Hoje, falaremos do nado sincronizado e dos saltos ornamentais, esportes comandados pela CBDA que pararam no tempo e não evoluem mais como no começo da década.
SALTOS ORNAMENTAIS
Os saltos ornamentais viveram uma grande reviravolta entre o fim da década de 1990 e o começo dos anos 2000, conseguindo resultados nunca antes conquistados, culminando numa final olímpica depois de mais de 50 anos. Nesse meio, vieram as primeiras medalhas em etapas da Copa do Mundo e em Jogos Pan-americanos. Porém, desde 2004, o esporte vem decaindo até chegar em 2008 sem nenhuma semi final nos Jogos Olímpicos de Pequim e pior, sem nenhuma percepção de melhora, vide o resultado obtido no último mundial juvenil, em que nenhum atleta chegou às semi finais.
Em Pequim, o que vimos foi uma irregularidade enorme de uma equipe que esteve toda em 2004 e que não poderia justificar o resultado por falta de experiência. Nossos quatro atletas alternaram saltos excelentes com erros infantis que os tiraram da luta por uma semi final.
Agora, não temos uma nova geração promissora. No mundial juvenil disputado em Aachen, na Alemanha, não conseguimos nenhuma semi final em provas individuais e só fizemos finais em duplas, e pelo fato delas serem diretas. Nicole Cruz foi a melhor, com a 19ª posição na plataforma para atletas de 14 e 15 anos. Tammy Galera, considerada a mais promissora atleta, ficou em 27º no trampolim. Monica Amaral é outra atleta que pode ser promissora, mas não foi bem no mundial. Duas vezes medalha de prata no Pan junior de 2007, ela ficou distante das finais no mundial de Aachen.
Lembrando que no Mundial Júnior de 2002, a dupla brasileira, formada por Hugo Parisi e Ubirajara “Bira” Barbosa, se sagrou vice-campeã mundial no trampolim sincronizado de 3 metros.
Antes de Pequim, Hugo Parisi ficou com dois sextos lugares nas etapas da Copa do Mundo nos EUA e no Canadá na plataforma, em preparação para Pequim. Já Cesar mostrava o início de sua decadência não indo às finais desta competição.
O título da temporada veio no sul-americano. O Brasil sagrou-se campeão em São Paulo, com 120 pontos. Colômbia e Venezuela vieram em seguida, com 93 e 82. O país volta ao topo do continente após ficar com a segunda posição no último Sul-Americano Absoluto, em 2006, na cidade colombiana de Medellín.
A vaga olímpica veio na repescagem. Depois de uma semana tensa, Hugo Parisi, Cassius Duran e Juliana Veloso conseguiram classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim. Antes, todos haviam falhado, não ficando entre os 18 melhores na classificação do pré olímpico, que envolveu os melhores atletas do mundo, inclusive os classificados pelo mundial de 2007, como foi o caso de Cesar Castro.
Hugo foi o primeiro colocado entre os 23 inscritos na prova de plataforma, com 451.10 pontos, seguido por Cassius, com 428.25. Juliana ficou em quinto na versão feminina da plataforma, com 309.30.
O Pinheiros conquistou a Taça Brasil de Saltos Ornamentais 2008, em sua piscina, neste. O clube paulista totalizou 196 pontos, recuperando o título perdido no ano passado para o Fluminense, ausente da competição deste ano. Em segundo ficou o Clube Semanal de Cultura Artística, de Campinas/SP, com 158.
Os saltadores mais eficientes, aqueles que mais pontuaram para suas equipes, foram Milena Sae, do Semanal, com 54; e Ubirajara Barbosa, do Pinheiros, com 46. Milena conquistou todas as três provas individuais, já Bira, teve uma excelente média, subindo no pódio nas três provas individuais.
Na Taça Brasil, em maio, outro título para o Pinheiros. O clube paulista totalizou 219 pontos, apenas 10 a mais do que o Fluminense. Juliana Veloso, do Fluminense, ganhou quase todas as provas de que participou. A exceção foi na plataforma sincronizada, em que ficou em segundo lugar, ao lado de Tammy Galera. No masculino, as conquistas foram mais divididas entre os três atletas, que assim como Juliana, possuem índice olímpico: Hugo Parisi e César Castro, do Mackenzie, e Cassius Duran, do Pinheiros.
