"(...) O valor investido no esporte olímpico dividido por 13(Futebol não recebe dinheiro público) dá cerca de R$53 milhões para cada uma das medalhas(....)". Assim foi divulgada uma notícia no Globo e que também foi vinculado em outros meios de comunicação, inclusive com as opiniões de brilhantes jornalistas FUTEBOLÍSTICOS, como Juca Kfouri e Renato Mauricio Prado.
Essa estúpida notícia é a cara da imprensa esportiva nacional. O que vale é medalha e pronto. Esquecem o social, esquecem as bases, esquecem equipamentos, esquecem técnicos, esquecem viagens...O que importa é a medalha.
O total de $692,58 milhões de patrocínio de empresas estatais chegou aos cofres não é para conquistar medalhas. É para fazer com que nosso país tenha uma política esportiva, começando na base, tentando acarretar atletas em toda parte do país.
Claro que medalha é o ápice de todo atleta e do país, mas por trás do esporte tem muito mais coisa envolvida do que simplesmente o resultado. O bem social que o esporte pode trazer, independente do resultado obtido, é muito mais importante do que a medalha. Só que o apoio para a base só chega com uma medalha olímpica, pois vivemos num país que pouco dá à seus esportivos.
Grande parte deste dinheiro da Lei Piva vai para a formação da base, buscando novos talentos espalhados pelo Brasil, tirando-os de uma vida mais complicada e levando-os para o esporte.O resultado começou a ser visto em Pequim. Uma judoca do Piauí, um nadador finalista olímpico da Paraíba, um velocista de Manaus...Isso não existia há alguns anos e está começando a ficar cada vez mais comum. E aí sim, levando além de uma melhora esportiva, uma melhora social o dinheiro se mostra bem investido.
O dinheiro ainda é mal gasto, mas o que a imprensa tem que entender é que não milhões e milhões para conseguir uma glória olímpica. São milhões e milhões para melhorar uma política esportiva no país. O problema é que o que da IBOPE é a vitória de Cesar Cielo e não um programa de captação de atletas no Acre...
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