O tênis é a modalidade de menor nível técnico dos Jogos Pan-americanos, tanto se compararmos em termos dos atletas que disputam a competição dentro das Américas, como se fomos colocá-los em termos mundiais.
Para se ter uma idéia, o principal cabeça de chave da edição de 2007 da competição, no masculino, foi o brasileiro Flavio Saretta, que iniciou o Pan na posição de número 133, um do Brasil. Naquela época, eram nada menos que 15 argentinos e 11 americanos que estavam na frente do brasileiro no ranking mas não quiseram disputar a competição pan-americana, muito em função de que não destribui pontos para o ranking mundial.
Na competição feminina, isso é um pouco menor mas ainda gigantesco. No pan do Rio, nenhuma top 50 do mundo esteve presente, com a cabeça de chave número 1 sendo a venezuelana Milagros Sequeras, número 51 do mundo na época, que chegou ao bi campeonato.
Na história da competição, poucos atletas de primeiro escalão no mundo participaram do evento. O tênis só voltou a ser esporte olímpico em 1988, depois de uma ausência de mais de 70 anos, o que fez com que no Pan, em que esteve em todas as edições desde 1951, não trouxesse os melhores atletas. Com certeza, Maria Esther Bueno, campeã de simples em 1963 e prata nas duplas mistas e dupla feminina no mesmo ano, é o nome mais importante que já medalhou no pan-americano.
No Rio, o melhor americano que competiu foi Paul Todd, na época número 975º do mundo. Todd era o 78º americano da listaTravis Helgeson Steve Bass e foram os outros, o primeiro 1511º do ranking na época e o segundo sequer tinha pontos na lista.
A argentina levou atletas de melhor ranking, mas não seus principais atletas. Estiveram no Rio Horacio Zeballos, 218º, Eduardo Schwank, 278º e Juan Martin Aranguren, o 405º da época. O Canadá foi ainda mais longe e sequer mandou representantes.
Enquanto a ODEPA(Organização Desportiva Pan-americana) não conseguir junto a Atp(Associação de tênis profissionais) com que o evento de tênis leve pontos ao ranking mundial ,dificilmente atrairá competidores de nível, no mínimo mediano, dos países mais desenvolvidos da modalidade no continente, Eua e Argentina.
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