Panorama mundial Por um salto, a China não confirmou a hegemonia absoluta nos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos de Pequim. Na última prova da modalidade, a plataforma de 10 m masculina, o australiano Matthew Mitcham executou um salto de 112,10 pontos e tirou a medalha de ouro de Luxin Zhuo. Esta seria a oitava medalha dourada dos chineses nas oito provas do esporte nestas Olimpíadas.
Desde a primeira prova dos saltos nestes Jogos, a China já mostrou que seria difícil alguma outra nação ousar a desafiá-la na modalidade. A diferença para os outros países chegou a ser assustadora em algumas provas. Jingjing Guo e Minxia Wu confirmaram o favoritismo e conquistaram com folga a primeira medalha de ouro na prova de trampolim de 3 m sincronizado com uma diferença de 19,89 pontos para as segundas colocadas e quase 30 pontos para as terceiras.
Já Xin Wang e Ruolin Chen, no salto sincronizado da plataforma de 10 m, não deram “a mínima” para as oponentes. As australianas Melissa Wu e Briony Cole, medalha de prata, acabaram 28,38 pontos atrás das chinesas. Porém, foi no trampolim de 3 m individual masculino que a China obteve a maior diferença para um segundo colocado. Chong He levou a medalha de ouro com 36,25 pontos à frente do vice-campeão olímpico Alexandre Despatie, do Canadá.
Já Xin Wang e Ruolin Chen, no salto sincronizado da plataforma de 10 m, não deram “a mínima” para as oponentes. As australianas Melissa Wu e Briony Cole, medalha de prata, acabaram 28,38 pontos atrás das chinesas. Porém, foi no trampolim de 3 m individual masculino que a China obteve a maior diferença para um segundo colocado. Chong He levou a medalha de ouro com 36,25 pontos à frente do vice-campeão olímpico Alexandre Despatie, do Canadá.
Na base, O 17º Mundial Júnior de Saltos Ornamentais, encerrado confirmou o domínio da China na modalidade. Os saltadores chineses conquistaram o lugar mais alto em 13 das 14 provas, disputadas nas categorias A (16 a 18 anos) e B (14 e 15). A única exceção foi no trampolim de 3 metros masculino grupo A, na qual venceu um saltador da Rússia
Maior surpresa da temporada Hugo Parisi com excelentes resultados antes a olimpíada
Maior decepção brasileira da temporada César Castro, longe das semi finais olímpicas
Aposta para 2009 Hugo Parisi ficar entre os 12 no mundial
NADO SINCRONIZADO
O Nado Sincronizado desistiu de disputar a vaga olímpica por equipes mas viu o fim do ano como possível sonho de Londres 2012. Isso porque a FINA estuda aumentar o número de equipes de 8 para 12, o que com certeza colocaria o Brasil perto de uma olimpíada.
Com Lara Teixeira e Nayara Figueira, o Brasil participou apenas da disputa por duetos e teve desempenho pior que o esperado. A dupla de nadadoras encerrou a disputa em Pequim na 13ª colocação, uma posição atrás do que as gêmeas Carolina e Isabela de Moraes conseguiram em Sydney-00 e Atenas-04.
Na China, as brasileiras esbarraram em notas baixas tanto na rotina técnica como na livre e acabaram fora do grupo de 12 finalistas. Com 44,334 na apresentação técnica, no primeiro dia de disputas, Lara e Nayara asseguraram a última colocação entra as classificáveis. No dia seguinte, porém, obtiveram 44,667, caíram uma posição e deram adeus os Jogos.
Antes, o dueto havia conseguido um resultado histórico. Elas ficaram com a quarta colocação na prova técnica de dueto competindo com outros 22 duetos numa prova em Roma. A competição na Itália serviu como último teste antes dos Jogos de Pequim para muitas das principais equipes da modalidade.
A vaga veio ao terminar em 9º na prova técnica e 10º na livre no Torneio Pré-Olímpico da modalidade, no ′Cubo D´Água′, a dupla do Brasil somou 89.500 e terminou em 10º no geral, ficando atrás das atletas da Suíça por um milésimo de diferença (89.501).
