sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Promessas olímpica- Niválter Santos

É verdade que a canoagem masculina brasileira não vive seu melhor momento. O superveterano, participante de quatro olimpíadas e ganhador de 12 medalhas pan-americanas, Sebastian Cuattrin se aposentou e o caiaque não achou ainda seu sucessor. Edson Silva, medalhista pan-americano, é o mais perto disso, mas ainda distante, tanto que o Brasil ficou sem a vaga para Pequim na modalidade.

Porém, Niválter Santos, da canoa, conseguiu a única vaga para o Brasil na velocidade, competindo na canoa individual. A canoa, aliás, que conseguiu suas primeiras medalhas pan-americanas em 2007, quando Vilson Nascimento e Wladimir Moreno subiram a pódio no c-2 500m e 1000m, enquanto o próprio Niválter foi terceiro no c-1.

Enquanto seus adversários têm bagagem de dez, doze, quinze anos de esporte (o que dá, por alto, quase cem mil quilômetros remados), o sergipano faz as contas para o próximo ciclo olímpico, já que está com apenas 20 anos. Os próximos ciclos olímpicos, na verdade. “Ele tem idade para estar nos Jogos de 2012, 2016, 2020 e, quem sabe, até 2024”, imagina seu treinador, Pedro Sena. “O auge de um atleta de canoagem é lá pelos seus 25, 26 anos. Nivalter tem um grande futuro. Ele competiu contra países de enorme tradição na canoagem, que competem todo fim de semana, e foi muito bem”.

Na olimpíada de Pequim, o brasileiro O brasileiro classificou-se para a semifinal nas duas modalidades, mas não avançou à final, terminando em sétimo em ambas as baterias. Niválter largou bem na raia 9 e chegou a estar em quarto. Mas não conseguiu manter o ritmo da metade para o final da prova e acabou superado por mais três competidores e ficando fora da prova em que é especialista, ficando em 14º no geral.

O melhor tempo de Nivalter havia sido 1min50s9 na Polônia, no começo desse ano. Em sua especialidade (as provas curtas de 500m), Nilvalter marcou 1min51s3 em Pequim, em condições climáticas mais desfavoráveis do que na Polônia, mais quente e sem vento.

“Demorei um ano para baixar de dois minutos e agora meu objetivo é baixar da casa dos 50 segundos”, afirma o tímido Nivalter, que chegou a ficar em 6º lugar no ano passado em uma etapa de Copa do Mundo nos 200m e em 9º no nos 500m.

Em Pequim, o canoísta usou a prova dos mil metros para “esquentar” para a dos 500m. Suas parciais da primeira bóia estavam sempre entre as três mais velozes.“A técnica do Nivalter permite que ele dê mais remadas e seja mais explosivo do que os outros”, explica o treinador. “Para ele, que é velocista, a prova de mil metros é quase uma maratona. Então optamos por fazer dela um treino para os 500m”, completa.

No sul-americano de 2008, disputado na raia da USp, ele ajudou o Brasil a sair com o título geral e da modalidade canoa, ganhando cinco provas, metade das vitórias do Brasil na canoa.

Para 2009, o objetivo principal é fazer um bom papel no campeonato mundial, se possível disputar uma final nos 500m ou mesmo nos 200m(prova não olímpica).

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