificação paras as olimpíadas são um dos principais fatores para esse crescimento pois apareceu muito na midia!
Porém, comparando o Brasil com outros paises, o adestramento ainda é muito pequeno!Mas, por exemplo, no ano dos Jogos Pan-americanos 2007, no nivel Grand Prix (nivel das olimpíadas), só haviam no máximo 3 concorrentes, já hoje tem 6 a 7 cavaleiros de um nivel muito bom!..

GC: Como você consegue dividir os treinos com estudo? Tem uma rotina diária muito atenuante?
LT: Até os jogos panamericanos eu consiguia lidar com os dois sem problemas. Nunca tive muitos problemas. Porém, no ano que fui para a europa me qualificar para as olimpíadas, de janeiro a julho 2008, tive que interromper os estudos pois treinava praticamente o dia inteiro. Mas assim que voltei, já peguei os estudos de novo, eles são muito importantes para mim tambem

GC: O Brasil tem sediado algumas competições de nível internacional. Até que ponto isso eleva o nível dos nossos atletas?
LT: Essas competições são extremamente importantes para o nível dos nossos cavaleiros, pois as comepetições internacionais trazem todos os melhores juizes internacionais e isso é super importante, pois podemos ver o que precisamos melhorar e também nos "apresentarmos" para eles pois o Brasil não tem muita tradiçãoo no adestramento, somos bem novos no pedaço!(risos)

GC: VocÊ que acompanha nossos atletas da modalidade de perto, queria que contasse qual foi a reação deles, e sua também, quando o nível das nossas competições subiram de São Jorge para Gran Prix. Foi um "baque" muito grande??
LT:A diferença entre as duas provas é no nível de dificuldade, que é muito, mas muito grande mesmo. Nós, do cavalo, até falamos que é como se fosse outro esporte!Normalmente os cavaleiros demoram 3 anos nessa mudança da São Jorge para o Grand Prix, e nós, do Lusitano, tivemos apenas 6 meses para mudar e nos qualificar para as olimpíadas, foi muito duro!Então logo apos os Jogos Pan-americanos, eu fui morar na Alemanha, onde mora meu técnico Johan Zagers.Isso fez toda a dferença, pois eu tinha ele todos os dias e no Brasil ele vinha de 2 em 2 meses e dava clínicas de uma semana e isso não seria o suficiente!
Bom, mas no final todo o esforço e sofrimento valeram a pena e eu faria tudo denovo!!

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