Que o Brasil é um potência no vôlei e no vôlei de praia todos sabem. Que o judô e a vela conquistam medalhas olímpicas há anos também. Que o futebol, o hipismo atletismo e natação conseguem bons resultados também. Mas em Pequim, vimos brilhar nossa delegação em esportes que não costumam ter resultados expressivos, como tiro, ciclismo, boxe, pentatlo moderno, hipismo CCE, Luta... O problema é que estes não levaram medalhas e, por isso, continuam no anonimato. Até mesmo o medalhista taewkondo continua esquecido.
No tiro, Julio Almeida conseguiu resultados muito bons que poderiam ter rendido até três finais. Na pistola rápida, brasileiro ficou em 11º entre os 19 atletas da categoria, surpreendeu a todos, mas mais uma vez ficou perto da final, mas sem sucesso. Depois de um primeiro dia, com três séries, em que terminou em 10º lugar, teve um início de segundo dia muito bom com 98 e 100 pontos, chegando a estar entre os oito finalistas. Porém, na última série, conseguiu apenas 86 pontos ficando 9 pontos distante da final. Se conseguisse repetir o desempenho de três das cinco primeiras séries, o brasileiro estaria na final. Infelizmente, não deu.
Antes, havia batido na trave duas vezes. Julio competiu melhor do que o esperado nesta que não é sua especialidade, terminando na 19ª posição entre os 46 atletas na prova. Depois de um início promissor, em que conseguiu 96 pontos entre os 100 possíveis, ele acabou sem conseguir o desempenho na primeira série e totalizou 554 pontos, cinco pontos a menos que o último dos finalistas.
Na sua especialidade, pistola 10m, ficou muito próximo de uma final, mas com 580 pontos ficou na décima terceira posição, apenas um ponto atrás do oitavo colocado. Ele ficou entre os primeiros durante toda a competição, acertando 97 pontos na primeira série, 98 na segunda, 98 na terceira, 97 na quarta, 95 na quinta e 95 na última.
No ciclismo, Murilo Fischer e Rubens Donizeti fizeram resultados muito bons, com um 20º e um 21 º lugar na prova de estrada e montain bike respectivamente. Murilo pedalou por mais de seis horas e sempre no primeiro pelotão da prova que reuniu 144 atletas, e brigou pela ponta até os quilômetros finais. Já Rubinho largou lá atrás, em 45º dentre os 50 atletas ,e na primeira volta já estava entre os 20 primeiros.
No boxe, conseguimos chegar em duas quartas de finais, ficando apenas uma luta da medalha. Washinton Silva e Paulo Carvalho venceram dois combates e caíram diante de boxeadores mais experientes nas quartas de finais. Paulinho até começou bem contra o cubano, abriu 2x0 mas acabou não aguentando o rítmo.
Na canoagem slalom, Poliana de Paula foi até as semi finais, fechou em 14º dentre as 21 competidoras e superou um drama para se classificar. Ela haviavencido o pré olímpico continental, mas a canadense ganhou o direito de fazer uma nova descida alegando que tinha sido atrapalhada. Ela desceu de novo , venceu e levou a vaga. A brasileira só foi às olimpíada por desistência dos países africanos e fechou na 14ª posição, bem a frente da canadense.
Na luta, poucos sabiam,mas nossa Rosângela Conceição era uma das favoritas, cotada ao pódio pela Federação Internacional. Lutou bem, venceu uma luta contra a medalha de bronze no mundial do ano passado e caiu dianteda hexa campeã mundial nas quartas de finais.
No pentatlo moderno, Yane marques superou o trauma que quase a fez perder os equipamentos antes da competição e conseguiu se manter entre as primeiras até pegar um cavalo muito ruim nas provas de hipismo e cair bastante, fechando ainda num belíssimo 18º lugar. Ainda nois cavalos, no hipismo CCE o time superou a perda de um cavalo antes da competição e outro durante para melhorar o desempenho de Atenas e ficar em 10º. No individual, um brilhante 23º posto.
Estes esportes precisam de resultados para atrair mídia e praticantes, já que esses só vêm com resultados. Porém, sem esse investimento, é difícil vir resultados como medalhas, mas os atletas se superam cada vez mais, se superando a cada dia e a cada olimpíada para representar cada vez melhor o Brasil.
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