O quarto lugar é uma posição dolorosa. Nas corridas, você sempre fica muito perto da medalha. Nas competições " mata-mata", é aquele que perde nas semi finais e perde a disputa do bronze, saindo com duas derrotas seguidas na competição. Mas, ao mesmo tempo, é uma posição honrosa. Doída, mas honrosa. Por isso, fiz esse especial com quatro partes sobre os quartos lugares conquistados pelo Brasil ao longo da história. Foram, ao todo, 41 quartos lugares. 41 medalhas batidas na trave.
Em Pequim, Thiago Pereira foi o quarto colocado nos 200m medley. E foi criticado. Depois de seis ouros no Pan-americano, os que não intendem de natação imaginavam uma medalha, ao menos uma medalha, dele em Pequim. Viram a quarta posição e o criticaram, sem ver quem disputou a prova. Além da lenda Michael Phelps, Ryan Lotche e Lazlo Cseh, dois dos principais nadadores da atualiadade, também estavam na prova. E, por isso, ficou em quarto. E criticado, infelizmente.
Os revezamentos 4x100 rasos do atletismo ficaram na quarta posição. As meninas ficaram a nove centésimos do pódio enquanto os homens a 15. Ambas as equipes viram os principais favoritos ao pódio derrubarem o bastão nas eliminatórias e nas finais, e ficaram muito perto da medalha.
O outro quarto lugar brasileiro em Pequim veio no vôlei de praia feminino, que pela primeira vez ficou fora das medalhas na história. Renata e Talita perderam as semi finais para as favoritas americanas e caíram posteriormente diante da dupla chinesa na luta pelo bronze.
Dos 41 quartos lugares do Brasil, vemos esportes como remo e tiro, que atualmente estão muito distantes de repetir o resultado. Vimos Djan Madruga com três quartos lugares nas provas de fundo e, hoje em dia, sequer classificamos um atleta para a olimpíada, com o recorde dos 800m ainda nas mãos de Djan Madruga, que competiu no início dos anos 80. Modalidades em que o Brasil já brilhou, mas atualmente voltou próximo a estaca zero.
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