quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Prova à prova- Boxe até 48kg

Prosseguindo a série de análises de todas as provas olímpicas, vamos falar hoje da categoria até 48kg do boxe, a mais leve da modalidade.

O boxe amador é diferente do profissional. Com lutas de apenas quatro assaltos com duração de dois minutos cada, a velocidade, a agilidade e a força são diferentes, pois tocar o adversário forte ou fraco é a mesma coisa, pois vale apenas um ponto de qualquer jeito. A não ser quando o adversário vai à lona e um nocaute é decretado.

O esporte se tornou olímpico em 1904, deixou de fazer parte em 1912, mas entrou nos Jogos de 1920 para nunca mais voltar. O interessante é que na primeira olimpíada, em 1896, o idealizador Barão de Coupertin excluiu o boxe " Há maneiras mais elegantes de um homem mostrar superioridade ao outro".
Em 1912, o esporte não foi olímpico pois na Suécia esse esporte era proibido. Mas, a partir da edição de 1920, o boxe não saiu mais do programa olímpico e atualmente é uma das maiores atrações dos Jogos.

Atualmente, são 11 categorias, e a mais leve delas, atualmente vai até 48kg, o peso mosca ligeiro. Em Pequim, quem saiu com o título dessa categoria foi para o favoritíssimo Shiming Zou. O mongol Serdamba Purevdorj, atual campeão asiático, saiu para a luta na defensiva, estudando o chinês Shiming Zou. Entretanto, o boxeador demonstrou sentir dores no ombro direito, e voltou para a luta sem conseguir levantá-lo nem ao menos para montar sua guarda. Na primeira troca de golpes do segundo assalto era visível a incapacidade de Purevdorj em continuar na luta. O juiz interrompeu e Zou, que havia feito um ponto no round anterior.

Cuba é o país que lidera o quadro de medalhas na categoria, com três títulos, além de uma prata e dois bronzes. Os ouros foram conquistados por Yan Verela, em 2004, Rogelio Macelo, em 1992, e Jorge Hernandez em 1976.

A Bulgária vem em segundo no quadro com dois ouros, uma prata e um bronze, mostrando a força do boxe do leste europeu, sempre duelando com Cuba. A ausência dentre os principais campeões na categoria é a Rússia, grande potência da modalidade, que não está entre os primeiros no quadro de medalhas.
A China, entretanto, deve passar em breve o boxe da Ilha nesta categoria. Ganhando cada vez mais medalhas, os chineses levaram medalhas nos últimos dois Jogos, inclusive a de ouro em Pequim, e, na mina opinião, tirarão a hegemonia cubana.

Keith Mwila, da Zambia, conseguiu o heróico bronze em 1984, se tornando assim o primeiro medalhista de seu país numa olimpíada. A segunda medalha viria 12 anos depois. Já o venezuelano Francisco Rodrigues foi campeão em 1968, dando para seu país o primeiro ouro da históra.

Quadro de medalhas
Cuba 3 1 2
Bulgária 2 1 1
EUA 1 1 1
China 1 - 1
Hungria 1 - 1

Um comentário:

  1. É uma pena que o boxe brasileiro, não tenha muito o que contar na sua história olímpica. Temos apenas a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, no México, em 1968.

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