sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sexta em dobro- Histórias Olímpicas- Final do pólo aquático 1992

A tradição da maratona ser a última competição dos Jogos Olímpicos a terminar (Quebrada em Pequim pela poluição da cidade, fazendo com que a prova fosse disputada as 8h horário local) quase não aconteceu nos jogos Olímpicos de Barcelona, 1992. Isso porque a partida que decidiu o ouro no pólo aquático masculino teve a disputa da terceira prorrogação, fazendo com que o jogo entre Espanha e Itália acabasse já na metade da maratona. E que jogo!

A favorita a medalha de ouro era a seleção da Iuguslávia, tri campeã olímpica. Porém, dias antes de começarem os Jogos, o Comitê Olímpico Internacional tirou o país de todas as competições coletivas e deixou os atletas individuais competirem defendendo a bandeira da Comunidade de países independentes, pois a nação estava envolvida num forte conflito armado em sua região, os balcãs.

A equipe espanhola, sexta colocada em Seul, contou com a participação da torcida que lotou a piscina Bernat Piconell para apoiar seu país em toda competição. Apesar do vice campeonato mundial em 1991, o time da casa tinha sido apenas sexta colocada nas olimpíadas de Seul e não figurava entre as mais cotadas para medalha.

Na primeira fase, Itália e Espanha fizeram um jogo equilibrado que terminou empatado em 9x9, sem prorrogação, já que o jogo era de primeira fase. Isso fez com que a Espanha terminasse em primeiro no grupo, pois havia vencido Grécia, Holanda, Hungria e Cuba. Isso fez com que os ibéricos fossem enfrentar nas semi finais os EUA, a quem venceram por 6x4. No outro lado da chave, os italianos enfrentaram os temidos soviéticos e num jogão eliminaram-os por 9x8. Neste jogo, Alexandre campagna marcou de penalti faltando dois minutos para o fim do jogo, fazendo o gol da vitória.

Chegou a hora da final. Os favoritos italianos, jogando com a torcida toda contrária, comandaram o placar, lideraram por 4x1 e 6x3 até o último quarto quando os espanhóis empataram em 7x7, para levarem a partida para a primeira prorrogação. Na primeira prorrogação, empate de 0x0, e posteriormente, na segunda, um empate em 1x1 fez com que as equipes jogassem por mais 5 minutos, na terceira, que voltou a ter um empate em 0x0. Somente na quarta prorrogação a partida foi definida em prol da Itália, com um gol faltando 30s. A equipe da casa ainda teve direito à um último ataque, em que a bola bateu caprichosamente na trave e evitou o que seria uma quinta prorrogação.

O goleiro espanhol salvou o time por diversas vezes, inclusive numa bola no fim do tempo normal, duas defesas na primeira prorrogação. No fim da segunda prorrogação, não conseguiu evitar um gol faltando 23s, feito por Massimiliano Ferretti, que ao todo fez quatro naquela final.
Manuel Estarte, que posteriormente bateria recorde de jogos pela seleção, um total de 578, e ganharia o ouro na olimpíada de 1996, jogou muito bem, mas não evitou a derrota de seu país.

Vale a pena ver o vídeo-resumo desta final, no link a esquerda da tela "Melhores vídeos"

Nenhum comentário:

Postar um comentário