Seguindo a série que vai contar a história e a atualidade olímpica de todos os países, hoje falaremos de três países asiáticos: Afeganistão, Arábia Saudita e Bahnein.
AFEGANISTÃO
Área: 647.500 Km²
População: 32.738.376
Média de idade: 16 anos
Expectativa de vida: 44 anos
PIB: U$ 8, 6 Bilhões
Participando dos Jogos Olímpicos desde 1936, o país conquistou sua primeira medalha na história ano passado, em Pequim. O afegão Rohullah Nikpai deu ao seu país a primeira medalha olímpica ao conquistar o bronze na categoria até 58 kg do taekwondo derrotando o espanhol Juan Antonio Ramos, campeão mundial de 2007, por 4 a 1.
O melhor resultado de um afegão em qualquer esporte olímpico até agora era o quinto posto de Mohammed Ebrahimi na luta livre nos Jogos Olímpicos de 1964.
O país foi perdendo espaço na história olímpica, muito em função das guerras que o país se colocou( ou foi colocado) na segunda metade do século XX. Nos Jogos Olímpicos de 1936, foram 31 atletas, inclusive uma equipe completa de hóquei na grama, que arrancou um empate da Dinamarca, apesar da desclassificação. Na olimpíada seguinte, em 1948, foram 48 atletas e a partir da não ida para os Jogos de 1952, se iniciou a decadência olímpica.
Em 1980, o Afeganistão acabou sendo um dos centros do maior boicote olímpico da história. Em plena Guerra Fria, o país foi invadido por tropas soviética em 1978 e os americanos, aliados a outros 60 países, não foram para Moscou justificando a ausência pela invasão soviética no país. Ironicamente, o próprio Afeganistão participou dos Jogos, com 13 atletas.
As mulheres estiveram presentes nas duas últimas edições olímpicas, superando os limites impostos pelo país ao "sexo frágil". Robina Muqimyar ficou em última em sua série nos 100m raso do atletismo, ano passado, na China.
Arábia Saudita
Área: 2.149.690 Km²
População: 28.146.656
Média de idade: 21,5 anos
Expectativa de vida: 76 anos
PIB: u$ 376 Bilhões
Duas medalhas marcam a história da Arábia Saudita em jogos Olímpicos. O país dos Sheikes tem muito dinheiros do Petróleo, mas pouco é investido nos esportes. A participação olímpica do país se iniciou em 1972, quando quatro atletas do atletismo estiveram no evento mas não passaram das primeiras rodadas. Aliado aos EUA, boicotaram os Jogos de 1980, em Moscou, e disputaram até o futebol em 1984, em Los Angeles, não avançando às quartas de finais.
As duas medalhas sauditas da história saíram nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, com uma prata no atletismo e um bronze no hipismo. Khaled Al-Eid era treinado pelo brasileiro Nelson Pessoa, um dos maiores nomes da história do hipismo nacional, ficou na terceira posição na prova do histórico refugo do brasileiro Rodrigo Pessoa, que estava perto do ouro, mas deixou-o escapar.
A outra medalha veio no atletismo, com Hadi Soua'an Al-Somaily, que ficou na segunda posição nos 400m com barreiras, quando marcou 47s53, o melhor tempo de sua carreira.
Em Pequim, o país levou atletas em cinco esportes: Atletismo, natação, tiro, levantamento de peso e hipismo. O hipismo saltou ficou na 13ª posição por equipes e Ramzy Al Duhami foi o melhor no individual, em 23º. No atletismo, Mohammed Al-Salhi foi o que melhor correu, indo para as semi finais dos 800m rasos, terminando em 19º.
Bahrein
Área: 665 Km²
População: 718.306
Média de idade: 29 anos
Expectativa de vida: 74 anos
PIB: 19,6 Bilhões
O país que tem até um GP de Formula 1 em seu calendário, foi para Pequim com 12 atletas, divididos em natação, atletismo e tiro. O grande nome que podia acabar com o jejum de nunca ter ganho uma medalha olimpica era Rashid Ramzi, atual medalha de prata no mundial de 1500m rasos. Jamal Maryam era atual campea mundial dos 1500m feminino e poderia também quebrar o jejum. Um pouco mais distante da medalha, Tereq Taher tinha chances de podio nos 3000m com obstaculos, mas bem menores devido a supremacia queniana na prova.
No fim, Rashid venceu os 1500m e conquistou a medalha de ouro, a primeira de seu país, numa chegada emocionante com o queniano Kipuruto. Na prova feminina, Jamal ficou em quinto enquanto nos 3000m com obstáculos Taher foi 11º.
Quem roubou a cena foi a atleta Roqaya Al-Gassra, do Bahrein, que devido à religião muçulmana corre com os cabelos cobertos e liderou a segunda série da prova. Ela fez a prova em 22s76, garantindo sua vaga nas semifinais, onde foi eliminada. Em Atenas-2004, ela foi eliminada logo na primeira fase, mas se tornoua primeira mulher a defender o país.
O país teve sua primeira participação em 1984, quando levou apenas atletas da natação. Na olimpíada seguinte, uma equipe de pentatlo moderno esteve presente, terminando em 13º no geral, no melhor resultado olímpico até então do país. Até 2008, nenhum atleta tinha tido chances de medalhas.
Gui,
ResponderExcluirNão é Bahrein que se escreve?
adoro seu blog hehehe =]
beijo