No sul-americano, ouro e mais ouro. Lara e Nayara totalizaram 89,748 pontos, conquistando muitas notas na casa do número 9 e a equipe levou o conjunto e o Combo.
O Flamengo sagrou-se campeão do 18º Campeonato Brasileiro Absoluto de Nado Sincronizado. O clube somou 684 pontos, com Tijuca Tênis Clube em segundo (510) e Paineiras do Morumby (92) em terceiro. O time contou com quatro das oito que disputaram o Pan Rio 2007, Michelle Frota, Giovana Stephan, Glaucia Heier Souza e, como reserva, Caroline Hildebrandt para vencer a prova por equipes. No dueto, Giovana Stephan e Gláucia Heier Souza levaram a melhor para o time rubro negro.
Na base, Com o tema “100 anos da colonização japonesa no Brasil”, o rubro-negro carioca totalizou 78,626 pontos e conquistou a medalha de ouro da prova. O time foi formado por Giovana Stephan, Lorena Molinos, Marcela Pereira, Maria Eduarda Pereira, Maria Eduarda Cavalcanti, Mariana Xavier dos Santos, Daniella Figueiredo, Gabriella Figueiredo e Jéssica Noutel. Giovana já havia vencido a prova de solo e dueto – ao lado de Lorena Molinos – na véspera. Com tantas vitórias, o clube garantiu o título geral, com 364 pontos.
No juvenil, O Tijuca Tênis Clube e conquistou o Brasileiro.O Tijuca Tênis totalizou 466 pontos, seguido pelo Paineiras do Morumby, com 449; Flamengo, 339; BNB Fortaleza, 220.
O mundial junior mostrou o futuro do Brasil. A rotina livre combinada do Brasil terminou em 8º entre os 12 times participantes. A equipe brasileira contou com Giovana Stephan, Camila Almeida, Maria Bruno, Maria Eduarda Cavalcante, Gabriela Figueiredo, Priscila Japiassu, Lorena Molinos, Jessica Noutel, Maria Eduarda Werneck e Marcela Pereira.A solista Giovana Stephan foi a 12ª entre 24 solistas, mesma posição do dueto de Giovana e Lorena Molinos e da prova por equipes.
Ainda na base, nossas atletas foram muito bem na Copa Latina. O Brasil terminou a quarta colocação nas duas provas, disputadas por atletas do júnior. No solo, Maria Eduarda Werneck ficou em quarto, com 84,167. Já no dueto, a dupla brasileira (Lorena Fontes Molinos e Maria Bruno) fez 84,333, garantindo a quarta posição.
Panorama mundial Mais uma vez ninguém foi capaz de quebrar a hegemonia russa no nado sincronizado. Uma apresentação irretocável que encheu os olhos do público e dos juízes no Cubo D'água rendeu o ouro e cinco notas dez à equipe européia que já havia vencido os Jogos de Atenas quatro anos atrás.
Panorama mundial Mais uma vez ninguém foi capaz de quebrar a hegemonia russa no nado sincronizado. Uma apresentação irretocável que encheu os olhos do público e dos juízes no Cubo D'água rendeu o ouro e cinco notas dez à equipe européia que já havia vencido os Jogos de Atenas quatro anos atrás.
E não foi só. Na disputa por duetos, Anastasia Davydova e Anastasia Ermakova também subiram ao degrau mais alto do pódio, assim como em Atenas-04. Com alguns descontos, tiveram 49,917 pontos. Soma bem superior aos 49,500 das espanholas Andrea Fuentes e Gemma Mengual, que levaram a prata, e das japonesas Saho Harada e Emiko Suzuki, que com 48,917 ficaram com o bronze.
O ano marcou e vez a entrada da China no esporte e com um dueto muito bom, assim como a equipe, promete dar trabalho a partir deste ano nas lutas pelo pódio.
Maior surpresa brasileira da temporada Oitavo lugar da equipe no mundial juvenil
Maior decepção brasileira da temporada O dueto brasileiro bater na trave da final olímpica
Aposta para 2009 Equipe brasileira entre as oito melhores no mundial
so pra fala que entrei aqui no seu blog, que ele ta cada dia melhor! Vi que vc consegui faz aquele negocio com as fotos que queria! Ta lindo.
ResponderExcluirTo com saudades ja. Te amo.