sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sexta em dobro Todos os países- Antigua & Barbuda, Antilhas Holandesas, Argentina


Antigua & Barbuda
Área: 442.6Km²
População: 84.522
Média de idade: 29 anos
Expectativa de vida: 74 anos
PIB: 1.089 bilhões

As duas ilhas localizadas proximo a Porto Rico e que fazem parte da Comunidade Britanica, levaram quatro atletas para Pequim, três no atletismo e um na natacao.

O melhor resultado foi uma quartas de finais do velocista Daniel Bailey que fez 10s23 nos 100m rasos. Ele era um dos candidatos para a final, já que tinha 10s12 na temporada. A principal decepção ficou por conta Brendan Christian, campeão do Pan dos 200m, que não passou para as finais dos 200m fazendo 20s29, quando já havia feito 20s12 essa temporada.

Na natação, Kareem Valentine foi a único participante, nadando em 31s23 a prova dos 50m livre, terminando em 96º.
A estréia olímpica do país foi em 1976, com participações no atletismo e ciclismo, totalizando 10 homens. Depois de aderir o boicote aos Jogos de 1980, o país voltou com 14 atletas, novamente sem muito sucesso. Uma medalha olímpica nunca esteve perto, mas muito apostavam para Pequim, ou com Baniel ou com Brendan.

Antilhas Holandesas

Área: 960Km²
População: 225 369
Média de idade: 33 anos
Expectativa de vida: 76 anos
PIB: 2,8 bilhões

A única medalha da história do país foi conquistada por Jan Boersma, em 1988, na classe Lechner da vela.

Churandy Martina ficou muito, muito próximo da medalha em Pequim, ficando na quarta posição com o tempo de 9s94 nos 100m rasos. Porém, nos 200m, ele sentiu ainda mais o gosto da medalha que não ficou com ele. Ele marcou 19s92 e ficou na segunda posição da prova, mas posteriormente foi desclassificado por ter pisado na linha que divide as raias.

Outros atletas, do tiro e da natação, ficaram nas últimas posições de suas provas.
A primeira participação olímpica do país veio em 1952, não participando nos Jogos seguintes por conta de um boicote contra a invasão soviérica à Hungria , mas voltando a tona em 1960, mas sempre como poucos atletas e sem chances de medalhas. Disputando todos os Jogos até 1980, novamente não disputou em Moscou por conta de outro boicote contra a nação soviética.

Argentina
Área: 2,766,890
População: 40.482
Média de idade: 29 anos
Expectativa de vida: 76 anos
PIB: 260 bilhões


A Argentina é exemplar para mostrar como o sucesso esportivo de uma nação está intimamente ligado à política e à economia. Isso fica ainda mais evidente quando comparamos em progresso o desempenho argentino em comparação com o Brasil. Os platinos dispararam em medalhas entre as décadas de 20 e 50, quando eram prósperos, deixando os brasileiros ultrapassarem quando a economia local engrenou.
Na primeira metade do século passado, Buenos Aires estava em crescimento graças às exportações de carne, que patrocinava a industrialização interna. Reflexo disso, entre as Olimpíadas da Paris-1924 e Helsinque-1952, o país conquistou 36 medalhas. Como parâmetro, seu principal oponente no continente, o Brasil, ganhou apenas sete nesse período. Um período especialmente frutífero foi o governo de Juan Domingo Perón (1946-55), quando foi bem em Londres-1948 (13ª posição e três ouros), sediou a primeira edição dos Jogos Pan-Americanos, em 1951, e concorreu para abrigar as Olimpíadas de 1956 (Buenos Aires perdeu para a australiana Melbourne por um voto).
Esportista na época de quartel (praticou boxe, esgrima e hipismo), Perón usou o expediente de tentar distrair a população com eventos e feitos esportivos de seus conterrâneos em época de turbulência política. Isso, porém, teve efeito efêmero, e ele acabou deposto em 1955. Pela ligação peronista com o esporte, seus opositores no poder esvaziaram o movimento olímpico dentro do país. Resultado: um jejum de ouros olímpicos de 52 anos. Ícone da política, Perón foi convocado para a esgrima em Paris 1924, mas foi impedido de viajar pelo ministro da guerra da época.
A contínua decadência econômica e a sucessão de ditaduras repressoras e frágeis períodos democráticos pioraram ainda mais o cenário esportivo. Entre 1956 e 1976, em seis Jogos Olímpicos disputados, apenas oito medalhas foram conquistadas, nenhuma de ouro. A partir de 1976, a ditadura foi tão severa que promoveu o massacre de opositores que ficou conhecida como Guerra Suja. Esses mesmos dirigentes militares apoiaram o boicote norte-americano a Moscou 1980 e se aventuraram em um guerra contra os britânicos pelas ilhas Malvinas (Falklands) em 1982.
A partir de 1983, o país entra em um momento democrático, mas os problemas econômicos continuam como a incrível taxa de 5.000% de inflação e os planos ortodoxos. Esportivamente, a conseqüência de tantos anos em crise foi assistir ao Brasil passar-lhe no número de medalhas: 54 a 50, depois das Olimpíadas de 1996, porém, ainda na frente no quadro histórico, com um ouro a mais.
Em Atenas-2004, finalmente, o Brasil ultrapassou o vizinho no quadro . Mas esses Jogos marcam também a volta do país depois de mais de cinco décadas ao lugar mais alto do pódio: no mesmo dia o basquete de Ginóbili e o futebol de Tevez acabaram com o jejum. Mas, com cinco ouros na Grécia, os brasileiros passaram à frente.
Nas Olimpíadas de Pequim, os mesmos esportes que salvaram o desempenho do país em Atenas, voltaram a brilhar. O basquete de Ginóbili, atleta que foi vetado na última partida por uma contusão no tornozelo esquerdo, ficou com a medalha de bronze. Lesionado logo no início da partida, o astro do basquete foi obrigado assitir do banco de reservas seu time se despedir do bicampeonato olímpico ao perder da forte equipe dos Estados Unidos na semifinal.
Já o futebol, além de ter feito uma campanha excepcional, assim como em Atenas, pode ser considerado como a maior conquista dos argentinos, que conquistaram seis medalhas em Pequim. A Argentina foi a algoz, quando fez o inédito ouro olímpico do Brasil no futebol ser adiado mais uma vez. A seleção de Riquelme, Mascherano, Messi e companhia venceu com certa facilidade o Brasil por 3 a 0 na semifinal.

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